Há poucos dias, escrevi um texto falando sobre a felicidade centrada no trivial. Ontem, um domingo quente de verão, fui contemplada, mais uma vez, com a varinha de condão da fada felicidade.
Abrindo a minha caixa de e-mails, deparei-me com um, cujo assunto era: "Amiga, vedete de palestra."
Claro que a minha curiosidade acelerou o ritmo de meu doidinho coração. Abri e deparei-me com estes escritos: "Amiga querida, chamo-me Rosália Pinheiro e assisti a uma palestra sua em Chapecó, Santa Catarina. Fiquei, como todos os presentes, encantados com o seu desempenho. As três horas daquele maravilhoso encontro voaram e pareceram minutos. Um verdadeiro show. Mas o motivo deste e-mail não só para dizer do meu encantamento por você. Além de lhe oficializar que sou uma seguidora de seu blog, o que vou lhe relatar, com certeza, a deixará contente. Na semana passada, inscrita em um congresso internacional sobre saúde e educação, em Belo Horizonte, o palestrante abriu a palestra apresentando um texto lindo seu: Pais: esses seres descartáveis e que serviu de tema para toda a palestra. No fim do encontro, fiz questão de dizer a ele que a conhecia e de que iria informar-lhe de que seu artigo ilustrou maravilhosamente bem o encontro
Quando vi o seu nome, fiquei emocionada. Então me dei conta de quem sabe valorizar a sua passagem, deixa marcas profundas na vida da gente.
Um abraço. Rosália Pinheiro"
Abrindo a minha caixa de e-mails, deparei-me com um, cujo assunto era: "Amiga, vedete de palestra."
Claro que a minha curiosidade acelerou o ritmo de meu doidinho coração. Abri e deparei-me com estes escritos: "Amiga querida, chamo-me Rosália Pinheiro e assisti a uma palestra sua em Chapecó, Santa Catarina. Fiquei, como todos os presentes, encantados com o seu desempenho. As três horas daquele maravilhoso encontro voaram e pareceram minutos. Um verdadeiro show. Mas o motivo deste e-mail não só para dizer do meu encantamento por você. Além de lhe oficializar que sou uma seguidora de seu blog, o que vou lhe relatar, com certeza, a deixará contente. Na semana passada, inscrita em um congresso internacional sobre saúde e educação, em Belo Horizonte, o palestrante abriu a palestra apresentando um texto lindo seu: Pais: esses seres descartáveis e que serviu de tema para toda a palestra. No fim do encontro, fiz questão de dizer a ele que a conhecia e de que iria informar-lhe de que seu artigo ilustrou maravilhosamente bem o encontro
Quando vi o seu nome, fiquei emocionada. Então me dei conta de quem sabe valorizar a sua passagem, deixa marcas profundas na vida da gente.
Um abraço. Rosália Pinheiro"
Claro, também, que mandei uma resposta agradecida e emocionada a ela.
Faceira que nem ganso em taipa de açude, corri atrás do texto e PIMBA! Ei-lo aqui outra vez.
Quando os nossos filhos nascem, de atores principais, passamos a coadjuvantes no intrincado e temperamental cenário que é a vida. No convívio com eles, passamos a interpretar os mais variados papéis de acordo com as circunstâncias. No alvorecer de suas escaladas, somos os guardiões incansáveis de seu desenvolvimento. De nós depende a satisfação de suas mais rudimentares necessidades: alimentamos, protegemos, amamos, ensinamos a eles os primeiros passos e palavras. São nossos reféns. Se falharmos, sucumbirão.
À medida que vão crescendo, criando asas, cedo procuram espaços mais amplos para se constituírem e alçarem voos tímidos e incipientes. Antes, senhores exclusivos de seu crescimento, passamos a exercer um papel secundariíssimo. Escola, professores (se ótimos) e amigos nos eclipsam e se tornam o seu centro de atenção e afetividade. Passamos a exercitar o papel de pagadores, taxistas gratuitos, seres insones e rezadores à espera de que retornem sãos e salvos ao lar.
Crescidos, ganham força e fôlego e anseiam por voejares mais altos e voam para mais longe. Passamos, então, de coadjuvantes a seres subalternos em seu mundo de afeição. Sem nos darmos conta, somos substituídos por amores personificados em um novo lar. Ao casarem, constituem a sua família, da qual passamos à condição de parentes ou de visitantes esporádicos.
