Existem palavras que fugiram das páginas da História e ganharam uma nova vida na boca do povo. Muitas delas são lidas ou ouvidas por pessoas detentoras de expressivo nível cultural embora, muitas vezes, nem saibam o que significam.
Dentre muitas, apresento aos meus leitores e leitoras as mais escritas e articuladas como “Caixa de Pandora”, “Calcanhar de Aquiles”, “Lei de Talião”, “Nó Górdio”, “Entrar com o Pé Direito”.
Sem tempo para contar as histórias do meu jeito, copiei o que estava contido na web. Desculpem-me.
Começarei por *“Caixa de Pandora”.
"Contam-nos as várias versões do mito grego que Prometeu (o que vê antes ou prudente, previdente) é o criador da humanidade. Era um dos Titãs, filho de Jápeto e Clímene e também irmão de Epimeteu (o que vê depois, inconsequente), Atlas e Menécio. Os dois últimos se uniram a Cronos na batalha dos Titãs contra os deuses olímpicos e, por terem fracassado, foram castigados por Zeus, que então tornou-se o maior de todos os deuses.
Prevendo o fim da guerra, Prometeu uniu-se a Zeus e recomendou que seu irmão Epimeteu também o fizesse. Com isso, Prometeu foi aumentando os seu talentos e conhecimentos, o que despertou a ira de Zeus, que resolveu acabar com a humanidade. A pedido de Prometeu, o protetor dos homens, não o fez.
Um dia, foi oferecido um touro em sacrifício e coube a Prometeu decidir quais partes caberiam aos homens e quais partes caberiam aos deuses. Assim, Prometeu matou o touro e com o couro fez dois sacos. Em um colocou as carnes e no outro os ossos e a gordura. Ao oferecer a Zeus para que escolhesse, esse escolheu o que continha banha e, por este ato, puniu Prometeu retirando o fogo dos humanos.
Depois disso, coube a Epimeteu distribuir aos seres qualidades para que pudessem sobreviver. Para alguns deu velocidade, a outros, força; a outros ainda deu asas, etc. No entanto, Epimeteu, que não sabia medir as consequências de seus atos, não deixou nenhuma qualidade para os humanos, que ficaram desprotegidos e sem recursos.
Foi então que Prometeu entrou no Olimpo (o monte onde residiam os deuses) e roubou uma centelha de fogo para entregar aos homens. O fogo representava a inteligência para construir moradas, defesas e, a partir disso, forçar a criação de leis para a vida em comum. Surgiu assim a política para que os homens vivessem coletivamente, se defendessem de feras e inimigos externos, bem como desenvolvessem todas as técnicas.
Zeus jurou vingança e pediu para o deus coxo Hefestos que fizesse uma mulher de argila e que os quatro ventos lhe soprassem a vida e também que todas as deusas a enfeitassem. Essa mulher era Pandora (pan = todos, dora = presente), a primeira e mais bela mulher já criada e que foi dada, como estratégia de vingança, a Epimeteu, que, alertado por seu irmão, recusou respeitosamente o presente.
Ainda mais furioso, Zeus acorrentou Prometeu a um monte e lhe impôs um castigo doloroso, em que uma ave de rapina devoraria seu fígado durante o dia e, à noite, o fígado cresceria novamente para que no outro dia fosse outra vez devorado, e assim por toda eternidade.
No entanto, para disfarçar sua crueldade, Zeus espalhou um boato de que Prometeu tinha sido convidado ao Olimpo, por Atena, para um caso de amor secreto. Com isso, Epimeteu, temendo o destino de seu irmão, casou-se com Pandora que, ao abrir uma caixa enviada como presente (e que Prometeu tinha alertado para não fazê-lo), espalhou todas as desgraças sobre a humanidade (o trabalho, a velhice, a doença, as pragas, os vícios, a mentira, etc.), restando dentro dela somente a ilusória esperança.
Por isso, o mito da caixa de Pandora quer significar que ao homem imprudente e temeroso são atribuídos os males humanos como consequência da sua falta de conhecimento e previsão. Também é curioso observar como o homem depende de sua própria inteligência para não ficar nas mãos do destino, das intempéries e dos próprios humanos.
*Texto escrito por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
* Uma outra versão diz que a intenção de Zeus quando mandou Pandora para a Terra, era a de agradar aos homens, e que seu presente de casamento à moça foi uma caixa onde cada um dos deuses havia colocado um bem. Infelizmente, porém, Pandora abriu a caixa sem querer, e todos os bens escaparam e desapareceram, com exceção da esperança, joia preciosa que fortifica o homem e lhe dá condição de enfrentar todos os males com que a vida o maltrata.
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Arlete,sei que estás muito feliz por ter o teu Blog alcançado duzentos mil visitantes,sei o que isto significa para ti que coloca de lado tuas atividades para nos proporcionar ensinamentos,alegrias e acima de tudo uma convivência,a distância,mas com muito carinho e profunda amizade.Agradeço a paciência do seu espôso,que se priva da sua com companhia sempre tão agradavel.Um grande abraço deste fâ,que enquanto for possivel estarei te acompanhando.Um belo domingo,se tiver assado de ovelha e vitória do Grêmio fica melhor ainda.
ResponderExcluirBom dia, amigo querido!
ResponderExcluirEstou feliz e triste ao mesmo tempo. Explico melhor: iniciei o blog em 2006 que ficou no “ar” por 4 meses. Devido a graves problemas familiares, desativei-o. Retornei em julho de 2008, ficando ativo até hoje. Durante esse tempo, o contador de visitas deu “tilte” 3 vezes, quando recomeçou do zero. O atual foi implantado em maio de 2010 e, até hoje, conta com 201.602 visitas. Desse número, efetuando-se uma regra de três, chegaria em torno de 600.000. Para + ou para – Esse, sim, seria o número que me daria o maior incentivo.Chegarei lá! Outra vez!
Ah! Não te esqueças que o grande mérito de o “Palavras ao Vento” estar “voando” até hoje, grande mérito é teu devido aos comentários que fazes e sempre estimulantes.
Obrigada por isso também.