Sem tempo para fazer postagens novas, estou reeditando aquelas que mais renderam comentários. A de hoje foi quase campeã.
Usuários interessados, leiam o que postei abaixo, por favor!
Até o último minuto de 2008, acreditei que as cabeças pensantes da Academia Brasileira de Letras tomariam um chazinho de seriedade e decretassem a sua inconformidade com a famigerada e pífia reforma ortográfica que faria pouquíssimas alterações no idioma pátrio e um rombo incalculável no tesouro nacional. Sem olvidar a cabecinha já confusa dos usuários do idioma luso e dos escolares brasileiros. Pois os imortais continuaram na sua imortalidade! Acho que só "prestam" para tomar o chá das cinco...
Já que "dormiram" no ponto, que "vienga el toro"! , ips! a reforma! Hoje começo com o triozinho maldito! A trinca do EU OI EI!
Se o acento caísse em todas as palavras em que esses ditongos aparecessem, aplaudiria com todas as forças esvaídas no ano que já morreu... Desaparecerá o acento agudo em heroica, introito, ideia, alcateia, todavia a aspinha não desaparecerá nos OI, EU e EI finais, ou seja, nos vocábulos oxítonos como em véus, herói, anéis.
Sintetizando: Na trinca do EU, OI, E (leiam "eu oiei", mas não esqueçam os acentos: ÉU, ÓI, ÉI), o agudinho (´) continuará "deitado eternamente" em todas as palavras que contiverem essas terminações, que, por azar ou sorte deles, vão estar sempre na rabada dos vocábulos como em escarcéu, chapéu, troféu, céu; herói, constróis anéis, tonéis. Tenham eles uma ou mais sílabas, estejam ou não seguidos de s.
Vapt! Vupt! para o acento do OI EI em heroica, jiboia, estreia, alcateia, ideia...
Cá entre nós, não seria mais racional se o agudinho desaparecesse de todas as palavras que contivessem o trio EU, OI, EI?
Só um lembrete para os desatentos: esta é a terceira reforma da língua portuguesa. A primeira ocorreu em 1943, quando uma nova convenção foi organizada, mas só os brasileiros decidiram utilizar as mudanças, como a substituição do “z” pelo “s” na grafia da palavra “casa”, "Brasil",...
Dois anos mais tarde, foi o Brasil quem não aceitou o uso de algumas consoantes mudas (“afecto” “óptico”) e o abandono completo do trema. Somente vinte e seis anos mais tarde, ou seja, em 1969, o Brasil decidiu abolir alguns tremas e certos acentos diferenciais como em almôço, govêrno, espôso, espôsa, êle, professôra, sòmente, saüdade,... que passaram a ser escritos assim: almoço, governo, esposo, esposa, ele, professora, somente, saudade,... Sem acentos e sem trema.
Amanhã, retornarei com o "tombo" do circunflexo em OO e EE e que acentos diferenciais continuaram emoldurando quais vocábulos, certo?
Ah! E quem vai colher os louros ou os espinhos dessa Reforma Ortográfica é o único presidente iletrado deste país: o Lula.
E agora, gente, que o aluno pode escrever "os governo está sempre certo"?
Quase tive um enfarto ou infarte, como queiram... Isto é o Brasil, sil, sil...