quinta-feira, 31 de março de 2011

Gosto de gente como você



Este foi um dos primeiros textos que recebi de minha filha quando ainda estava nos primeiros anos de faculdade e tudo o que recebia de bonito e por e-mails, em cartas, enviava-os para mim.

“Gosto de gente que ri, que chora, que se emociona com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto, um carinho, um abraço, um afago...

Gosto de gente que ama e curte saudades, que gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais, admira paisagens, poesia e sabe escutar...

Gosto de gente que tem tempo para sorrir com bondade, semear perdão, repartir ternura, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções que germinam e crescem dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser...

Gosto de gente que colhe, orienta, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que o aprendizado se origine de uma criança, de um pobre, de um analfabeto...

Gosto de gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentoras suas lágrimas e sofrimentos...

Gosto muito de gente assim e desconfio que é desse tipo de gente, meio pessoa, meio anjo, que Deus também gosta...”

Desconheço o autor


Estas flores são para as pessoas que me visitam e gostam do que posto aqui.

Foto do dia

quarta-feira, 30 de março de 2011

O protesto de Paulo Sant' Ana



Temos um saudável hábito o meu marido e eu. Pela manhã, enquanto o sol ainda reluta em  se mostrar por inteiro, mas plenamente acordado, aproveitamos a mútua companhia para matear, ler jornais, saber das últimas do mundo e da terrinha através da rádio local, ao mesmo tempo em que trocamos ideias sobre o que lemos ou ouvimos. Antes discordávamos do comentário articulado e, por isso, arrefecíamos o ânimo. Com o passar do tempo, aprendemos que ouvir e, às vezes, calar são duas ações que devem ser reiteradamente treinadas para que o conflito não se estabeleça, ganhe corpo e se fortifique, tumultuando uma relação tão sólida como a nossa.

Desse convívio matutino, quando um ou outro encontra algo interessante, lê o achado em voz alta. Se o assunto interessa, compilo-o ou o atapto porque já nasceu com o destino selado, as páginas brancas deste blog. Os temas comentados por ele, homem de notória inteligência e humor às vezes cáustico em relação à vida, às pessoas, à política, ao Brasil e ao mundo, têm servido para postagem, cujo sucesso, de antemão, já sai garantido. Dentre as contumazes críticas proferidas por ele, está o seu profundo desagrado em relação à Copa do Mundo, que será realizada no Brasil.

Nesse tipo de indignação, sempre lhe fiz coro. Como pode um país, que deixa morrer os seus filhos em corredores de hospitais ou na indigência, que tem um dos maiores índices de pobreza do mundo e total despreocupação com o nível educacional do povo, dentre outras tantas mazelas, pode jogar pela janela milhões de reais para a construção de estádios, futuros elefantes brancos e que, já sabemos, milhões do dinheiro irão cair em mãos de corruptos e de corruptores?

Dentre as incontáveis trocas de palavras, veladamente, entendo a mensagem de que este ou aquele assunto gera uma brilhante postagem. Não foi diferente com o texto de Paulo Sant’Ana do dia 29 de março. Ainda estarrecidos sobre  as inúmeras doenças já sofridas por ele, o próprio autor revelou, no texto “O diagnóstico”, que “há dias apareceu um câncer no meu (dele) organismo”. A notícia assim dada para todo o mundo saber não deixa de causar profunda tristeza. Consternamo-nos ao saber de coisas desairosas de estranhos, imagine-as oriundas de uma pessoa tão notória e que entra em nossa casa, induzindo-nos a reflexões inteligentes e profundas como o tem feito Paulo (ou o Pablito?)

Ficamos inconformados. Com a genialidade desse escritor-cronista que propalou a trágica notícia antes que, à boca pequena, virasse fofoca, a aceitação dele conseguiu tornar o fato mais audível embora nada aceitável. Na crônica de ontem (Saúde e futebol), Paulo Sant’Ana aproveitou a grave enfermidade que lhe consome as entranhas para denunciar o descaso governamental com a saúde e a restauração dela dentre os segurados do SUS.


