sábado, 30 de junho de 2012

Um vício chamado carinho




Se o carinho fosse cultuado como um "vício" dignificante por todos, não haveria tanta maldade no mundo. Quem iria agredir alguém cheio de amor e carinho para dar?

Conheço muitas pessoas tão parcimoniosas no afeto que se assustam quando alguém as "ataca" com um gesto afetuoso. Quando oferecem um ósculo (não é um palavrão, é o primo irmão de beijo), o gesto mais próximo do carinho é um automático e rápido encosto no rosto do acariciado.

Para mim, abraçar tem que ser um abraço efusivo, acintoso, carregado de força emocional. Como se mil braços macios e aconchegantes envolvessem o enlaçado. Ou se, no gesto simples de abrir os braços para abraçar, estivesse também abraçando a natureza e tudo o que de maravilhoso nela existe.

Beijar, se na boca, tem que ser, preferencialmente, de língua, ou acintosamente pleno de paixão, como se fosse o último a ser compartilhado. Se o beijo for nas faces, não o aceito se não agregar a ele um estalo pleno de emoção.

Não gosto daqueles beijinhos sociais, quando as pessoas, encostando a face na face do cumprimentado, fazem a boca articular desagradáveis muxoxos. (Também não é palavra de baixo calão. É aquele jeito de se tocar a língua entre os dentes ou lábios batendo nos lábios e se ouvir um tchetchetchetche ou bchtebchetbchet!)

Tais beijos nada representam para mim. Se tenho que beijar, beijo meeeeesmo com tudo a que o par, seja homem ou mulher, tem direito.

Se vou demonstrar o quanto quero bem a alguém, extravaso os gestos. Abraço-o com a mesma emoção que abraçaria um filho. Não sou econômica no afeto, única coisa interessante que posso oferecer em abundância.

Equilibro o carinho com o comedimento das palavras, porque exercito a arte de ouvir com o mesmo cuidado com que miserabilizo as palavras, temerosa de melindrar o acariciado.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A receita do equilíbrio, reeditada


Achei tão boa a postagem de hoje, retirada do www.dohler.com.br, que decidi publicá-la ipsis litteris (com as mesmas palavras num bom português).

(Desculpem, caros e caras visitantes, por eu estar reeditando pps. conhecidas de vocês. Faço isso por absoluta falta de motivação e tempo.)

Não existe dieta milagrosa. Só bons hábitos.

Carboidratos à vontade ou... está proibido o carboidrato? Toda semana, sai uma dieta nova nas páginas da imprensa. E, quase sempre, a mais recente contradiz a anterior – de maneira que o cidadão interessado em controlar o próprio peso fica perdido. Em vez de prescrever o regime ideal, a Revista Döhler achou melhor listar alguns consensos entre os especialistas acerca do tema, que valem como dicas práticas para o dia a dia.

• Fracione seus hábitos alimentares, fazendo entre quatro e seis refeições ao dia.

• Diversifique os cardápios, comendo de tudo um pouco – carnes, frutas, hortaliças, pães, leite, cereais etc.

• Sim aos cozidos, assados e grelhados. Evite, portanto, as frituras. E não abuse de doces, refrigerantes, sal e bebidas alcoólicas.

• Sempre que possível, promova o almoço diário com a família, de preferência sem pressa.

• Na hora do lanche, seja criativo – e afaste a fast-food.

• Todo santo dia, pratique atividade física. Nem que seja uma caminhada pelo quarteirão.

• Obesidade não é problema de caráter nem “coisa de preguiçoso”. Nada de preconceito, então.

• Não vá atrás dos padrões de beleza vendidos pela televisão. Mas, se desconfiar que está mesmo acima do peso ideal, procure um endocrinologista.

• Além das empresas, há algumas instituições que formam grupos de voluntários para tratar de reeducação alimentar.

O PROBLEMA EM NÚMEROS

Há mais de 1,7 bilhão de adultos com excesso de peso no mundo.

Pelo menos 15% são crianças e adolescentes.

O número de pessoas obesas cresceu em mais de 240 mil gordinhos nos últimos vinte anos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 32%
da população global tem problemas com a balança.

Atenção!
A partir de amanhã, estarei publicando em UTILIDADES o CARDÁPIO para VIVER MAIS.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Uma leitura obrigatória


Lula confirma que portadores da Síndrome de Deus são muito parecidos com um Napoleão de hospício.

Leiam o artigo de AUGUSTO NUNES

A arrogância do chefe da seita e a docilidade do rebanho reafirmam que a mais notável diferença entre um Napoleão de hospício e um líder político portador da síndrome de Deus está na reação das testemunhas confrontadas com surtos de grosso calibre. Enquanto os enfermeiros providenciam a camisa-de-força e um sossega-leão, os devotos batem palmas e berram amém. A história informa que foi sempre assim. Assim tem sido com Lula e seus seguidores.

Depois da vitória de Dilma Rousseff em 2010, o maior dos governantes desde Tomé de Souza botou na cabeça que é mesmo onipresente, onisciente e onipotente. Quem transforma um neurônio solitário em presidente do Brasil pode fazer o que quiser, deduziu o mestre e concordaram os discípulos. Poderia, por exemplo, tornar-se o primeiro secretário-geral da ONU que não sabe falar sequer a língua do país onde nasceu. Ou ganhar o Prêmio Nobel da Paz com o apoio militante dos aiatolás atômicos e dos genocidas africanos.

