sábado, 29 de junho de 2013

O poder de um nome


 Existe algo que machuque mais do que termos os nossos nomes trocados? Nada fere tanto ao sermos interpelados como “vovozinho”, “vozinha”, “oi, vizinha!”, “minha senhora”, “Tu, aí!?” Fico terrivelmente encabulada quando, por um triste lapso de memória, equivoco-me sobre o nome de alguém. Nessas horas de abandonos e vergonhas, sinto vontade de, com a mais potente das escavadeiras..., abrir um buraco no solo e, com a rapidez dos bólidos, sumir-me da presença do ser cujo nome evolou-se e se confundiu, amalgamado na massa informe que devem ter virado os meus neurônios traidores. Ao valer-me de todos os recursos mnemônicos para recordar-lhe o nome, sinto uma ternura instantânea pelo esquecido e desabrocha em mim uma vontade irrefreável de ser muito amorosa para com a pessoa.

Então, como se eclodissem juntos todos os meus neurônios preguiçosos, surge um som potente, carregado de consoantes e vogais, que se me perfila na mente e sobressai do esquecido como um HEUREKA, articulado pela primeira vez e por seu original autor. Feliz, abraço o ser, cujo lapso de memória me deixou transida de medo e o chamo de Eunice, Luci, João Paulo, Roberto, Guilhome, Mariângela, Elisabeth, Marcelina, Sara Jane, Luís Artur, Joãzinho, Marelice, Dalva Aurora,... O que mais tremulo de
ânsia e medo, no entanto, é, um dia, esquecer-me do próprio nome. Nessa hora sem graça nenhuma, que a mais pesada lápide de ferro, madeira, cimento ou latão tombe sobre mim para sempre.

Queridos e querida, um ÓTIMO FIM DE SEMANA para VOCÊS!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Amigos e anjos







"Os amigos são anjos que nos levantam quando nossas asas estã
o quebradas."

terça-feira, 25 de junho de 2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Olha eu no VS!

Este artigo saiu na terça-feira, no VS, o jornal de São Leo. Eis a foto para provar...

quarta-feira, 19 de junho de 2013

O testemunho 1


Olá, amigos e amigas!

 Só para comprovar a publicação de meus artigos, abaixo exponho como cada um saiu no VS, o jornal de São Leopoldo.


 
Amanhã, publicarei o artigo desta terça-feira.

terça-feira, 18 de junho de 2013

A intolerância com o sucesso alheio: Olha eu no VS de NOVO!




Mandei este artigo domingo para o VS, o maior jornal da Região do Vale do Rio dos Sinos e hoje foi publicado. Já havia saído outro no mesmo periódico, no sábado.

Estou mais faceira do que guri de tênis novos.

                     A intolerância com o sucesso alheio


Os dias aceleram rápido demais, em busca do lado avesso do tempo e da vida, enquanto o presente insiste em se transformar em futuro que logo será passado. Existem muitas pessoas que perdem momentos preciosos de suas existências contemplando uma época que jamais retornará e amargam os dias na busca de memórias e de momentos perdidos como se não houvesse nenhum amanhã.

Convive-se com outras que se recusam a enfrentar a vida que eclode além de seus refúgios, verdadeiros claustros e perdem o privilégio de disputar com o sol a riqueza das sombras. Preferem se ensimesmar dentro de frágeis casulos, que chamam de lar, olhando a vida através da transparência de suas janelas, a abrir-se para os incontáveis encantos oferecidos pela natureza.

Há homens e mulheres, que, ao se depararem com o sucesso dos outros, destilam sobre eles palavras ácidas como o fel e se detêm nas falhas, mesmo que esporadicamente cometidas, com a mordaz intenção de eclipsarem a grandeza do feito. Com tal atitude, parece que só têm olhos para enxergar o lado mais feio das pessoas e dos trabalhos que executam. Só visam aos erros delas sem, no entanto, encantar-se com a beleza que emana das coisas, das criaturas e de todo o legado deixado por elas.
A esse tipo de seres só se pode dedicar muita comiseração e intencional indiferença por serem as mais cruéis sensações na gradação da efetividade. Imagina-se, com isso, que devem se sentir ainda mais infelizes porque, somente quem tem um sentimento em escala tão inferior como o ressentimento e a inveja, é capaz de se contentar com a compaixão. Esses seres ultrapassam os limites da convivência e se envolvem na análise da vulnerabilidade dos que lhe são próximos, extrapolando nas críticas do que, inadvertidamente, não deu certo, ou não saiu exatamente como planejado.

