Quando o fenômeno retornou ao Brasil e renomados jornalistas e repórteres esportivos começaram a chamá-lo não mais pelo nome, mas, pejorativamente, carregando as tintas no sarcasmo e na ironia, cognominaram-no de “Gordo Ronaldo” ou simplesmente “o Gordo”, comovida e revoltada, desejei, veementemente e com profunda tristeza, que ele abandonasse o futebol em represália.
Faziam isso com tamanha satisfação como se tivessem esquecido todas as glórias conquistadas por ele e as tantas vezes que elevou ao mais alto dos céus o pavilhão pátrio. Olvidaram que o verde e o amarelo tremularam soberbos e livres nos ares do mundo inteiro e os acordes contundentes do hino nacional ecoaram como um grito de guerra e de paz, intimidando adversários através dos pés e da genialidade de Ronaldo.
Esqueceram todos os títulos conquistados, ressaltaram erros cometidos, em que um deles, calcado nos láureos e na riqueza, despertou no homem, que não deixara fenecer em si o menino, a ânsia de viver com intensidade a vida. O garoto franzino, manipulado por exercícios físicos bem articulados e pelos condões da farmacologia, transformou-se num deus apolíneo, dotado de força e de poder. Por isso, esqueceram a sua condição humana e inflaram-lhe o ego para, depois, impiedosamente, sugarem-lhe as honrarias como se jamais tivessem sido por ele conquistadas. Esqueceram de que críticas extemporâneas são tão nocivas quanto as mais destrutíveis drogas e agem, no corpo e na mente humana imatura, reversamente ao esperado.
Dezoito anos após a sua estreia no Cruzeiro, depois de ter acumulado em seu currículo desportivo mais de 400 geniais gols, que fizeram balançar as cortinas das goleiras de sete clubes, de sua participação na Seleção Brasileira, dos quinze gols feitos em Copas do Mundo, o fenômeno abandona o futebol brasileiro humilhado. Como se, num passe de mágica e de maldade, tivessem esquecido de que foi eleito, por três vezes, como o melhor jogador de futebol do mundo.
Esqueceram os torcedores, que o detratam com críticas e perseguições após a eliminação na Libertadores, de que fez brilhar o nome do Corinthians nas conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil, títulos inalcançáveis sem ele. Esqueceram que o deus herói jamais declinou de sua condição humana e, portanto, sujeito a erros, aumento de peso e irrefreável vontade de aproveitar a vida. A despedida de Ronaldo, antes que o transformem num anti-herói, é necessária, porque a fama, o poder e a glória destroem mesmo que o alvo deles não o queira.
Vai, Ronaldo, vai em paz aproveitar o teu dinheiro e a tua juventude como bem o entenderes. A tua parte já fizeste e muito bem! Os teus detratores jamais verão, no Brasil, outro jogador como tu, porque, junto a Pelé, serás eterna majestade. Não deixarás de ser o Menino Rei, o Fenômeno que me fez sorrir e chorar, sentindo irretocável orgulho por ser brasileira!
P.S.: Já havia escrito esse texto e chorei muito com a despedida de Ronaldo. Chorei ainda mais ao ver e ouvir a emocionada entrevista da despedida oficial dele.
Tomara que se restabeleça, retorne à forma física e volte a brilhar nos verdes campos de futebol. Nos gramados de meu coração, continuará a ser o FENÔMENO, o menino de franco sorriso e onde o perenizarei com letras gigantes. Assistirei, outra vez, mentalmente, a todas as partidas que venceu ou que saiu derrotado, porque, mais que um ídolo inigualável, Ronaldo Lazário soube ser grande e humilde também na derrota.
Dezoito anos após a sua estreia no Cruzeiro, depois de ter acumulado em seu currículo desportivo mais de 400 geniais gols, que fizeram balançar as cortinas das goleiras de sete clubes, de sua participação na Seleção Brasileira, dos quinze gols feitos em Copas do Mundo, o fenômeno abandona o futebol brasileiro humilhado. Como se, num passe de mágica e de maldade, tivessem esquecido de que foi eleito, por três vezes, como o melhor jogador de futebol do mundo.