Mas primeiro deveria livrar São Paulo do jugo dos tucanos, decidiu o intuitivo incomparável ao deixar a Presidência. Para pavimentar o caminho que levaria Antonio Palocci ao Palácio dos Bandeirantes, ordenou à sucessora que garantisse ao estuprador de sigilo bancário uma escala na Casa Civil. O plano infalível não durou seis meses. A descoberta do milagre da multiplicação do patrimônio escancarou as patifarias do consultor de araque, o reincidente acabou despejado do Planalto e hoje usa o direito de ir e vir para driblar camburões na planície.

O fiasco aconselhou o articulador genial a esquecer por uns tempos o governo paulista, mas não lhe reduziu a autoconfiança, nem a ansiedade pela anexação do território paulista aos seus domínios. Convencido de que quem elegeu um poste de terninho nem precisa suar em palanques para eleger um poste com topete, comunicou ao PT que o prefeito de São Paulo seria Fernando Haddad. Ele cuidaria pessoalmente de domar os recalcitrantes, silenciar os descontentes, alegrar os amuados, renovar o contrato com a base alugada e, de quebra, consolidar uma surpreendente parceria com o PSD de Gilberto Kassab.

Deu tudo errado. Prematuramente aposentada pelo dono do partido, Marta Suplicy continua fora da campanha de Haddad. O PMDB lançou a candidatura de Gabriel Chalita. O PR e o PP avisaram que o acerto nacional não se estende aos municípios e se juntaram à coligação liderada pelo PSDB de José Serra. Kassab fechou exemplarmente a procissão de adversidades. Antes de reatar o noivado com Serra, apareceu numa festa do PT como convidado de honra e caprichou na piscadela para Dilma Rousseff. O SuperMacunaíma que passa a perna em todo mundo foi ostensivamente tapeado por Gilberto Kassab.

Lula achou que decidiria a disputa em São Paulo com meia dúzia de comícios. Neste junho, enquanto tenta submeter os interesses do PT à vontade do governador pernambucano Eduardo Campos, para celebrar um acordo com o PSB que amplie o espaço de Haddad no horário eleitoral, o campeão das urnas anda pedindo votos para o afilhado até em festa de batizado. Mergulhados na mudez dos nascidos para obedecer, os devotos contabilizam sem queixas os estragos causados por outros dois surtos do homem que mesmo depois do câncer insiste em confundir-se com Deus.

Um deles resultou na primeira CPI da história parida pelo próprio governo. Concebida para decretar a morte política de inimigos goianos, a CPI da Vingança também atrairia atenções até então monopolizadas pelo julgamento dos mensaleiros. Mais um fiasco. Sem a CPI do Cachoeira, Demóstenes Torres e Marconi Perillo dificilmente sobreviveriam às bandalheiras reveladas pela Polícia Federal. Graças ao que se transformou na CPI da Delta, ambos deverão afundar abraçados a Sérgio Cabral, a Agnelo Queiroz e ao resto do bando enlaçado pelo polvo administrado por Fernando Cavendish. O segundo surto fez Lula acreditar que quem nomeia oito ministros vira presidente de honra do Supremo Tribunal Federal, com direito a antecipar ou adiar julgamentos e, em casos de alta periculosidade, fixar o resultado da votação.

Para não atrapalhar a campanha do PT, entendeu que o julgamento do mensalão deveria ocorrer só em 2013. Ordenou ao revisor Ricardo Lewandowski que retardasse a conclusão do relatório. Ordenou a Dias Toffoli que ignorasse os muitos motivos para declarar-se sob suspeição e votasse a favor dos culpados. Já começava a comemorar o sucesso da sequência de achaques quando o país ficou sabendo do que houve no desastroso encontro com Gilmar Mendes. Graças ao lobista trapalhão, o STF recuperou a agilidade. Lewandowski foi informado de que precisa terminar o serviço ainda neste mês. O julgamento vai começar em 1° de agosto. Até o fim de setembro, uma cadeia nacional de rádio e TV transmitirá ao vivo esse Big Brother Brasil da Bandidagem. Lula merecia ser convidado para apresentá-lo.

Em 2010, colérico com as críticas formuladas por Fernando Henrique Cardoso, o cacique incapaz de aceitar o convívio dos contrários avisou que, assim que deixasse o cargo, ensinaria ao antecessor como deve comportar-se um ex-presidente da República. De lá para cá, FHC manteve a postura digna de sempre. Lula está cada vez mais parecido com José Sarney e Fernando Collor.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Direto do Facebook


Bom dia, queridos e queridas!

Que sol lindo lá fora, heim?

O texto de hoje escrevi quando tinha 12 ou 13 anos para participar de um concurso de redação. Tirou o 2º lugar. O 1º? Eu escrevi também. "Mercenária" àquela época, (por questão de "sobrevivência" financeira), fiz um lindo texto falando sobre crianças em uma pracinha de brinquedos e o vendi para uma colega que ansiava participar do concurso, mas não tinha nenhum talento. Acertados os valores, escrevi dois textos e mandei-a escolher. A garota usou o unidunitê... e ganhou o primeiro lugar. Fiquei louca de feliz com a segunda colocação e, rindo por muito tempo, às escondidas, sabendo que fui duplamente vencedora. (Ah! Nunca vi uma primeira colocada mais sem jeito... Dor na consciência, medo de que a traísse? Jamais faria isso, asseverei a ela, sem nenhuma "dor de cotovelo").

Eis o "segundão":

                                       Palavras ao vento

As roupas, grávidas de vento, dançavam num vaivém policromático, assenhoreadas do tempo, como se a ânsia de revestir corpos nus fosse a sua desiderata.

Nada as deteria. Nem o sol que, teimosamente, brincava de esconde-esconde com as nuvens. O vento, ora vilão, ora mocinho, assobiava cálidas melodias ou as agitava num mãos ao alto sem sentido.