Ao mesmo tempo em que esse homem genial e corajoso empresta a sua dor para denunciar a dor dos outros, mais uma vez, denuncia a sua revolta contra o sediamento dos jogos mundiais no Brasil. Transcrevo o fim da crônica mencionada: “Essa ideia de trazermos a Copa do Mundo para cá é uma das maiores insanidades que conheço, apenas para realizar dezenas de partidas de futebol, a maioria delas desinteressantes, em troca da saúde e da vida de nosso povo. Insanidade.”

Não para por aí: “Haverá o dia em que os governos tomem consciência de que com o que arrecadam poderão solucionar todos os mais graves problemas de que o Brasil é alvo.

Haverá de chegar esse dia. E conclamo a todos que se unam batendo nessa tecla do desperdício do dinheiro público.


Esse ralo vai ter que acabar.

Para felicidade geral do povo brasileiro.”

Que o  grito de alerta de  Pablito  ganhe os ouvidos de quem o merece ouvir,  abra os olhos do povo que elege toda essa gente e que tanto mal vêm fazendo à pátria brasileira.

Afinal quem tem real interesse na realização dessa copa aqui no Brasil? O povo foi consultado se a queria em solo pátrio? Onde estão os grandes pensadores, os detratores, os inconformados de ontem?

Serão apenas Paulo Sant'Ana e Wianey Carlet os  jornalistas com coragem suficiente para denunciar a sua inconformidade com essa aberração e sangradouro dos cofres públicos?

A elite cultural e econômica brasileira está calada, por quê?

Os pobres nunca tiveram voz e vez. A eles, “pão e circo”! E “que tudo mais vá para o inferno”!

Quando deixaremos de ser apenas “o país do Carnaval, do samba e das mulatas (peladas)?

Não podemos e não devemos esquecer de que somos o maior país do mundo na arrecadação de impostos. Não esqueçamos  também que governantes e asseclas políticos, vereadores, deputados, senadores, secretários de estado,  ministros e apadrinhados são os maiores   queimadores do dinheiro público, (o que me lembra a Roma de Nero).

Pensem nisso!

Estádio de Futebol X Copa do Mundo de 2014

Para confirmar o que postei acima, mostro a vocês os estádios que estão sendo construídos para a Copa do Mundo em 2014. Peguem uma calculadora e somem os valores a serem gastos nesses verdadeiros “elefantes brancos”. Somem também o que será acrescido a esses valores, que será destinado à propina e a superfaturamentos.

Será que os nossos governantes amam mesmo o Brasil e o seu povo ou legislam em causa e enriquecimento próprios?

Vendo toda essa extravagância financeira, que daria para resolver todos os grandes problemas do país, não dá vontade de chorar?


A impressão que eu tenho é a de que cada novo governante se especializa em fazer as coisas muito piores que  o seu antecessor. Vai além, repete tudo o que criticava no governo do outro e aumenta a extensão do ato. Mente mais, rouba mais, perde totalmente a vergonha na cara, esquece as ideologias e as bandeiras de luta que apregoava e volve os olhos bem arregalados, visando a como melhor e mais rápito rapinar a nação! Isto é Brasil, sil, sil!

Estádio: Vivaldo Lima (Vivaldão), Manaus
Escritório responsável pelo projeto: o alemão Gerkan Marg und Partner (GMP)
Características do projeto: o atual estádio será demolido para dar lugar à nova arena do Vivaldão. O projeto prevê um teto retrátil e a cobertura será feita de forma a simular um cesto de palha e as escamas de répteis para lembrar a fauna amazônica.
Valor estimado da obra: R$ 500 milhões


Estádio: Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi), São Paulo
Arquiteto responsável pelo projeto: Ruy Ohtake
Características do projeto: o novo estádio do São Paulo Futebol Clube será reformado e receberá um novo centro de imprensa, uma redação para jornalistas, novas salas VIP e vestiários. Na parte externa, será construída uma cobertura sob as arquibancadas nas cores branco e vermelho. A capacidade será reduzida de 75 mil para 62 mil lugares para atender aos padrões da FIFA. O projeto ainda prevê um edifício-garagem para 4.800 carros.
Valor estimado da obra: inicialmente em R$ 180 milhões, mas pode haver alteração.

