domingo, 23 de outubro de 2011

A vida e as cartas de pôquer


Todas as vezes que leio as manchetes de jornais denunciando (não seria melhor avisando?) todo tipo de corrupção no Brasil fico vermelha de raiva. O rosto se consome num calor de indignação, de vontade de voltar no tempo, ao útero de minha mãe, de lá fugir com o embrião de meu pai para nascer em outro país.

A Finlândia seria a pátria que escolheria para viver a vida que tanto sonhei. Lá não há corrupção. O governo dá prioridade à educação de seu povo. O lema dos governantes em quaisquer esferas é: Faço o meu povo FELIZ!”.

Nascer no Brasil é quase um ato de tira-sorte ou busca-azar.

Hoje, vou contar aqui um relato fantástico que ouvi em palestra proferida pelo notável professor Celso Antunes:

“Quando nascemos, cada um de nós recebe cinco cartas para começar como no pôquer:

Primeira: Nascemos num determinado lugar.

Segunda: nascemos de determinada cor.

Terceira: nascemos numa família pobre, classe média ou rica.

Quarta: nascemos com pouca ou muita inteligência.

Quinta carta? Ah! A quinta é a carta que a vida nos dá. É a carta da sorte ou do azar.

É a mais importante de todas. Ela pode contrabalançar todas as cartas ruins. Pode ser decisiva para a pessoa vencer na vida.

Já imaginaram quem nasce brasileiro, negro e burro? Vai precisar de muita sorte para vencer na vida.

Não sabemos como será o amanhã. Sabemos apenas que terá a forma que o educador lhe atribuir.“

É no que todos os professores deveriam pensar! E agir...

2 comentários:

  1. Olá minha mamãe! Como sempre notáveis e importantes palavras. O comentário de Celso Antunes é fantástico, pois acredito que realmente essas cartas todos nos são dadas, mas o última carta, essa sim, é quem decido o nosso verdadeiro mundo, ter sorte ou ter azar...espero que minha carta continuo a que me foi mandada, pois muito bem obrigada!!!
    Bjks!!

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  2. Filha muito amada! Com o tempo fugindo do meu controle, demorei a responder a esse teu lindo comentário. Embora não tenhas nascido em berço cheio de grana, procuramos fazer com que nem notassses essa pequena falha do destino. No mais, a sorte te foi beneplácida. Creio...

    Mil beijos

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