Se desempenharmos muito bem o nosso papel enquanto pais, poderemos ser lembrados por eles como seres diferenciados, que merecem determinadas regalias e um pouco do afeto que ainda resta em corações sensíveis. Se formos pais, cuja nota não ultrapasse o regular ou o médio, seremos considerados como estorvos descartáveis, malas pesadas demais para serem carregadas e que devem ser jogadas em algum lugar distante deles.
A lição insofismável e cíclica que a vida nos ensina, e que demoramos muito a assimilar, é a de que agimos, exatamente assim, com os nossos pais.
Em verdade, somente somos valorizados por nossos descendentes e damos o devido valor a nossos gestores depois que os primeiros e nós também tivermos morrido. Se alguém discorda do que escrevi que atire "a primeira pedra"! Metaforicamente, por favor!
Vejam a força que a internet tem! Um escritinho meu servir de tema central de palestra na capital dos mineiros! Viva eu!
Nota dez.
ResponderExcluirAgradecidíssima!
ResponderExcluirSerá que só depois que morrem? Eu acho que como pessoa e filha não sou assim...valorizo todos os dias da minha vida por vocês, meus pais, por tudo o que me ensisaram, talvez lá na adolescencia qualquer pessoa que passasse nosso caminho fosse mais importante que nossos pais...mas ao tempo que o amadurecimento foi chegando...acho que não...pois vejo o amor que minha filha tem por vocês, mesmo ha 500km de distância, isso para mim é a valorização do amor incondicional que vocês me deram e que mesmo ha 500km de distância quero passar para ela...não depois...bem depois...
ResponderExcluirMas não estou atirando a primeira pedra...só tento ser o melhor que posso para vocês, pois vocês sim...são tudo na minha vida...o resto..é resto!!
Te amo!
Mil beijocas!!
Filha muito amada:
ResponderExcluirQue lindo ter a confirmação de quanto nos ama. Durante todo o tempo que nos dedicamos a te criar e aos teus irmãos, o César e eu, caso perdêssemos a serenidade e estivéssemos contrariados com alguma travessura feita por vocês, um lembrava ao outro, meio de brincadeira, mas no fundo, com resquícios de verdade. Dizíamos: "Devemos tratar muito bem dos nossos filhos, porque serão eles que vão escolher o nosso asilo." E, aqui, entendas, filha amada, asilo é uma metáfora para o nosso destino final, o acolhimento na velhice. Quando nasceste, foi a minha glorificação: o meu asilo dourado já estava garantido.
Escrevi esse texto depois de ouvir os lamentos de uma amiga, desgostosa com os seus filhos. Foi mais para ela que o escrevi. Se te magoei, mil perdões. (Mas que foi maaaaaaaravilhooooooso ouvir essa tua declaração de amor, minha nossa!)
Por esta e por milhares de outras demonstrações de amor oriundas de ti é que reafirmo: Ao nasceres, comecei a acertar na loteria sozinha a qual vem se repetindo e acumulada! "Punto e basta"!
Milhões de beijos nesse coraçãozinho amoroso.
Jamais me magoaria com teus dizeres...nunca...só quis realmente REAFIRMAR os meus pensamentos e meu amor ´por vocês!
ResponderExcluirSó isso!
Como tu diz: Punto e basta!!
Ahahahahah
Daniella, minha menina, meu anjo bom, minha luz!
ResponderExcluirPlagiando a madrasta: "Espelho, espelho meu! Será que no mundo há" uma filha mais bonita e maravilhosa como a minha?
Ah! Posso contar a história da melissinha?
VIVA TU!!!
ResponderExcluirVIVA MINHA MÃE!!!
Parabéns! E a Arlete é assim, aonde passa na vida das pessoas deixa SEMPRE marcas profundas e inesquecíveis!
Te amo!!!
Bjks!!
Oi, amada!
ResponderExcluirViste a tua velhinha? Bem na foto, hem? São essas coisas que me auxiliam a sempre procurar dar o que eu tenho de melhor: dedicação, inteligência, sensibilidade, muita garra, transpiração e dinamismo.(Modesta, não?)
Beijos