sábado, 20 de setembro de 2008

De que é feito o palito de fósforo?


Quando era criança, sempre achei que o "palito de fósforo" era feito de xixi. Sabem por quê? Porque, certa vez, resolvi chupá-lo,(será que outras crianças não fizeram isso também?) e o gosto que senti, lembrou-me o sabor de urina. Não! Pelo menos, de sã consciência, recordo-me de ter bebido esse excremento. Mas quem duvida? Até certa idade, na fase oral, tudo o que tem forma, sabor, cor ou... pumba! vai direto para a boca.

Quem sabe foi nesse período turbulento da vida infantil, que experimentei essa estranha "bebidinha"?! Voltando ao palito...Em 1669, Henning Brand acreditava que , aquecendo a urina, esta viraria ouro. Após misturá-la com areia, surgiu a uréia, que, depois, virou vapor, resultando um pó branco e, no escuro, apresentou-se com brilho intenso; queimando, formou uma chama.

Eureka! Descobriu um produto sólido e combustível. Pronto! Não deu ouro, mas surgiu o precioso fósforo, que vem acendendo as noites em que a eletricidade faz uma "surpresinha" nos lares brasileiros e de qualquer parte desse mundão sem lei.

Coitadinho do Brand, apesar de, 11 anos depois ter criado o primeiro palito com fósforo na ponta e "dar-lhe a luz", não usufruiu das tão sonhadas importâncias pecuniárias, ou seja, não viu a cor da graninha com a venda de tão importante e pequeno produto.

Meninas, esta eu adoreI!



Se o maridão, filhos, enfim, a galerinha masculina fizer xixi "fora da casinha", quero dizer, fora do vaso sanitáriuo ou adjacências, o problema tem solução. Um alemão genial inventou um aparelho interessantíssimo. Toda vez que o usuário abra a tampa da privada, uma espécie de alto-falante pede que o "freguês" urine sentado para não sujar o banheiro.

Segundo Rafael Kensi, 1,6 milhões desses aparelhinhos foram vendidos até 2004. Em 2008, deve a venda deles ter ultrapassado em muitas vezes esses números.

Se a moda pega por aqui, as limpadoras de banheiro, (na minha casa, "euzinha") vão adorar ter uma poderosa ajuda como essa!

Quem sabe, no lugar da engenhoca descrita acima, vocês não decoram a sala de banho,(que chique!) como o que fez a artista plástica e faxineira da imagem que ilustra esta brincadeira?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Um carinho para Vanessa

Dentre os muitos elogios (e críticas também) que tenho recebido no período em que venho atuando como educadora, um deles tocou-me profundamente. Veio de uma leitora do último texto escrito por mim e publicado em Zero Hora. Uma adorável garotinha, pré-vestibulanda, aVanessa Soares, futura professora e, pelo questionamento acerca de um parágrafo não entendido por ela em "Educação de qualidade, como?", já promete ser das melhores. Interrogada por ela, justificando-se por não haver entendido o que escrevi, pude perceber o quanto, às vezes, pela riqueza vocabular usada para expressar posicionamentos, nós, educadores que buscamos acertar em nossas propostas, terminamos usando uma linguagem hermética (fechada), esquecendo-nos de que nossos leitores ou ouvintes, por desconhecerem o significado das palavras empregadas ou por não terem um bom dicionário para pesquisar-lhes o significado, desestimulam-se e desistem de finalizar a leitura de um texto.

Vanessa, não! Foi além, enviou-me e-mail, querendo saber, exatamente, o que eu quis dizer com meus escritos. Comoveu-me foi a bela surpresa de saber que leem (já sem acento para "respeitar" a lei ortográfica e não haver estranhamento por parte de meus desavisados leitores) o que escrevo, mas o que tocou, ainda mais, foi a resposta dela, agradecendo por eu ter explicado, em detalhes, a minha postura escrita.

Menina querida, agradecida somente deveria ter ficado eu por roubares tempo precioso dos estudos e investir nas dúvidas que te acometem. Nada pior do que se cometerem gafes sobre o significado de vocábulos por vaidade em dizer "não sei o que isso significa".

Exemplos disso, reproduzo agora: falando sobre o proselitismo que domina a fala dos políticos, sobre as minhas dúvidas como agnóstica e sobre o amor telúrico que toma conta dos gauchos na Semana Farroupilha, minha interlocutora, mestra universitária, trocou tudo. Confundiu proselitismo com comunismo e achou que era uma novo partido político; para ela, agnóstica era "crente" de uma nova religião e amor telúrico o que será que pensou que era? Teria achado ser uma nova proteção de tela de computador?

A conclusão a que cheguei foi que, ao buscar o maior aperfeiçoamente na área em que atua, relegou a outros planos a leitura de bons textos, olvidando o velho e bom "amansa burro" ou seja, o DICIONÁRIO. Por esses motivos é que estou elaborando este testículo (não, não é o órgão masculino!) É um texto pouco digno para homenagear VANESSA SOARES, que se instalou em minha vida como um lindo sol, escondendo-se num fim de dia para ressurgir, radioso, numa nova aurora.