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Estádio: Governador José Fragelli (Verdão), Cuiabá (MT)
Escritório responsável pelo projeto: Castro Mello Arquitetos
Características do projeto: as principais intervenções serão a criação de um grande parque ao redor do estádio, a diminuição da capacidade para 48 mil torcedores e a construção de uma área com camarotes, tribuna de honra e gabinetes de imprensa.
Valor estimado da obra: R$ 350 milhões

Estádio: Estádio José Pinheiro Borda (Beira-Rio), Porto Alegre
Arquitetos responsáveis pelo projeto: Fernando Balvedi, Gabriel Garcia e Maurício Santos da Hype Studio
Características do projeto: com a reforma já iniciada, o projeto procura aproveitar ao máximo a estrutura já existente do estádio. Entre as poucas intervenções, estão a cobertura do complexo, a reforma e ampliação da arquibancada inferior, construção de camarotes e reformulação interna (administração, tribuna principal, restaurantes etc). A capacidade será aumentada de 56 mil para 60 mil lugares.
Valor estimado da obra: R$ 150 milhões

Estádio: Mané Garrincha, Brasília
Escritório responsável pelo projeto: Castro Mello Arquitetos
Características do projeto: o estádio Mané Garrincha deixará de ser olímpico para se tornar uma arena multiuso. Apenas a fachada e a arquibancada superior originais serão mantidas. O novo projeto prevê uma cobertura de tensoestrutura sobre as arquibancadas, estacionamentos e áreas de apoio, vestiários, central médica, lojas e outros empreendimentos. A capacidade será de 60 mil lugares aos torcedores e 10 mil à imprensa, personalidades, staff e convidados.
Valor estimado da obra: R$ 522 milhõe
Estádio: Cidade da Copa, Recife
Arquiteto responsável pelo projeto: não divulgado pelo Governo de Pernambuco
Características do projeto: prevê a construção de um estádio com capacidade para 46.154 lugares, um conjunto habitacional, um centro comercial e hotel.
Valor estimado do estádio com infra-estrutura: R$ 1,6 bilhão

Estádio: Arena da Baixada, Curitiba
Escritório responsável pelo projeto: Vigliecca Associados
Características do projeto: considerado o estádio mais moderno do Brasil atualmente, a arena receberá poucas modificações para a Copa de 2014. Entre elas, o aumento da capacidade de 21 mil para 41 mil torcedores, alterações na cobertura, melhoria da iluminação, eliminação de pontos cegos e dos fossos e a abertura de novas saídas, nas esquinas do estádio.
Valor estimado da obra: R$ 140 milhões

Estádio: Arena das Dunas, Natal
Escritórios responsáveis pelo projeto: escritório brasileiro Coutinho, Diegues e Cordeiro Arquitetos em parceria com o escritório inglês Populus
Características do projeto: para dar lugar ao novo estádio, o atual Machadão e o Centro Administrativo serão demolidos. O projeto da Arena das Dunas prevê a completa reurbanização do local, com a implantação do novo estádio para os jogos e de um complexo formado por uma arena multiuso, hotéis, teatro, estacionamento para seis mil veículos, prédios comerciais e um shopping, além dos novos Centros Administrativos do Estado e do município.
Valor estimado da obra: R$ 300 milhões

Estádio: Governador Magalhães Pinto (Mineirão), Belo Horizonte
Escritórios responsáveis pelo projeto: Gerkan Marg & Partner (GMP) e Gustavo Penna Arquiteto & Associados
Características do projeto: o estádio será transformado em um complexo cultural, esportivo e de lazer. No interior do estádio, as maiores intervenções serão o rebaixamento do gramado em 3,5 metros , a construção de camarotes e de uma cobertura feita de metal e membranas de policarbonato para a arquibancada. O projeto ainda prevê pavimentos subterrâneos com espaço para shoppings, centros comerciais, área de eventos, equipamentos culturais, hotéis e estacionamentos.
Valor estimado da obra: não divulgado. Imaginem o superfaturamento!

