sábado, 11 de setembro de 2010

Velho, eu?


Mais um texto lindo que recebi do Ariosto, o meu cunhado predileto. Seu título?

"Uma pessoa mais velha". Seu autor? Desconheço, uma pena!

"Constantemente se critica as pessoas mais velhas por não se adaptarem ao mundo moderno.

Sem dúvida, nós nos responsabilizamos por tudo o que fizemos e não culpamos a ninguém por isso.

Não obstante, depois de uma serena meditação, gostaria de assinalar que, apesar de havermos levado o mundo na flauta, de haver vivido uma revolução sexual, de havermos nos rebelado contra certos valores tradicionais e de haver dançado com Os Beatles e Os Rolling Stones….

NÃO fomos nós que eliminamos:
A melodia da música,
O talento e a engenhosidade das criações artísticas,
A boa voz na hora de cantar,
O orgulho por nossa aparência exterior,
A cortesia ao dirigir,
O romance nas relações amorosas,
O compromisso do casal,
A responsabilidade da paternidade,
A união da família,
A aprendizagem e o gosto pela cultura,
O sentimento de patriotismo,
O rechaço à vulgaridade e a grosseria,

NÃO fomos nós que eliminamos:

O presépio de natal das escolas e cidades,
O bom comportamento intelectual,
O refinamento de linguagem,
A dedicação à literatura,
A prudência na hora de gastar,
A ambição por querer ser alguém na vida.

Nem tão pouco tiramos Deus do governo, das escola, dos hospitais e de nossa vida.
O respeito aos outros, às mulheres e aos anciãos.
E por suposto que não fomos nós que eliminamos a paciência e a tolerância de nossas relações pessoais nem de nossas interações com os demais.

De fato, já sou uma pessoa mais velha!

Entretanto, posso animar uma festa... mesmo que só resista até meio dia.

Entretanto, posso abrir frascos com tampas a prova de crianças ainda que tenha que usar um martelo.

Entretanto, lembro-me de chegar em minha casa a uma hora e de forma adequada.

Entretanto, durmo como um bebê durante as noites... ainda que no outro dia o corpo demore em permitir que me levante.
Mas, todavia, posso rir-me das críticas... ainda que às vezes não possa ouvir bem o que dizem de mim.

Porém sou muito bom contando histórias ou piadas…
Mesmo que as repita várias vezes.

Mas não pense que me tenha tornado um lutador, casca grossa, nem intransigente…

Simplesmente que tenho idade para dizer que há coisas que já não me agradam…
Já não gosto do engarrafamento no tráfego, nem das multidões,
nem da música alta,
nem dos crianças gritadoras,
nem dos cachorros que latem,
nem de certos políticos que enganam,
nem de tantas outras coisas
que agora não me lembro.

Mas desejo seguir desfrutando de minha vida, a vida que Deus me deu.
Portanto respeitando aos outros e que os outros me respeitem.

No entanto, agora não lembro se já publiquei isto.
Talvez volte apublicar tantas vezes que eu achar necessário,
Que me desculpe.

Isso tudo... que importa!
Certo é que ele ou ela também pôs flores na cabeça, entoou canções de protesto, fez algumas coisas não tão santas e se acabou dançando com Os Beatles e Os Rolling Stones, como eu."


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