quinta-feira, 24 de março de 2011

Pedaços de Martha Medeiros



Acredito que toda a mulher que lê os textos de Martha Medeiros, de alguma forma, identifica-se com o que ela escreve e, instantaneamente, admira-a e gostaria de tê-la como amiga. Comigo a identificação aconteceu desde os primeiros artigos que publicou.

Muitas vezes, procuro textos que eu escrevi e, ao deparar-me com assunto similar, escondo-os, ou os deleto, porque soariam como plágios. E não são! Escrevi antes de ler o que Martha publicou. Identificação, almas gêmeas diria o poeta. Para mim, exemplo de mulher! É a musa inspiradora, a conselheira, a amiga, a irmã que todas as mulheres adorariam  ter.

Na linda reportagem exposta no caderno Donna, encartado em Zero Hora de domingo, 20 de março de 2011, “Martha Medeiros por inteiro” , essa jovem de 50 anos dá um show de vida, de otimismo, de esperança, de fragilidade e de força.

Ao ser questionada se a vida dela estava melhor aos 50, eis o que respondeu:

“Eu quero entrar nessa nova idade sem arrastar corrente, não quero desperdiçar meu tempo como o que não é produtivo, não quero mais insistências que não dão em nada. Agora é hora de focar na boa, de ir no certo. Já me conheço o suficiente para saber o que me serve e o que não me serve, não tenho mais energia para gastar com o que não resulta em nada.Eu quero pegar mais leve comigo mesma e com quem me cerca e acho que a palavra que me define hoje é liberdade Ao mesmo tempo que essa liberdade é maravilhosa , eu sei que já não tem mais a sensação de eternidade da juventude.”

No fim da entrevista, sobre se era feliz com o que se tornou, Martha assim se manifestou:

“Estou começando a aprender a me perdoar, a perdoar as coisas que não consegui ser ou fazer. Eu não me dou mais nota. Agora eu sou quem eu posso ser. Estou mais reconciliada comigo mesma. Esse momento de reconciliação com a gente dá uma paz muito grande, porque a gente para de se cobrar. Durante a vida inteira, nós costumamos nutrir um certo idealismo em relação a quem vamos ser, em como vamos educar os filhos. Tudo isso é um idealismo bem-intencionado, mas a vida real e a nossa natureza são muito fortes e determinantes, e a gente acaba sendo o que a gente pode ser, não só o que a gente quer ser. Hoje eu estou feliz com quem eu pude e com quem eu posso ser daqui para frente.”

Faço minhas as palavras de M.M., e lhe digo um simples amém.

2 comentários:

  1. Luz do meu dia muito booooooooom dia!

    Outra excelente escolha para nós inspirar pelo resto do dia, apesar de um noite insone devido a chuvarada que inundou Rio Grande novamente.

    Obrigada pelo exemplo!

    beijão
    Adejane

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  2. Querida!
    Que bom que, indiretamente, presto-te uma ajudazinha.
    Estou torcendo para que tudo dê muito certo nessa troca.
    Mil beijos.

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