Fonte: Blog's


P.S.: Não pesquisei, mas parece que algum ou alguns desses estádios não será(ão) mais construído(s)

E vocês, o que pensam sobre tudo isso?

terça-feira, 29 de março de 2011

De galo e de pipocas


Recebi esta piada de minha amiga Ilza Madruga. Especialista nesse tipo de e-mails, ao recebê-los, sempre lanço ao ar estrondosas gargalhadas.

A de hoje, como as outras já recebidas,  adorei!

O Galo de Bagé

"Um velho estancieiro de Bagé vai ao cinema ... E o porteiro pergunta:

- O que é isso no seu ombro?...

- É meu galo de estimação, raça Legorn, comprei na exposição de
Esteio, Tchê!...

- Lamento, senhor, mas não permitimos animais no cinema.

O índio velho aparentemente concorda. Vai ao toalete e enfia o bicho na bombacha.
Volta ... Compra o ingresso, entra e senta-se ao lado de duas senhoras idosas.

Quando o filme começa, o velho gaudério abre a bragueta para o galo veio respirar e o bicho bota o pescoço pra fora, todo feliz.

Uma das idosas cochicha para a outra:

- Acho que o velho ao meu lado é um...um TARADO!...

- Por quê ??? - pergunta a outra.

- É que o cara botou o NEGÓCIO pra fora!!!...

- Ah, não te preocupa, na nossa idade nós já vimos de tudo.

- Eu também pensava a mesma coisa ...Mas o NEGÓCIO DELE tá comendo toda a minha PIPOCA!!!...

Nó Górdio, origem e significado


A provável lenda do nó górdio remonta ao século VIII a.C.

Conta-se que o rei da
Frígia (Ásia Menor) morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculo anunciou que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois. A profecia foi cumprida por um camponês de nome Górdio, que foi coroado. Para não esquecer de seu passado humilde, ele colocou a carroça, com a qual ganhou a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó a uma coluna, nó este impossível de desatar e que, por isso, ficou famoso.

Górdio reinou por muito tempo e, quando morreu, seu filho
Midas assumiu o trono. Midas expandiu o império, porém, ao falecer, não deixou herdeiros. O Oráculo foi ouvido novamente e declarou que quem desatasse o nó de Górdio dominaria toda a Ásia Menor.

Quinhentos anos se passaram sem ninguém conseguir realizar esse feito, até que, em 334 a.C,
Alexandre, o Grande, ouviu essa lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a questão, foi até o templo de Zeus observar o feito de Górdio. Após muito analisar, desembainhou sua espada e cortou o nó.

Lenda ou não o fato é que Alexandre se tornou senhor de toda a Ásia Menor poucos anos depois.

É daí também que deriva a expressão "cortar o nó górdio", que significa resolver um problema complexo de maneira simples e eficaz.

Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 28 de março de 2011

Calcanhar de Aquiles existe?


Iniciei na postagem de ontem a mostrar como frases fugiram das páginas da história e se transformaram em verdadeiros mitos verbais, usados em textos ou na fala coloquial.

Hoje rememoro o "Calcanhar de Aquiles".

De onde surgiram essas expressões? O que significam hoje?

"A antiga e rica lenda de Aquiles ilustra a assertiva de que "os eleitos dos deuses morrem jovens", já que o herói preferiu uma vida gloriosa e breve a uma existência longa, mas rotineira e apagada.

Aquiles era filho de Tétis (a ninfa marinha, e não a deusa do oceano) e de Peleu, rei dos mirmidões da Tessália. Ao nascer, a mãe o mergulhou no Estige, o rio infernal, para torná-lo invulnerável. Mas a água não lhe chegou ao calcanhar, pelo qual ela o segurava, e que assim se tornou seu ponto fraco - o proverbial "calcanhar de Aquiles".

Segundo uma das lendas, Tétis fez Aquiles ser criado como menina na corte de Licomedes, na ilha de Ciros, para mantê-lo a salvo de uma profecia que o condenava a morrer jovem no campo de batalha. Ulisses, sabedor de que só com sua ajuda venceria a guerra de Troia, recorreu a um ardil para identificá-lo entre as moças. Aquiles, resoluto, marchou com os gregos sobre Troia.