Esqueceram os torcedores, que o detratam com críticas e perseguições após a eliminação na Libertadores, de que fez brilhar o nome do Corinthians nas conquistas do Paulistão e da Copa do Brasil, títulos inalcançáveis sem ele. Esqueceram que o deus herói jamais declinou de sua condição humana e, portanto, sujeito a erros, aumento de peso e irrefreável vontade de aproveitar a vida. A despedida de Ronaldo, antes que o transformem num anti-herói, é necessária, porque a fama, o poder e a glória destroem mesmo que o alvo deles não o queira.
Vai, Ronaldo, vai em paz aproveitar o teu dinheiro e a tua juventude como bem o entenderes. A tua parte já fizeste e muito bem! Os teus detratores jamais verão, no Brasil, outro jogador como tu, porque, junto a Pelé, serás eterna majestade. Não deixarás de ser o Menino Rei, o Fenômeno que me fez sorrir e chorar, sentindo irretocável orgulho por ser brasileira!
P.S.: Já havia escrito esse texto e chorei muito com a despedida de Ronaldo. Chorei ainda mais ao ver e ouvir a emocionada entrevista da despedida oficial dele.
Tomara que se restabeleça, retorne à forma física e volte a brilhar nos verdes campos de futebol. Nos gramados de meu coração, continuará a ser o FENÔMENO, o menino de franco sorriso e onde o perenizarei com letras gigantes. Assistirei, outra vez, mentalmente, a todas as partidas que venceu ou que saiu derrotado, porque, mais que um ídolo inigualável, Ronaldo Lazário soube ser grande e humilde também na derrota.
A vida nos conta histórias e mais histórias de vitórias e fracassos. Da mesma forma que enaltecem no apogeu das conquistas deterioram na queda.
ResponderExcluirOs profissionais da imprensa se comportam por demanda dos detentores do poder da informação conforme o que uma notícia pode render financeiramente não importa o quanto isso vai representar na vida das pessoas. O massacre é geral em todas as áreas. Notícia jocoza rende e muito aos caixas da empresas noticiosas.
Assim foi com o Ronaldo, Garrincha, Romário, Denner, Elisa Samudio e o goleiro do Flamengo. Será que eles lembram do que as pessoas fizeram de bom ou de ruim?
Vivemos num país com memória "flash" ou seja momentânea, depois que acontecem os fatos só os saudosista relembram.
A imprensa só lembra no momento que acontece, em 11/02/1996, Michel Jackson esteve no Brasil. Morreu em 2009 alguém se lembra dele? E a Elis Regina? Lembram que ela morreu de overdose. Enfim o negativo, o crime, o acidente com tragédia é o que atrai a população viciada em notícias trágicas.
O dia a dia das pessoas anônimas é assim também.
Acontece comigo, contigo e com quem por um lapso cometeu algum erro e tudo de bom vai por água baixo.
Mas sempre tem a volta por cima e, assim será com o nosso talentoso e amado Ronaldo Nasário, um exemplo de luta e superação.
Um beijo,
Adejane M Gudolle
Irmãzinha!Que coisa linda o que escreveste. Posso publicar no blog?
ResponderExcluirFicarei aguardando a tua concordância.
Beijos mil
Arlete,muito oportuno o teu comentário,tenho a maior admiração por esse fenomeno,sempre deu a volta por cima até que a maldade dos homens acabou com a sua vontade de lutar.Quantas alegrias nos proporcionou,mas quando errou a imprensa e a torcida foram implacaveis.Lindo comentário da Adejane,sabe muito bem o que significa tudo o que o Ronaldo está passando.
ResponderExcluirPodes publicar sim, só dá uma corrigida no português e pontuação.
ResponderExcluirHoje ao fazer a postagem achei que havia perdido, obrigada ao teu amigo e a ti pelo comentário a respeito do meu texto.
Mil bjus
Adejane M Gudolle
Querida amiga Arlete!
ResponderExcluirBela homenagem fizeste ao Ronaldo, um dos mais brilhantes jogadores de futebol que já vi atuar!