Vestes, sol e vento, unidos em estranha coreografia, profetizavam que o dia seria lindo. Que cheiros, que emoções, que sonhos, entranhados em roupagens tão diferentes, sucumbiram no gira-gira da máquina de lavar?

Que mãos as retorceram; seriam rústicas, delicadas, inconsequentes, apressadas, letárgicas, opressoras ou já estariam automatizadas pelo contumaz do ato? Em sua dança frenética, os movimentos delas traduziriam saudações, despedidas, reteriam carícias, ou, meramente, repetiriam gestos, revelariam quereres de quem se modificava sob as forças e o calor incontido do sol?

Perguntas sem respostas, abstratos sem concretos, mentiras sem verdades, sonhos à espera do realizador. O inusitado do ritmo imprimido pela brisa substituta do vento, que antes as entrelaçava, que as iludira a alçar voos em fuga das amarras que as aprisionavam ao varal, unia-as e afastava-as numa irritante imitação de fatos do cotidiano. Aqueles surrados acontecimentos em que os faltosos cometem os mesmos erros, transformando as lições de ética, de honestidade, de compartilhamentos do bem em meras palavras ao vento...

*Importante: A comissão julgadora pôs em dúvida se teria sido eu que escrevera esse texto, embora soubessem de que eu era leitora voraz de todo tipo de livros: dos infantis a livros de adultos, de Machado, Camões, Eça, Jorge Amado, Hemingway, a revistas em quadrinhos... Afinal, eu não tinha TV em casa e meu pai era um leitor de primeira linha, um autodidata. Além de que minha mãe sempre incentivou a mim e aos irmãos a lermos muito. Comprava, em Santa Maria, todos os livros recomendados por meu pai e selecionados na revista "Seleções".

domingo, 24 de junho de 2012

Um EXCELENTE DOMINGO, AMIGOS!




Imagens: As três primeiras = Blog ACHADOS DE DECORAÇÃO

sábado, 23 de junho de 2012

Músicas inesquecíveis















Uma valsa para Dilma



Olha, meu ANJO NÚMERO DOIS, este vídeo. Postei-o depois que me "empolguei" como teu comentário de ontem.


Torta de sorvete



Vocês estão percebendo que este bolg é bem eclético? Estou tentando abordar os mais variados assuntos. Se me leem, essa é a minha grande e crucial dúvida, façam-me um "agradinho"! Quando gostarem de algum assunto tratado aqui, deixem um pequeno comentário no lugar apropriado aí embaixo. Podem ter a certeza de que seu gesto servirá como um grande incentivo para eu continuar...

Hoje, vou lhes fazer uma pequena e doce homenagem! Vou publicar o meu doce predileto! Uma deliciosíssima torta-sorvete de chocolate! Rápida de fazer e com um efeito visuial e gustativo surpreendentes...

O que é preciso comprar para a torta:
2 latas de creme de leite (que vocês vão usar sem soro, porque será usado para molhar as bolachas); 200 gr de margarina sem sal; 250 gr de açúcar refinado; meia colher (de chá) de essência de baunilha; 3 gemas; 2 pacotes de bolacha maria de ótima qualidade.

Para a ganache (a cobertura):
1 lata de creme de leite e 1 barra de 200g de chocolate ao leite.

Como fazer a torta-sorvete:
Bater, muito bem, a margarina com o açúcar, as gemas e a baunilha. Juntar os cremes de leite, mexendo devagar. Levar essa mistura ao congelador por 20 minutos. (Essa mistura vira um sorvete).

Forrar com papel alumínio ou untar uma forma redonda ou retangular. Cobri-la com a metade das bolachas, que devem ser molhadas com o soro dos cremes de leite. Derramar o sorvete sobre elas e cobrir com mais bolachas.
Levar ao congelador.

No dia seguinte, virar a forma sobre prato especial para tortas e cobrir com essa cobertura, chamada ganache e que é feita derretendo-se a barra de chocolate (antes picada) em banho-maria ou no forno de microondas. Após derretida, acrescentar o creme de leite, mexendo devagar.
Despejar por cima da torta, alisando-a para formar a cobertura dela.

Pronto! Vocês terão um doce requintado e muito gostoso!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Sinto vergonha de mim.



Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!

"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem- se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto."

Rui Barbosa
(Rui Barbosa deixou de ser senador em 1892 e faleceu em 1923.)



Não sei a autoria da primeira parte dele, recebi assim...
Recebi o texto acima por e-mail. Achei-o tão significativo para reproduzir o que penso sobre o Brasil atual e sobre os seus dirigentes que achei desnecessário fazer uma introdução.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

No Caminho com Maiakóvski





Eduardo Alves da Costa

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakóvski.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.
Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz;
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade ,
como um foco de germes
capaz de me destruir.
Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.
Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas ao tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares
mas se nos rebelamos contra a opressão,
é sobre nós que marcham os soldados.
E por temor eu me calo,
por temor aceito a condição
de falso democrata,
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Grito do Ipiranga: a verdade

Existem fatos históricos que são verdadeiros arranjos para não emporcalhar a vida e a circunstância em que ocorreram. Segundo li em algum lugar e, por fazer muito tempo, não sei definir onde e relatado por quem. Mesmo assim, aqui farei um breve relato sobre uma de minhas descobertas sobre as controvérsias que envolvem certas pretensas verdades históricas. Refiro-me ao famoso quadro de Pedro Américo, popularmente conhecido como O Grito do Ipiranga.

No trajeto entre Santos e São Paulo, Dom Pedro I recebeu uma mensagem oriunda de Portugal. O príncipe leu-a, irritou-se e decidiu proclamar a Independência do Brasil. Isso todo mundo sabe de cor, por isso, a imagem que nos vem à mente ao imaginarmos a cena é aquela encomendada ao pintor Pedro Américo em 1886, mais de 60 anos depois do acontecido.