No décimo ano de luta, capturou a jovem Briseida, que lhe foi tomada por Agamenon, chefe supremo dos gregos. Ofendido, Aquiles retirou-se da guerra. Mas persuadiram-no a ceder a seu amigo Pátroclo a armadura que usava.

Pátroclo foi morto por Heitor, filho do rei de Tróia, Príamo,ao confundi-lo com Aquiles. Sedento de vingança, Aquiles reconciliou-se com Agamenon.

De armadura nova, retornou à luta, matou Heitor e arrastou seu cadáver em torno da sepultura de Pátroclo. Pouco depois, Páris, irmão de Heitor, lançou contra Aquiles uma flecha envenenada; dirigida por Apolo, atingiu-lhe o calcanhar e matou-o.

As proezas de Aquiles e muitos temas correlatos foram desenvolvidos na Ilíada, de Homero, que relata a guerra de Tróia.

O cadáver de Aquiles, segundo a versão mais comum, foi enterrado no Helesponto junto ao de Pátroclo."

Fonte: http://www.nomismatike.hpg.ig.com.br/

*"Apesar da valentia e dos feitos de Aquiles, a fatalidade não podia deixar de acontecer. A morte do grande herói da Antiguidade é apresentada em várias versões, porém a mais aceita relata que ele morreu ferido no calcanhar por uma flecha certeira, poderosa e assassina, atirada pelo príncipe Páris e guiada por Apolo. Páris, nesse ato, consegue vingar-se da morte de seu irmão Heitor e simultaneamente vinga a morte do filho do deus Apólo, Tenes.

Aquiles, após a morte, recebeu a justa recompensa por toda uma vida de feitos heroicos e de combates. Zeus, a pedido de Tétis, conduziu-o à ilha dos Bem-aventurados, onde ele casou com uma heroína (cita-se Medeia, Ifigénia, Polixena, e mesmo Helena: da sua união com esta, teria nascido um filho alado, Euforião, que é identificado com a brisa da manhã)."

Fonte: Wikipédia

Calcanhar de Aquiles, à voz corrente,  é usado para indicar o ponto vulnerável (fraco) das pessoas, instituições, países, objetos...

domingo, 27 de março de 2011

Caixa de Pandora, o que é?



Existem palavras que fugiram das páginas da História e ganharam uma nova vida na boca do povo. Muitas delas são lidas ou ouvidas por pessoas detentoras de expressivo nível cultural embora, muitas vezes, nem saibam o que significam.

Dentre muitas, apresento aos meus leitores e leitoras as mais escritas e articuladas como “Caixa de Pandora”, “Calcanhar de Aquiles”, “Lei de Talião”, “Nó Górdio”, “Entrar com o Pé Direito”.


Sem tempo para contar as histórias do meu jeito, copiei o que estava contido na web. Desculpem-me.

Começarei por *“Caixa de Pandora”.


"Contam-nos as várias versões do mito grego que Prometeu (o que vê antes ou prudente, previdente) é o criador da humanidade. Era um dos Titãs, filho de Jápeto e Clímene e também irmão de Epimeteu (o que vê depois, inconsequente), Atlas e Menécio. Os dois últimos se uniram a Cronos na batalha dos Titãs contra os deuses olímpicos e, por terem fracassado, foram castigados por Zeus, que então tornou-se o maior de todos os deuses.

Prevendo o fim da guerra, Prometeu uniu-se a Zeus e recomendou que seu irmão Epimeteu também o fizesse. Com isso, Prometeu foi aumentando os seu talentos e conhecimentos, o que despertou a ira de Zeus, que resolveu acabar com a humanidade. A pedido de Prometeu, o protetor dos homens, não o fez.

Um dia, foi oferecido um touro em sacrifício e coube a Prometeu decidir quais partes caberiam aos homens e quais partes caberiam aos deuses. Assim, Prometeu matou o touro e com o couro fez dois sacos. Em um colocou as carnes e no outro os ossos e a gordura. Ao oferecer a Zeus para que escolhesse, esse escolheu o que continha banha e, por este ato, puniu Prometeu retirando o fogo dos humanos.