As vítimas de sua cólera podem acertar mil vezes, mas basta o menor, talvez um único deslize para que, ante um olhar deturpado ou intencional, falhas se agigantem. Um imperceptível erro pode se transformar, na visão distorcida daqueles, numa grande falha a qual fazem questão de relembrar com a intenção de jamais a esquecerem. A intolerância com o sucesso alheio, muitas vezes, revela-se em atitudes inaceitáveis como a detratação do vitorioso através de calúnias ou de palavras depreciativas.

Algo importante a ser exercitado é jamais fazerem coisas das quais venham a se arrepender. Ao cometerem injustiças, deveriam demonstrar o desconforto no momento em que se derem conta da falha cometida. Nessas ocasiões, é conveniente se colocarem no lugar dos criticados, questionando se fariam melhor ou de outra forma mais interessante. Antes de lançarem desastradas críticas ou destilarem–lhes malévolo veneno, precisariam abrir as janelas da alma para praticarem o que alimenta os mais sábios: as palavras valem prata e o silêncio vale ouro. Portanto, se não existe nada de bom ou de construtivo a dizer sobre alguém, é muito mais compensador não dizerem absolutamente nada.





segunda-feira, 17 de junho de 2013

Uma mãe chamada Brasil






 
No mês de maio, ininterruptamente, festeja-se o Dia das Mães. Data sagrada para homenagear seres privilegiados que detêm o poder de gerar vidas. No contexto em que o país se encontra, embora isso não se revista de nenhuma novidade, visto que o problema remonta ao seu descobrimento, deveria ser celebrado o Dia do Brasil, a mãe gentil para indivíduos inescrupulosos, assaltantes, homicidas, estupradores e traficantes que transitam solertes por solo fértil a toda sorte de criminalidade. De Norte a Sul  proliferam escândalos em âmbito público e privado. A leniência na aplicação e no cumprimento das leis, o repulsivo hábito do decantado jeitinho brasileiro, o apadrinhamento dos partidos políticos na gestão dos cargos públicos, que fazem dos conchavos espúrios moeda de barganha, alimentam a tendência de surrupiar os cofres da Nação. A violência age sobre o cerne social como cancro que precisa ser, urgentemente, extirpado. O desinteresse da população em se indignar com os nefastos acontecimentos que são estampados na mídia incorporaram-se na mente dos brasileiros como forma vil de acomodação.                                                                                         

Eclodem escândalos envolvendo políticos, empresários e funcionários públicos. Apuram-se crimes, alardeia-se a prisão de envolvidos, muito pouco do que foi roubado do erário é devolvido pelos meliantes e crimes se repetem sem estancamentos. A sociedade a tudo assiste e não se rebela, inclusive, escarnece dos honestos como se a honestidade tivesse sido banida de códigos de conduta. Passivos, os brasileiros passam a desacreditar nas leis e no alcance da punição dos crimes cometidos e, com a indiferença, revelando o seu distanciamento, prestam desserviço ao país. Somente demonstram algum tipo de inconformismo quando o crime cometido ameaça a saúde pública como o dos transportadores de leite que adicionaram produtos cancerígenos e água não tratada, cujas atividades se realizavam em galpões imundos.

Enquanto se alienam, outros crimes são cometidos imolando inocentes, tingindo de dor e sangue lares brasileiros, inteirando-se dos acontecimentos pelos noticiários, sem esboçar nenhuma reação. Disso se deduz: quanto mais a criminalidade lhes é escancarada, mais as pessoas acreditam nas atitudes dos governantes. Passam a perceber a dura realidade quando a violência, seja por assaltos, homicídios, seja por alguma forma de crueldade ou estupros, atinge a si ou a um dos seus.  Sabe-se que atos violentos e roubalheira nasceram com a chegada dos estrangeiros que aqui aportaram não para construir uma nação. A intenção deles era retirar riquezas do solo brasileiro e fizeram isso com extrema crueldade. Dizimaram a população nativa com truculência inconcebível apossando-se da terra belicosamente, legando esses atos nocivos às futuras gerações.

O Brasil poderá dirimir tais crimes se a educação for tratada como prioridade nacional, verbas públicas forem despendidas em busca da excelência no ato de ensinar crianças e jovens com a permanência deles em escola de tempo integral, com apoio de famílias estruturadas, educadores competentes e bem remunerados.

Publicado em 15 de maio de 2013, no Jornal VS de São Leopoldo