Na belíssima pintura, podemos detectar erros diante da verdade histórica. Todavia, essas falhas não se devem à distância temporal ou ao desconhecimento do pintor sobre como os fatos realmente aconteceram. Ele conhecia a verdade histórica, porém defendia a sua camuflagem com a argumentação de que " A realidade inspira, e não escraviza o pintor".

Pedro Américo era, ainda, conhecedor de que não se subia a serra montado em garbosos e elegantes alazões e, sim, em lombos de jegues. Sabia também que a viagem longa e cansativa exigia que os soldados que faziam a escolta e a proteção de Dom Pedro, usassem trajes simples, de serviço, jamais uniformes de gala como aparece na pintura.Todo mundo sabe, hoje, que aqueles uniformes imponentes somente foram criados três meses depois.

Por outro lado, os "chefões" do Romantismo acharam importante que o riacho Ipiranga, que destaca o acontecimento de O Grito do Ipiranga, aparecesse na obra. Nem que, para isso, fosse realizada "quase insignificante violência topográfica", ao se mudar o curso das águas para emprestar mais imponência àquele acontecimento histórico.

Os românticos argumentaram que a indisposição estomacal (cólica para os mais letrados, dor de barriga para os populares e caganeira para os desbocados!) não deveria transformar-se em história, mesmo que o pobre coitado estivesse sofrendo com uma diarreia das brabas.

À boca pequena, corre pelos labirintos escondidos da história de que esse foi o real motivo da parada do príncipe e de sua comitiva. PA defende a sua omissão com este argumento: "Se tal ocorrência foi com efeito real, e até mereceu a atenção do cronista, ela é indigna da história, contrária à intenção moral da pintura e, por consequência, imerecedora da contemplação dos prósteros".


Para recordar:

E VIRGULADO

A conjunção E tem dois valores gramaticais: ou serve como nexo aditivo ou adversativo.

Vejam os exemplos:

O príncipe leu-a, irritou-se e decidiu proclamar a Independência do Brasil.

Aqui, o E é uma conjunção ADITIVA e não precisa de vírgula por ter, em ambas as orações, o mesmo sujeito = o príncipe.

O mesmo ocorre em "Se tal ocorrência foi com efeito real, e até mereceu a atenção do cronista, ela é indigna da história, contrária à intenção moral da pintura e, por consequência, imerecedora da contemplação dos prósteros".

Nesse caso, o autor da frase, Pedro Américo, quer enfatizar a ideia, por isso emprega uma vírgula que poderia ser dispensada.

Também o E pode ser virgulado mesmo que ADITIVO, quando a oração antecedente e a que lhe segue tiverem SUJETOS DIFERENTES:

A realidade histórica é uma , e os acontecimentos que a reproduzirão podem ser distorcidos para não a denegrir.

Já em " A realidade inspira, e não escraviza o pintor", o E está antecipado por vírgula por ser uma conjunção ADVERSATIVA, ou seja, pode ser substituída por MAS.

Estamos entendidos?

domingo, 17 de junho de 2012

A educação e a psicologia - primeiro artigo em Zero Hora


O homem moderno sofre diversificadas formas de pressões tecnológicas, científicas, econômicas e sociais. Para tanto, o alargamento do saber torna-se imprescindível, a fim de que possa sobreviver sem se deixar emaranhar nesse caos. Na insôfrega tentativa de sobressair ao aniquilamento, muito pode contribuir a Psicologia, preocupada em compreender e modificar ações comportamentais, enfatizando o interacionismo do indivíduo através de níveis psicossocial, psicofisiológico, existencial ou transcendente. Até que ponto a escola auxilia-se dela para facilitar ao homem o seu crescimento intelectual?

Muitos professores não se valem da Psicologia em seu trabalho ou quando o fazem, não a utilizam de modo convincente, desperdiçando conhecimentos que poderiam solucionar problemas relacionados ao interesse, à atenção e à maturidade do aluno. A motivação, a autodisciplina ou a própria Psicologia são utilizadas como recursos coercitivos e não como instrumentos eficazes para a aprendizagem, que depende do próprio aluno. Aquela pode ser influenciada positivamente, desde que dela participem pessoas hábeis, auxiliadas por estímulos e técnicas adequadas. Constata-se que, pela metodologia anacrônica e tradicional do ensino utilizado ainda hoje nas escolas, uma parcela ínfima das aptidões e da capacidade de aprender é explorada.

Muitas são as causas que entravam o desenvolvimento integral do indivíduo e que não se questionam na escola. Tensões, angústia, carência afetiva e alimentar, ambiente familiar adverso, religião, problemas de motivação, ausência de pré-requisitos dos conteúdos a serem ministrados, comunicação, conflito entre o real e a fantasia, perda de direitos e satisfações pueris, incerteza do próximo estágio, sensação de dependência, necessidade de provar a si mesmo como membro adulto e sentimento de incompreensão na adolescência fazem com que o aluno se decepcione com seu desempenho escolar. Além disso, o interagir do professor pode servir como barreira intransponível, quando o aluno se depara com docente mal humorado, que não planeja atividades, intolerante ou exigente demais, injusto nas notas ao elaborar provas difíceis; grita muito em classe, ignora a sensibilidade grupal, não se interessa por seus problemas, não tem controle da classe a não ser pelo autoritarismo, foge dos questionamentos, utiliza métodos e técnicas ultrapassadas, conteúdos inúteis e dissociados de sua realidade levam-no a desinteressar-se pelos estudos.

Não é chegada a hora de a escola valer-se da Psicologia para redescobrir e canalizar suas forças internas através de relações cooperativas, geradoras da confiabilidade fundamental no inter-relacionamento professor-aluno, levando-os a mudanças de atitudes, responsáveis pelo desenvolvimento integral do educando?