Depois disso, coube a Epimeteu distribuir aos seres qualidades para que pudessem sobreviver. Para alguns deu velocidade, a outros, força; a outros ainda deu asas, etc. No entanto, Epimeteu, que não sabia medir as consequências de seus atos, não deixou nenhuma qualidade para os humanos, que ficaram desprotegidos e sem recursos.

Foi então que Prometeu entrou no Olimpo (o monte onde residiam os deuses) e roubou uma centelha de fogo para entregar aos homens. O fogo representava a inteligência para construir moradas, defesas e, a partir disso, forçar a criação de leis para a vida em comum. Surgiu assim a política para que os homens vivessem coletivamente, se defendessem de feras e inimigos externos, bem como desenvolvessem todas as técnicas.

Zeus jurou vingança e pediu para o deus coxo Hefestos que fizesse uma mulher de argila e que os quatro ventos lhe soprassem a vida e também que todas as deusas a enfeitassem. Essa mulher era Pandora (pan = todos, dora = presente), a primeira e mais bela mulher já criada e que foi dada, como estratégia de vingança, a Epimeteu, que, alertado por seu irmão, recusou respeitosamente o presente.

Ainda mais furioso, Zeus acorrentou Prometeu a um monte e lhe impôs um castigo doloroso, em que uma ave de rapina devoraria seu fígado durante o dia e, à noite, o fígado cresceria novamente para que no outro dia fosse outra vez devorado, e assim por toda eternidade.

No entanto, para disfarçar sua crueldade, Zeus espalhou um boato de que Prometeu tinha sido convidado ao Olimpo, por Atena, para um caso de amor secreto. Com isso, Epimeteu, temendo o destino de seu irmão, casou-se com Pandora que, ao abrir uma caixa enviada como presente (e que Prometeu tinha alertado para não fazê-lo), espalhou todas as desgraças sobre a humanidade (o trabalho, a velhice, a doença, as pragas, os vícios, a mentira, etc.), restando dentro dela somente a ilusória esperança.

Por isso, o mito da caixa de Pandora quer significar que ao homem imprudente e temeroso são atribuídos os males humanos como consequência da sua falta de conhecimento e previsão. Também é curioso observar como o homem depende de sua própria inteligência para não ficar nas mãos do destino, das intempéries e dos próprios humanos.

*Texto escrito por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP


      
* Uma outra versão diz que a intenção de Zeus quando mandou Pandora para a Terra, era a de agradar aos homens, e que seu presente de casamento à moça foi uma caixa onde cada um dos deuses havia colocado um bem. Infelizmente, porém, Pandora abriu a caixa sem querer, e todos os bens escaparam e desapareceram, com exceção da esperança, joia preciosa que fortifica o homem e lhe dá condição de enfrentar todos os males com que a vida o maltrata.

* Autoria de FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

sábado, 26 de março de 2011

A Hora do Planeta, um SOS para todos nós


Hoje, sábado, 26 de março, à meia-noite, conclame todos os membros da família que estiverem acordados para apagar todas as luzes de casa durante uma hora. Esses 60 minutos no escuro serão de enorme valia. Além de servirem como um protesto ao aquecimento global, o primeiro minuto desse ato coletivo será dedicado às vítimas das catástrofes naturais, em especial os japoneses. Esse bravo povo ainda continua enfrentando as conseqüências decorrentes dos terremotos e tsunamis que causaram chagas profundas em seu país e em suas vidas.

"A Hora do Planeta” surgiu em 2007, na Austrália, com o objetivo de que, durante 60 minutos, cidades inteiras ficassem às escuras.

Nesse ato simbólico, um grupo de ambientalistas, integrantes da *WWF, (*“World Wildlife Fund”,  o que foi traduzido para o português  como “Fundo Mundial da Natureza”), procura evidenciar o seu protesto contra o aquecimento da Terra.

Façam a sua parte, amigo ou amiga!

A nossa casa global agradece! Os nossos descendentes, também!

