Dentre tantos, este que vou reeditar hoje, gera em mim uma vontade irreprimível de que o tempo perca o rumo e fique estagnado num dia especial, num mês qualquer, mas que amena seja a expectativa de que algo novo aconteça.
O texto escolhido e repaginado é este:
O sol deu uma rasteira na lua e se apresentou, neste domingo, com intensa roupagem de luz, reinando, absoluto, só para dizer o quanto bela é a vida.
Adoro o astro rei, apesar de ele fazer um estrago danado em minha pele. Em contrapartida, odeio o calor. Paradoxo? Inconformismo? Problema com a exposição solar mesmo... Verão deveria existir para quem adora praia e tem muito dindim para bancá-la.
Também não gosto de frio intenso, mas tenho paixão por um foguinho de lareira, por deitar-me, depois de um banho gostoso, numa cama quentinha, previamente aquecida.
Em verdade, sou fã número um da Primavera, essa dama elegante, que sabe combinar cores, exagera as nuances delas e, com que maestria, deixa-se envolver por perfumes diáfanos ou exuberantes.
Nessa estação, visto o encantamento extraído das rosas, a ternura retirada dos amores-perfeitos, a desinibição recortada das margaridas, a generosidade contida nos crisântemos, a humildade presente nos cravos e a simplicidade de viver inspirada nas flores silvestres. Aquelas florezinhas nascidas teimosas, abortos da natureza, que surgem meramente pela ânsia de viver...
Levantei-me inspirada e feliz, perceberam? Motivo? Precisa-se de razões para se gostar de viver?
Sim e quantas! A motivação deste enlevo (que, para sorte minha e dos meus afetos, aparece constantemente) é a vontade de mostrar o reconhecimento diante de pequenos e até imperceptíveis contornos que sinalizam para o vértice mais interessante da vida, para determinadas atitudes, para palavras dotadas de alma, que colaboram para me deixar exultante assim. Dizer e não concretizar o dito é como morrer sem ter morrido, chorar sem ter motivo, correr sem alcançar a meta, gritar e ter como retorno só o eco, falar e não ser ouvida, amar e não ser amada.
Viver é isso: encantar-se com o nascer e o esconder do sol, rir com o riso dos felizes, olhar a vida com os olhos do coração, saber retirar, da policromia da natureza, a varinha mágica para continuar vivendo e ter a capacidade de acreditar que a vida não carrega, em seu recôndito, apenas misérias, dores, sofrimentos. Nela, podem eclodir, a qualquer momento, alegrias, fartura e muita felicidade. Basta transcender os olhos para além de um horizonte imaginário, fazendo-o pousar numa realidade plausível, onde o arco-íris aponta para o mesmo caminho, mas em que se pode acomodar os sonhos.
Adoro o astro rei, apesar de ele fazer um estrago danado em minha pele. Em contrapartida, odeio o calor. Paradoxo? Inconformismo? Problema com a exposição solar mesmo... Verão deveria existir para quem adora praia e tem muito dindim para bancá-la.
Também não gosto de frio intenso, mas tenho paixão por um foguinho de lareira, por deitar-me, depois de um banho gostoso, numa cama quentinha, previamente aquecida.
Em verdade, sou fã número um da Primavera, essa dama elegante, que sabe combinar cores, exagera as nuances delas e, com que maestria, deixa-se envolver por perfumes diáfanos ou exuberantes.
Nessa estação, visto o encantamento extraído das rosas, a ternura retirada dos amores-perfeitos, a desinibição recortada das margaridas, a generosidade contida nos crisântemos, a humildade presente nos cravos e a simplicidade de viver inspirada nas flores silvestres. Aquelas florezinhas nascidas teimosas, abortos da natureza, que surgem meramente pela ânsia de viver...
Levantei-me inspirada e feliz, perceberam? Motivo? Precisa-se de razões para se gostar de viver?
Sim e quantas! A motivação deste enlevo (que, para sorte minha e dos meus afetos, aparece constantemente) é a vontade de mostrar o reconhecimento diante de pequenos e até imperceptíveis contornos que sinalizam para o vértice mais interessante da vida, para determinadas atitudes, para palavras dotadas de alma, que colaboram para me deixar exultante assim. Dizer e não concretizar o dito é como morrer sem ter morrido, chorar sem ter motivo, correr sem alcançar a meta, gritar e ter como retorno só o eco, falar e não ser ouvida, amar e não ser amada.