>>>Publicado dia 15 de dezembro de 2004, Jornal Zero Hora, página 17.

sábado, 16 de junho de 2012

SEGUNDO ARTIGO PUBLICADO EM ZERO HORA



A pedido de um visitante, estou reeditando os artigos escritos por mim e que já foram publicados em Zero Hora.

Este foi o primeiro. Fiquei tão feliz e apreensiva, que deixei de sair à rua, porque nunca soube lidar bem com os elogios ditos "olho no olho". E claro, temerosa de que palavras menos gentis pudessem desmerecer o feito. Agora, já me acostumei com os elogios e as críticas... tantos estão sendo os artigos que o jornal gaúcho me honra com a publicação.

                         Educação: Prioridade Nacional

Alvissareiras foram as palavras do Ministro Tarso Genro ao enfatizar a importância da educação para “a construção de um novo país”, visto que as políticas adotadas em relação à escola brasileira apresentam inúmeras falhas. Dentre elas, a sua não inserção no Plano Global de Desenvolvimento como prioridade nacional. Ninguém ignora o tratamento que se dá à educação, considerada como mero apêndice desse plano, com perspectivas de fracassar sempre. Se a educação vai mal, é preciso que se analise, com profundidade, o assunto, considerando-se que cabe ao sistema de ensino maior comprometimento para a solvência de seus fracassos e a adoção de política educacional duradoura e prioritária por parte dos governantes.                        
                      
Sob certos prismas, o ensino é “custoso, rígido, arcaizado pela rotina, considerado como instrumento a serviço do saber, funcionando como uma forja de inadaptados sociais”, planejado como um fim em si mesmo, regendo-se por exclusiva lei interna e processos abstratos, alienadores e alienantes. Em plena era tecnicista, a política educacional hoje é similar àquela dispensada aos filhos da burguesia em séculos passados: instituições tidas como agentes passivos da sociedade, vistos como seu espelho e não a sua célula dinâmica, geradora de mudanças, a sua consciência crítica. Para que isso deixe de acontecer, a educação tem de ser considerada como um todo unificado, movendo-se, harmonicamente, entre o pensar do educador e o agir do educando, refletindo as necessidades sociais e os recursos disponíveis para satisfazê-las.

Sob enfoque político, a educação será eficaz e servirá como via propulsora de desenvolvimento social e libertadora individual, se for encarada como uma das prioridades nacionais, tratada com mais seriedade, destinando-se a ela verbas significativas e bem direcionadas. Enquanto não se criarem paradigmas educacionais, emanados da realidade do aluno e para ele, das bases para o ápice da pirâmide social, sem perder a qualidade e não se fizer análise crítica da atuação dos docentes e dos valores salariais aviltantes por eles percebidos, nenhuma mutação surgirá no país.

Quando ocorrerem modificações na postura de todos os educadores, automaticamente, forçar-se-ão mudanças sociais que induzirão a um novo pensar político, voltado “para a construção de um novo país, socialmente justo e verdadeiramente democrático”, palavras sagradas do Ministro da Educação e sonho dos educadores. Com professores qualificados, satisfeitos economicamente, apoiados em política educacional, programas, estruturas e administrações escolares eficientes, aprendizagem embasada em técnicas e métodos que substituam a inflexibilidade pela inovação, ideias tradicionais e ultrapassadas por novos procedimentos didáticos, assim, surgirá um novo Brasil.


Publicado dia 19 de março de 2005, Jornal Zero Hora, página 17.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Educação de qualidade, como?


Os professores poderiam festejar o anúncio do piso nacional do magistério, não fossem os vícios de origem e a falta de propostas concretas para se desencadear educação de qualidade nas escolas como um viés salvador do país. No lugar de desânimo, esse impasse negativo deverá servir de estímulo a reflexões aprofundadas junto a educadores, pais, alunos e políticos, sabedores de que o Brasil emergirá do caos em que se encontra através da educação dos pequeninos e jovens. Sabe-se que a educação vai mal porque governantes não a priorizam, porque a família delega à escola e omite-se da responsabilidade de, em parceria com ela, educar os filhos, além do despreparo de muitos professores para lidar com a complexidade que é o ser humano em seu diversificado evoluir cultural e do desinteresse do aluno por aprofundamento de conteúdos a lhe serem ministrados.

Urge que se ofereça a educadores a oportunidade de ajudarem a salvar o país através de educação de qualidade, mas o que devem fazer? Devem olvidar nefastas vivências incorporadas durante o período escolar e universitário porque, depois de formados, revivem a assimilação negativa nas escolas outra vez; apagar de suas práticas a supervalorização do desempenho individual, da inteligência e da memorização, reveladores da discrepância entre o que se ministra em classe e a vida existente fora dela, capazes de sobrepujar a criatividade, a vontade de fazer melhor e a criticidade, fatores impeditivos do pensar e do real interesse do aluno.

Com isso, muitos professores transformam-se em repassadores de conteúdos, relegando a patamar inferior a clientela a ser educada por eles, além dos programas tirânicos, dissociados da realidade com que devem interagir e que precisam ser cumpridos rigorosamente, temendo a cobrança oficial e o crivo dos que os substituirão na série seguinte, mais o salário indigno da função desempenhada, desestimulador das ações educativas eficientes, induzindo-os a trabalharem em diversas escolas ou a executarem outras atividades para sobreviver, sobrando-lhes pouco tempo para o preparo intelectual.