Porto Alegre é demais

Porto Alegre está de aniversário e não poderia encontrar jeito mais bonito de lhe fazer a festa: mostrando-a através de um retrato de si mesma.


sexta-feira, 25 de março de 2011

As ruas de Porto Alegre



Dois poemas, um  de Mario Quintana e o outro de Marco Ramos, são mais uma homenagem ao aniversário de Porto Alegre.

1. O mapa

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(E nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...


2.*Nas ruas de Porto Alegre

Porto Alegre, tuas ruas têm infinitas histórias
E, em todas suas rotas, vejo o poeta e a poesia
O escrito e o escrevente descrito nesta memória
Como o revoar das pombas, das torres da reitoria...
~
Quem me dera, seu eu fosse um filho de Veríssimo
Ou um neto de Quintana, bem que eu poderia ser
Para dar-te, Porto Alegre, um verso muito ilustríssimo
E neles ilustrados as suas ruas, em seu lindo amanhecer...
~
Eu bem que poderia ser mais um ipê da Redenção
E num domingo de Bric, desfolhar-me na Bonifácio
Anunciando o outono, no final de mais um verão
Enfeitando de flores, as linhas deste meu prefácio...
~
E de lá iria com o vento, ou quem sabe ele eu seria
E assim eu correria pelo Guaíba, do Gasômetro à Ipanema
E assim atravessaria os morros da Glória até a Serraria
E em Porto Alegre eu me esparramaria, como um simples poema...
~
E minhas palavras chegariam até Moinhos de Vento
E passeariam pela Goethe até findar-se na Mariante
E esboçariam em palavras este meu grande sentimento
Depositadas em rimas, como uma flor lapidada em diamante...
~
Porto Alegre, quem me dera se suas ruas falassem
E no adentrar da noite, suas histórias pudessem me contar
Falar-me-ia dos passos na madrugada, como se cantassem
As Pegadas de Bebeto Alves, nas ondas sonoras soltas no ar...
~
Há em mim um pouco do Menino Deus, andando pela Getúlio
A também um pouco do Punk, desfilando pela Osvaldo
Há todo aquele frio do vento na Andradas nas manhas de julho
E o caminho da Farrapos, do centro até São Geraldo...
~
Porto Alegre, lá me vou pela Borges seguindo a  Beira-Rio
Ou quem sabe pela Azenha, até o Olímpico Monumental
O vermelho e o azul, equilibrando-se ao teu meio fio
E, nestas suas sendas, a história de um outro Gre-Nal...
~
Nas tuas esquinas, meninos vendem o Correio e a Zero Hora
Trazem as notícias do que foi ontem, mas não preveem o futuro
Ah, Porto Alegre, os meus passos eu firmo em ti agora
E observo na Mauá, o detalhe de um artista pintado no muro...
~
Ah, Porto Alegre, em tuas ruas um povo que luta e protesta
Os caras pintadas, colonos sem terra, professores e suas sinetas
Também há comemoração, trilegal! tuas ruas sempre abertas
Magia simples, casas antigas, venezianas nas venetas...
~
Porto Alegre, quem me dera morrer, e assim virar poeira
Esparramando-me pelas solas dos sapatos, nas noites sem lua
Assim estaria nos seus caminhos planos, até em suas ladeiras
E me eternizaria feliz, nos ladrilhos de suas ruas...
*Marco Ramos
Publicado no Recanto das Letras em 03/06/2005

Fotos do dia

Rua da Praia à noite, PoA/RS

Parque Moinhos de Vento

Monumento dos Açorianos e Centro Administrativo

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pedaços de Martha Medeiros



Acredito que toda a mulher que lê os textos de Martha Medeiros, de alguma forma, identifica-se com o que ela escreve e, instantaneamente, admira-a e gostaria de tê-la como amiga. Comigo a identificação aconteceu desde os primeiros artigos que publicou.

Muitas vezes, procuro textos que eu escrevi e, ao deparar-me com assunto similar, escondo-os, ou os deleto, porque soariam como plágios. E não são! Escrevi antes de ler o que Martha publicou. Identificação, almas gêmeas diria o poeta. Para mim, exemplo de mulher! É a musa inspiradora, a conselheira, a amiga, a irmã que todas as mulheres adorariam  ter.

