quinta-feira, 14 de junho de 2012

Artigo mais elogiado



Dentre os já incontáveis artigos que escrevi um dos que mais recebi elogios foi o que reedito abaixo:

2012 vai chegando de mansinho como criança indefesa que deseja apenas um pouco de atenção. Depois se incorpora nas horas, nos dias, preenchendo noites, acelerando estações, gerando expectativas boas em quem acredita ter o fio condutor da vida centrado na bondade, na justiça e na solidariedade. O ano nascente colabora para que se esqueçam injúrias, palavras insensatas e as incontidas revoltas interiores. Por isso deve-se afugentar o que nada de bom se tem a dizer sobre alguém, ressaltar o que se possui de melhor e divulgar o que de mais perfeito se sabe fazer. Sem economizar palavra bonita, termos ofensivos devem ser esquecidos, porque praticar o bem e ser gentil com os outros conduz a um viver melhor.

E viver melhor é voltar no tempo, caminhar para frente, corrigir desvios e saber perdoar porque erros sempre vão acontecer talvez com maior gradação da intensidade. Maravilhoso é o poder que a palavra tem com o te amo, perdoa-me, desculpa-me, com licença, por favor. O esplendoroso do existir é saber que cada pessoa pode refazer a trajetória de vida tal qual Fênix, que renasce de cinzas, para se tornar em ser diferenciado.

A arte de saber viver implica sacudir a poeira do ranço que empesta mentes, bradar ao vento a magia das pessoas estarem vivas e serem dotadas da capacidade de agradecer às ilimitadas alternativas de se reconstruírem sempre. Viver possibilita agir como se fossem os únicos donos do tempo, condutores exclusivos do seu destino, prontos para reiniciar qualquer caminhada. A isso, ao som mental e ao registro dele, chama-se esperança, o lume invisível que deve ser o condão mágico a iluminar o existir individual.

Viver, por ser o somatório de muitas possibilidades, pode ser a prática do impalpável ou do imperceptível, transformando-os em alavanca para dar impulso a qualquer ideia acalentada. Para que 2012 seja um ano mais feliz e melhor, não se pode perder de vista o porto seguro que é a certeza de se ter amigos e com eles poder valsar embalados pelo ritmo do afeto sem que haja qualquer melodia. Dividir o viver é estender as mãos para amparar os caídos, sorrir para reascender a alegria dos tristes, acreditar que os pensamentos positivos são capazes de operar milagres. Saber viver é equacionar os dividendos, somando perdas e ganhos, subtraindo malquereres, potencializado-os em bons desejos, porque eles retornarão multiplicados para quem os desejou se foram plasmados com a real intenção do voto.

Viver é jamais fazer parcimônia da alegria, miserabilizando tristezas e vivendo intensamente tudo aquilo que se está disposto a compartilhar. Saber viver é barganhar com a sorte e afugentar os maus pensares, transformar um simples amanhecer numa enorme loteria e distribuir os bens auferidos entre todos os afetos. A isso se chama felicidade, fruto da paz, do amor e da fraternidade, desejando que se intensifique em todo o 2012.

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