Verdadeiros mestres querem acertar e precisam de um timoneiro à altura de suas necessidades, que lhes aponte perspectivas para desencadearem educação permanente e plena. Uma vez lançado o desafio, educadores dedicados seguirão o exemplo motivador e dispor-se-ão a ensinar a nova geração conforme o almejado. Preparados adequadamente, revestidos de humildade e anseios de aprender novas metodologias e técnicas, esforçando-se em aprimorar a divulgação do aprendido, saberão corresponder aos anseios da sociedade, que, reconhecendo-lhes méritos, começará a valorizá-los, destacará sua importância, coroando-lhes o esforço através de salários dignos da missão educativa. Esperam-se, superiores ao valor oferecido.

>>>Publicado dia 25 de julho de 2008, N° 15673, Jornal Zero Hora, página 21.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Artigo mais elogiado



Dentre os já incontáveis artigos que escrevi um dos que mais recebi elogios foi o que reedito abaixo:

2012 vai chegando de mansinho como criança indefesa que deseja apenas um pouco de atenção. Depois se incorpora nas horas, nos dias, preenchendo noites, acelerando estações, gerando expectativas boas em quem acredita ter o fio condutor da vida centrado na bondade, na justiça e na solidariedade. O ano nascente colabora para que se esqueçam injúrias, palavras insensatas e as incontidas revoltas interiores. Por isso deve-se afugentar o que nada de bom se tem a dizer sobre alguém, ressaltar o que se possui de melhor e divulgar o que de mais perfeito se sabe fazer. Sem economizar palavra bonita, termos ofensivos devem ser esquecidos, porque praticar o bem e ser gentil com os outros conduz a um viver melhor.

E viver melhor é voltar no tempo, caminhar para frente, corrigir desvios e saber perdoar porque erros sempre vão acontecer talvez com maior gradação da intensidade. Maravilhoso é o poder que a palavra tem com o te amo, perdoa-me, desculpa-me, com licença, por favor. O esplendoroso do existir é saber que cada pessoa pode refazer a trajetória de vida tal qual Fênix, que renasce de cinzas, para se tornar em ser diferenciado.

A arte de saber viver implica sacudir a poeira do ranço que empesta mentes, bradar ao vento a magia das pessoas estarem vivas e serem dotadas da capacidade de agradecer às ilimitadas alternativas de se reconstruírem sempre. Viver possibilita agir como se fossem os únicos donos do tempo, condutores exclusivos do seu destino, prontos para reiniciar qualquer caminhada. A isso, ao som mental e ao registro dele, chama-se esperança, o lume invisível que deve ser o condão mágico a iluminar o existir individual.

Viver, por ser o somatório de muitas possibilidades, pode ser a prática do impalpável ou do imperceptível, transformando-os em alavanca para dar impulso a qualquer ideia acalentada. Para que 2012 seja um ano mais feliz e melhor, não se pode perder de vista o porto seguro que é a certeza de se ter amigos e com eles poder valsar embalados pelo ritmo do afeto sem que haja qualquer melodia. Dividir o viver é estender as mãos para amparar os caídos, sorrir para reascender a alegria dos tristes, acreditar que os pensamentos positivos são capazes de operar milagres. Saber viver é equacionar os dividendos, somando perdas e ganhos, subtraindo malquereres, potencializado-os em bons desejos, porque eles retornarão multiplicados para quem os desejou se foram plasmados com a real intenção do voto.

Viver é jamais fazer parcimônia da alegria, miserabilizando tristezas e vivendo intensamente tudo aquilo que se está disposto a compartilhar. Saber viver é barganhar com a sorte e afugentar os maus pensares, transformar um simples amanhecer numa enorme loteria e distribuir os bens auferidos entre todos os afetos. A isso se chama felicidade, fruto da paz, do amor e da fraternidade, desejando que se intensifique em todo o 2012.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Santiago com temperatura a -4°


A cidade onde moro, Santiago, RS, é muito quente no Verão (a temperatura já chegou a 42°) e bastante fria no Inverno. Todavia, chegar a graus negativos na estação do frio, jamais imaginaria. Para não acharem que estou inventando, Itacir Flores, um ex-aluno brilhante e corajoso, saiu de madrugada, para registrar a foto acima: -4°. Outras pessoas também tiraram fotos em frente aos termômetros que se encontram espelhados por pontos estratégicos da cidade. Vi, num blog, outra foto marcando -6°.

Quarto de bebê



Sempre fui ligada em decoração e com tudo o que a ela se refere. Lendo, ontem, o ZH, encontrei um artigo, retirado do site www.bebe.com.br e postado no blog Nave Mãe (www.zerohora.com/navemae). Naquela postagem, foram dadas dicas preciosas sobre o quartinho do bebê e que reproduzo aqui por não ter idéias que superem as publicadas.

  • CORES - Os tons pastel dão mais tranquilidade ao bebê. Os brinquedos podem ter cores vivas, mas, se forem usadas em excesso, podem perturbar a criança.


  • BERÇO - O estrado deve ter altura regulável e se vai abaixando na medida em que o bebezinho cresce.


  • BICHOS de PELÚCIA - Quanto menos, melhor, porque, para limpá-los é preciso passar o aspirador de pó todas as semanas e lavá-los com água e sabão uma vez por mês. (Será que uma mamãezinha de primeira viagem terá tempo para esses procedimentos? Salvo se tiver uma faxineira nota mil...)


  • PISO - O de vinil é o mais indicado por não acumular pó, os tacos do parquê atraem sujeira para os seus vãos e o carpete junta muita poeira e ácaros (aqueles "bichinhos" desgraçados, responsáveis por severas alergias!)


  • TROCADOR - Alguns têm borda de proteção, mas, durante a troca, não dá para vacilar. As mães e os pais devem deixar tudo à mão, pois os bebês podem, num descuido destes ou de quem cuida da criancinha, virar e cair.