Na linda reportagem exposta no caderno Donna, encartado em Zero Hora de domingo, 20 de março de 2011, “Martha Medeiros por inteiro” , essa jovem de 50 anos dá um show de vida, de otimismo, de esperança, de fragilidade e de força.

Ao ser questionada se a vida dela estava melhor aos 50, eis o que respondeu:

“Eu quero entrar nessa nova idade sem arrastar corrente, não quero desperdiçar meu tempo como o que não é produtivo, não quero mais insistências que não dão em nada. Agora é hora de focar na boa, de ir no certo. Já me conheço o suficiente para saber o que me serve e o que não me serve, não tenho mais energia para gastar com o que não resulta em nada.Eu quero pegar mais leve comigo mesma e com quem me cerca e acho que a palavra que me define hoje é liberdade Ao mesmo tempo que essa liberdade é maravilhosa , eu sei que já não tem mais a sensação de eternidade da juventude.”

No fim da entrevista, sobre se era feliz com o que se tornou, Martha assim se manifestou:

“Estou começando a aprender a me perdoar, a perdoar as coisas que não consegui ser ou fazer. Eu não me dou mais nota. Agora eu sou quem eu posso ser. Estou mais reconciliada comigo mesma. Esse momento de reconciliação com a gente dá uma paz muito grande, porque a gente para de se cobrar. Durante a vida inteira, nós costumamos nutrir um certo idealismo em relação a quem vamos ser, em como vamos educar os filhos. Tudo isso é um idealismo bem-intencionado, mas a vida real e a nossa natureza são muito fortes e determinantes, e a gente acaba sendo o que a gente pode ser, não só o que a gente quer ser. Hoje eu estou feliz com quem eu pude e com quem eu posso ser daqui para frente.”

Faço minhas as palavras de M.M., e lhe digo um simples amém.

Fotos do dia

Arcos do Parque da Redenção, PoA/Rs

Fundação Iberê  Camargo

quarta-feira, 23 de março de 2011

Elisabeth Taylor morreu







A  atriz Elizabeth Taylor, famosa por seus deslumbrantes olhos cor de violeta e sua beleza, seus oito casamentos, uma brilhante carreira cinematográfica, uma dedicação intensa pelas questões sociais principalmente pela da AIDS, morreu nesta quarta-feira, aos 79 anos, vítima de complicações cardíacas.

Para mim, Elisabeth Taylor jamais terá uma substituta à altura de sua deslumbrante beleza.

Pelo seu desenlace, lamento profundamente.

Porto Alegre faz 239 aninhos

Dia 26, Porto Alegre estará de aniversário, por isso, a partir de hoje até a data comemorativa dessa efeméride, farei pequenas homenagens para a capital gaúcha.






Em 26 de março de 1772 nascia Porto Alegre. A capital do Rio Grande do Sul ganhou inicialmente o nome de Porto de São Francisco dos Casais, abreviado em 1810 para o nome que hoje é conhecida.




O processo de criação da cidade contou com a participação de estrangeiros como portugueses, africanos, italianos e alemães, entre outros. Quando aqui chegaram, logo se apoderaram de terras indígenas. Como colonizadores, trouxeram crenças, lendas, hábitos e costumes para formar um grande mosaico que resultou Porto Alegre - uma cidade que mistura mais de 20 etnias.

Beneficiários do sistema de sesmarias, os primeiros imigrantes ergueram residências próximo ao rio Guaíba por volta de 1732. Vinte anos depois, chegaram 60 casais portugueses vindo da Ilha de Açores.

Apesar da intenção inicial de subir a serra, acabaram permanecendo perto do rio onde montaram cabanas cobertas de palha. Desde então o povoado passou a se chamar Porto de São Francisco dos Casais.

Em 1772, ganha o nome de Nossa Senhora Madre de Deus de Porto Alegre, abreviado para Porto Alegre em 1810, quando é emancipada para vila.

O título de cidade viria dez anos depois, em 1822.

Abaixo, algumas fotos da capital dos gaúchos