Viver é isso: encantar-se com o nascer e o esconder do sol, rir com o riso dos felizes, olhar a vida com os olhos do coração, saber retirar, da policromia da natureza, a varinha mágica para continuar vivendo e ter a capacidade de acreditar que a vida não carrega, em seu recôndito, apenas misérias, dores, sofrimentos. Nela, podem eclodir, a qualquer momento, alegrias, fartura e muita felicidade. Basta transcender os olhos para além de um horizonte imaginário, fazendo-o pousar numa realidade plausível, onde o arco-íris aponta para o mesmo caminho, mas em que se pode acomodar os sonhos.
Arlete, sempre procuro o teu blog porque sei que vou elevar o meu astral,fostes muito feliz neste teu artigo,precisamos de muito pouco para nossas vidas ter valido a pena.Gostaria de ser como tu,não querer ver certas coisas,eu já procuro uma maneira de bocar a boca no trombone quando acho algo errado,sei que não vai dar em nada,mas esperneio e não aceito um Policial Rodoviári Federal ganhar R$7.000,00 mensais e ficar dentro dos postos assistindo Tv,navegando na Internet e com um bom ar condicionado,enquanto temos 213 mortos no feriado de carnaval.Eu sei que vais dizer e eu com isso? Gostaria de ser como tu.
ResponderExcluirNossa, transformou meu domingo e meu início de semana bem mais FELIZ!!
ResponderExcluirLindo como sempre!
Te amuuuu!!
Bjks!!!
Bom dia, meu amigo!
ResponderExcluirNão me desliguei da vida, só cansei de tentar, sozinha, remover todas as mazelas do mundo. Se tivesses lido todos os textos que já escrevi para Zero Hora,(único lugar em que, realmente, se expandem as nossas vozes) perceberias que "boto a boca no trombone". Apenas aprendi a "pegar leve", com classe.E este blog é o meu redentor. Aqui sou o anjo que sempre quis ser, porque aprendi a exorcizar os meus demônios. Muito participei de protestos nas ruas. Já desaforei governadores, prefeitos, deputados e senadores. Já briguei por política e futebol. Os resultados não foram nada bons. Hoje, realmente, quero "sombra e água fresca". De quebra, muita, mas muita paz mesmo!
Em tua homenagem, vou reeditar todos os textos contidos em ZH. (A velha Arlete de guerra não morreu, só deu um tempo, porque "há um tempo para semear e um tempo para colher". Porém, aprendi que "quem semeia vento, colhe tempestades. Quem semeia amor, colhe saudades". É o último quee estou tentando colher.
Um abração.
Filha amada!
ResponderExcluirJá imaginaste se morássemos perto, Gramado por exemplo e nos encontrássemos em todos os finais de semana?
Nesse caso, seria pedir demais para a vida?
Por isso, aprendi a me conformar e a dar aos meus sonhos o tamanho que, dentro deles, possa sonhar.
Santiago está de bom tamanho, não? Mas ...
Um beijo explodindo de amor.
Arlete,a intenção era cutucar a "onça" com vara curta.Sei que a nossa formação não permiti nos acomodar,mesmo que pensando em nosso beneficio pessoal.Vou aproveitar para te contar algo que aconteceu comigo,nada a ver com o assunto acima,na minha primeira ida a Santiago,época de política estudantil e ditadura,ao chegar na Estação Ferroviária nos esperavam uma patrulha do Exército que nos conduziram a um quartel,fomos identificados e após informa o motivo da estada na cidade fomos liberados,estou pensando será que não tenho direito a uma indenização como "preso" politico? Quem sabe não consigo um bom advogado e recebo essa "mega sena".Deves estar dando risadas.Acertei?
ResponderExcluirAmigo!
ResponderExcluirDepois que o Lulinha Paz e Amor indenizou o Ziraldo com a Mega Sena acumulada e a que tantos outros apaniguados do governo receberam também, tudo é possível. Além do mais, um EXCELENTE e nada honesto advogado faz milagres. Tenta! "Não tá morto quem peleia", já dizia o velho e bom de guerrra, o gaúcho.
Também eu tenho uma história de ser aprisionada pelo DOPS e que, na época, morria de vergonha que alguém soubesse.Inclusive, já a narrei e expus neste blog. Não me lembro com que título. Acho que faz parte da série "Histórias que vivi".
Se fosse advogada, ia aceitar a tua contenda só para incomodar o judiciário. Desde que, levassea metade, certo? Ahahah! A esse tipo de bricadeira e aceitação das mazelas e tropeças vivenciados, eu apelidei de saber levar a vida. O resto...
Volta aqui amanhã. Escrevi um artigo baseado num desconforto que passei hoje, pela manhã.