    Voltarei com mais dicas para as futuras mamães...
  • terça-feira, 5 de junho de 2012

    Os erros de Português mais comuns - Reeditado



    Deslize 1

    Meu Deus! Já fazem dois anos que não te via e estava anciosa para te ver.
    O correto é: Meu Deus! já faz dois anos que não te via e estava anSiosa para te ver.

    O verbo FAZER, como sinônimo de TEMPO, seja ele decorrido ou climático, não pode fugir do SINGULAR e, como nessa frase está indicando um tempo passado, o verbo VER vai para o passado também.(No caso, pretérito perfeito). E ansiosa é com S porque vem de ânSia.

    Deslize 2


    No feriadão, houveram vários acidentes nas estradas.

    HAVER, com o sentido de EXISTIR, ACONTECER,OCORRER ou FAZER, pede verbo no SINGULAR como no caso anterior.

    Logo, digam sempre: No feriadão, houve vários acidentes nas estradas.


    Deslize 3

    Ontem, assistimos um ótimo filme na TV.


    O verbo ASSISTIR, significando VER, estar presente, presenciar, exige, como companhia inseparável, a preposição a, mesmo que depois ela se junte com um o ou os, e até com um a, na maldita crase (à, às).

    Se não quiserem pisar a língua, digam:
    Ontem, assistimos a um ótimo filme na TV.

    Deslize 4

    O motorista não obedeceu os sinais do guarda.


    Não deslizem! Digam:

    O motorista não obedeceu aos sinais do guarda.


    OBEDECER e DESOBEDECER são verbos que não sobrevivem sem a preposição a. Quem obedece ou desobedece, (des)obedece a alguém ou a alguma coisa, da mesma forma que o ASSISTIR do caso anterior.

    Deslize 5

    Com a chuvarada, custei a encontrar um táxi.


    Deve ficar assim:


    Com a chuvarada, custou-me a encontrar um táxi.


    Ou Custou a mim encontrar um táxi.

    Difícil, não? É por isso que ninguém fala desse jeito!

    Quem sabe, um dia, os bons gramáticos não aceitarão o jeito popular como verdadeiro?! "Vox populi, vox Dei".
    Enquanto não mudam, CUSTAR, ou seja, ser difícil, é um verbo IMPESSOAL, só aparece e se exibe na terceira pessoa do SINGULAR.Não esqueçam: quem custa é animal ou coisa. Pessoas? Custa a elas alguma coisa!

    Qualquer país premia os atletas melhores preparados.
    Esse era o deslize 6, não?

    Corretíssimo: Qualquer país premia os atletas melhor preparados.MELHOR (= mais bem) é IMEXÍVEL, o doido não pode engatar no plural.Agora, se der para substituir por MAIS BOM ou MAIS BONS, MAIS BOA ou MAIS BOAS, aí, sim, "dançaria conforme a música".

    Assim: Ele é o melhor da turma.

    Eles são os melhores da turma.


    Deslize 7


    Muito obrigado, disse a mocinha.

    Muito obrigado só devem dizer os homens. Alguma mulher diria muito AGRADECIDO, muito grato?
    O certo é: Muito obrigada, disse a mocinha!

    Deslize 8


    Preciso comprar duzentas gramas de queijo!


    Não vão querer comer duzentas gramas, ou seja,um monte de capim! Epa! Existe capim de queijo?
    Para evitar tamanha indigestão, comprem o queijo em gramas (PESO), que nasceram e vão morrer no MASCULINO.Digam, portanto: Preciso comprar duzentos gramas de queijo!

    O nove é o deslize dos deslizes, o REI DA COCADA PRETA!

    Minha amiga chegou meia atrasada ao trabalho.


    Além de má funcionária, (deve-se chegar sempre adiantada ao trabalho, salvo por motivos inquestionáveis), ainda errou na concordância. Só se usa meia(s), meio(s) se der par pôr, no seu lugar, a expressão METADE de, METADE DA,...


    Se couber UM POUCO, "estátua" nela!
    Deve ficar paradinha, só no MEIO, seja para indicar DEFEITO, QUALIDADE, CARACTERÍSTICA,... de homem ou de mulher.
    Assim:
    Minha amiga chegou meio atrasada ao trabalho.

    O último errinho:


    O governo deve uma soma vultuosa ao FMI.


    O certo é: O governo deve uma soma vultosa ao FMI.


    Além de o governo fingir ter pago ao FMI toda a dívida, ainda o fez com a face e os lábios INCHADOS, (quem sabe de vergonha de nos enganar tanto), que é o sentido de VULTUOSA.


    OBS.: Coisa feia o "de o" aí de cima , mas, para não ferir os puristas, escrevi assim. Perdoe-me, grande mestre Cláudio Moreno, que, sempre atento às inovações da língua, reprova esse de o, de a, prefere do, da, como todo o mundo diz. E, se ele, que é DOUTOR em LETRAS, aceita isso, quem sou eu, reles professora de Português...

    Retornando, soma enorme, de VULTO, só pode ser VULTOSA.


    Se os comentários valeram, voltem sempre!

    P.S.: Daniella! Olha o Rio de Janeiro lá em cima! Falta pouco, hem? Que tal todos nós espiando o Pão de Açúcar?

    Viu, quem sonha e acredita neles, os sonhos acontecem...

    segunda-feira, 4 de junho de 2012

    Derrame e picada de agulha



    Estudos realizados nos Estados Unidos constataram que 42% das pessoas que estão tendo um AVC (acidente vascular cerebral), o popular derrame, desconhecem os seus sintomas e demoram a procurar socorro.

    Portanto, é de suma importância que todos saibam quais são esses sintomas e os procedimentos a serem tomados.