Talento, genialidade, inteligência emocional e capacidade para dominar a bola, chamando-a, amorosamente, de "querida", o Ronaldo sempre teve, de sobra, e isso despertou a fúria de invejosos de todos os naipes, não somente da imprensa, embora os profissionais dessa área, ligados ao esporte, sejam carrascos terríveis, sempre dispostos a abater quem se sobressai, porque notícia ruim vende jornal, dá audiência, conserva empregos e entrete quem gosta de pão e circo.
Não creio que Ronaldo tenha saído humilhado do futebol. Teve, hoje, uma atitude digna, contou a verdade a respeito de sua dificuldade de emagrecer, o que o levou a muitos sacrifícios - o hipotiroidismo. Poderia ter revelado muito antes, mas aguentou, firme, toda a chacota por causa do seu peso incompatível com a prática saudável do futebol. Para estabilizar o peso precisaria ingerir medicamentos que se configuram como dopping, atitude impensável para um atleta correto e ético como ele. Assim, restou o adeus aos campos esportivos.
Ronaldo foi e sempre será um ídolo, alguém capaz de realizar jogadas inimagináveis a simples mortais. Admiro-o muito!
Abraço,
Nivia
Amigo querido! Que tristeza senti ao ver a despedida de Ronaldo. A sensação que tive era de que estavam roubando um pedaço de minha alegria, como se o futebol brasileiro tivesse perdido a cor, porque não acredito que, tão cedo, teremos alguém que se aproxime da genialidade dele. Perdemos todos. E que show de humildade e grandeza evidenciou durante toda a entrevista. Chorona por qualquer coisa, imaginas os rios de lágrimas que derramei.
ResponderExcluirUm solidário abraço.
Nívia querida. Escrevi o texto acima muito cedo hoje e a imagem que sobressaía em minha mente era a do Ronaldo chorando, sentindo-se humilhado após os xingamentos da torcida. Depois de assistir à entrevista dele, senti-me, mais uma vez, orgulhosa de ter sempre torcido por ele. Chorei compulsivamente ante cada palavra, cada silêncio, cada gestual e me apaziguei com a grandeza do gesto em perdoar a todos os que o criticaram.
ResponderExcluirObrigada por teu maravilhoso comentário.
Um abraço muito apertado.
Leti mana amada!
ResponderExcluirNão falei ontem, a respeito das controvérsias escritas pela imprensa de um modo geral.
Pois é, hoje na Globo, fizeram documentários fartos, com direito a comentários de fã de diversas áreas e estados a respeito do Ronaldo.
O discurso mudou de chacota em torno do Gordo, virou herói e vítima já que ele revelou o motivo de seu excesso de peso, a doença a que ele se submete há anos.
Tudo o que se escreve no país por alguns jornalistas ou se diz na tv, gera audiência, o que importa sempre é o momento.
Acho que se eu tivesse optado pela carreira de jornalista a qual sonha ainda jovem, iria sofrer muito e não teria estabilidade profissional diante das inverdades, omissões e desditos que rolam por ai, mundo a fora.
Sabes porque deixei de assistir jogo de futebol, principalmente da Copa do Mundo? Foi porque o talentoso Ronaldo, ficou no banco de reservas e entrou aos sete minutos do último jogo, se não me engano o técnico era o finado Coutinho? Fiquei revoltado porque já acompanhava o ínicio da trajetória deste jogador.Acho que foi em 1986, ano em que o Nícolas nasceu.
Assisto só o último tempo do jogo final.
Até os jogos do Grêmio só dou umas olhadela para saber como esta o escore.
Por fim endeusam e endiabram depende dos interesses.
Um grande beijo,
Adejane M Gudolle
BÁRBARA a postagem sobre o FENÔMENO, sou fã de carteirinha dele, para mim foi o melhor jogador de futebol do mundo. Daí me perguntaram: mas e o pelé e o maradona? Minha resposta foi breve, sou da era do FENÔMENO não vi os outros jogando, então não podem ser o meu melhor jogador do mundo!!
ResponderExcluirE assim é e sempre será Ronaldo, um FENÔMENO!!!
Pena que o povo tem memória bem curta e só lembra das coisas ruins que aconteceram na vida dele, como se só ele tivesse deslizes...mzs essa é a vida!!
Parabéns Ronaldo!