    SINTOMAS

    - Dor de cabeça violenta e súbita, que pode vir acompanhada de vômitos, dor facial ou entre os olhos.

    - Perda de equilíbrio e coordenação.

    - Visão dupla ou dificuldade de visão.

    - Dificuldade para falar ou entender o que alguém diz.
    - Súbita fraqueza muscular ou paralisia da face, braço ou perna, geralmente em apenas um dos lados do corpo.

    PROCEDIMENTO IMPORTANTE em caso de DERRAME

    Usem a agulha e salvem uma vida!

    É impressionante, aprenda a salvar alguém de derrame, vale a pena ler.
    Guardem uma seringa ou uma agulha para fazer isto. É espantoso e não é um método convencional para recuperar alguém de um derrame, leiam o que postei a seguir. Com esse conhecimento milenar, um dia vocês podem ajudar alguém.

    Dicas excelentes ensinadas por um professora chinesa e aprendidas de um médico, chamado Ha Bu Ting.

    Quando um derrame estiver ocorrendo, fiquem calmos. Independentemente de onde a vítima estiver, não a movam do lugar. Porque, se a pessoa for movida, os capilares vão se romper.

    Ajudem a vítima a ficar em pé para evitar que volte a cair, senão o derrame pode recomeçar. Se tiverem uma seringa na sua casa seria o melhor. Se não tiverem, podem usar uma agulha de costura ou um alfinete fino.

    PROCEDIMENTOS:

    1. Aqueçam a agulha/ alfinete para esterilizar e depois deem uma alfinetada em todos os dedos das mãos da pessoa.

    2. Não há pontos específicos nos dedos para a acupuntura ser feita, mas podem picar um milímetro perto das unhas.

    3. Piquem até o sangue começar a sair.

    4. Se o sangue não sair, apertem os dedos da pessoa com os próprios dedos.
    5. Quando todos os 10 dedos começarem a sangrar, esperem alguns minutos e puxem as orelhas do infartado até ficarem vermelhas;

    6. Depois piquem cada um dos lóbulos das orelhas até começar a sair uma gota de sangue de cada um deles.
    Após alguns minutos, a vítima começará a recuperar os sentidos.

    Esperem até que recupere a normalidade e só quando já não tiver nenhum sintoma anormal, levem-na para um hospital. (De outra maneira, se for levada às pressas para um hospital, a viagem turbulenta fará com que os vasos capilares no cérebro se rompam.)

    Se conseguirem salvar a vida da pessoa socorrida, será graças aos antepassados da professora chinesa e da acupuntura milenar!


    PSIU!

    Perceberam que ora escrevo ENFARTADO, ora INFARTADO?
    Acharam que me equivoquei?

    AH! AH! peguei vocês! As duas escritas estão CORRETAS!

    Essa dúvida ocorre até junto a excelentes médicos...


    Isso porque se aceitam grafias triplas para esse gravíssimo problema,que é o AVC, o conhecido INFARTO, ENFARTE ou ENFARTO.




    domingo, 3 de junho de 2012

    Um EXCELENTE DOMINGO!

    Bom dia, queridos e queridas!

    Ouçam as músicas e leiam a crônica do Paulo Sant' Ana, País sem oradores, publicada no ZH de hoje. Um show! (Há anos, escrevi um artigo bem parecido e que foi publicado em Zero Hora. Só não me lembro do nome. Pode?)










    BIBI FERREIRA, 90 anos

    Adoro esta grande atriz, cantora, musicista, ser humano inigualável. Assistam a esse vídeo e me digam se não tenho razão.

    sábado, 2 de junho de 2012

    Eta prego bom!


    Um português abre uma filial de sua loja de pregos em Roma. Como a propaganda é a alma do negócio, fez um outdoor com a figura de Cristo pregado à cruz e embaixo estava escrito: 'Pregos Garcia - 2000 anos de Garantia'.

    Foi aquele rebuliço. O Bispo de Roma foi pessoalmente conversar com o português e explicar que não podia fazer aquilo, que era pecado mortal...

    Então o luso resolveu fazer um novo outdoor.
    Colocou Cristo com uma das mãos pregadas na cruz e a outra solta, dando tchauzinho. Embaixo estava escrito:'Adivinhe em qual mão foi usado o Prego Garcia?'

    - Meu Deus do Céu! - Até o Santo Papa saiu do Vaticano e foi conversar com o português:- Que heresia, meu filho! Não se pode usar Jesus Cristo como garoto propaganda... Inventa outra coisa e retire isto já!

    - Então vou fazer um novo outdoor, sem o Cristo! - pensou o português. Colocou a foto da cruz vazia e embaixo estava escrito:

    'Se o Prego fosse Garcia, o Cara não fugiria...'

    sexta-feira, 1 de junho de 2012

    O avô e a avó



    A avó e o avô foram fazer uma visita ao seu filho, nora e netos e resolveram passar uma noite por lá.

    Quando o avô encontrou no banheiro uma caixa de Viagra ele perguntou ao filho:

    - Posso usar uma dessas pilulas?

    E o filho respondeu:

    -Eu creio que não deve tomar papai, são muito fortes e muito caras.

    E quanto custa? - perguntou o pai ao filho.

    - R$ 20 por pílula, respondeu o filho.

    - Não importa, disse o pai, insisto que eu quero provar. Amanhã pela manhã, te deixo o dinheiro debaixo do travesseiro.

    No dia seguinte, perto do meio dia o filho encontrou R$ 220 em baixo do travesseiro. Telefonou para o pai e disse:

    - Eu falei que cada pílula custava R$ 20 e não R$ 220, papai.

    - Eu entendi, respondeu o pai, os R$ 200,00 quem colocou foi sua mãe.