sábado, 30 de abril de 2011

Uma piada para refletir




Um advogado estacionou seu Mercedes novo em folha na frente de seu escritório, pronto para mostrá-lo para seus colegas. Logo que ele abriu a porta para sair, um caminhão passou raspando e arrancou completamente a porta. O advogado, atordoado, usou imediatamente o seu telefone celular, discou 190 e dentro de minutos um policial chegou.

 Antes que o policial tivesse uma oportunidade, o advogado começou a gritar histericamente que a Mercedes que ele tinha comprado no dia anterior estava agora totalmente arruinada e nunca mais seria a mesma. Por conta disso, iria processar o motorista, Deus e o mundo, fazer e acontecer afinal era doutor, etc, etc...

Quando o advogado finalmente se acalmou, o policial agitou sua cabeça em desgosto e descrença... e disse:
 - "Eu não posso acreditar no quão materialistas vocês advogados são" e disse mais:
 - "Vocês são tão focados em suas posses que não notam mais nada."

 - Como você pode dizer tal coisa? O Sr. tem noção do valor de uma Mercedes?, pergunta o advogado.

 O policial respondeu:
- O Sr. não percebeu que perdeu seu braço esquerdo? Está faltando do cotovelo pra baixo. Ele deve ter sido arrancado quando o caminhão bateu no Sr.

 - 'Putaqueopariu!' - grita o advogado. - "Cadê meu Rolex????"

Qualquer semelhança é mera coincidência... Sem ofensas... Aceitem, amigos e amigas advogados, as lindas flores lá de cima.

O Segredo das Nações

Qual o segredo de uma nação desenvolvida?

A diferença entre países pobres e os ricos não é a idade do país. Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egito, que tem mais de 2000 anos e são pobres. Por outro lado Canadá, Austrália e Nova Zelândia que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos.
A diferença entre países pobres e ricos também não reside nos recursos naturais disponíveis. O Japão possui um território limitado, 80% montanhoso, inadequado para a agricultura e a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O país é como uma imensa fábrica flutuante, importando matéria prima do mundo todo e exportando produtos manufaturados.
Outro exemplo é a Suíça, que não planta cacau mas tem o melhor chocolate do mundo. Em seu pequeno território cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro meses no ano. Não obstante, fabrica laticínios da melhor qualidade. É um país pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o transformou na 'caixa forte do mundo'.
Executivos de países ricos que se relacionam com seus pares de países pobres mostram que não há diferença intelectual significativa. A raça e a cor da pele também não são importantes: imigrantes rotulados de preguiçosos em seus países de origem são força produtiva de países europeus ricos.

Qual então a diferença?

A diferença é a ATITUDE das pessoas, moldadas ao longo dos anos pela educação e pela cultura.

Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princípios de vida:

1- A ÉTICA como princípio básico.
2- A integridade.
3- A responsabilidade.
4- O respeito às leis e regulamento.
5- O respeito pelo direito dos demais cidadãos.
6- O amor ao trabalho.
7- O esforço pela poupança e pelo investimento.
8- O desejo de superação.
9- A pontualidade.

Nos países pobres apenas uma minoria segue esses princípios básicos em sua vida diária.
Não somos pobres porque nos falta recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco. Somos pobres porque nos falta atitude, nos falta vontade para cumprir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas.

Somos assim por ver algo de errado e dizer: "DEIXA PRA LÁ".

Devemos ter atitude e memória viva.
Só assim mudaremos o Brasil de Hoje.

Pense Nisso!

*Recebido por email de meu cunhado Ariosto e sem indicação de quem era o autor.

Foto do dia

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Apareceu no "Fantástico": gêmeos conversando

Quando assisti ao vídeo, que posto abaixo do texto,  no "Fantástico", achei-o sensacional. Hoje, mateando com meu marido, lembrou-me ele do que víramos. Não vacilei. Fui ao You Tube, copiei e arrastei o vídeo para este espaço.

Sempre fui contra exposição de crianças. É uma "gracinha" os pais exibirem-nas para visitas e amigos. No entanto, muitas vezes, ignoram que estão causando sérios traumas à inocente infância. Sofri esse tipo de exposição quando era bem pequena. Minha irmã e eu aprendemos a ler e a escrever muito cedo (frequentáramos, "espontaneamente", às aulas, desde que aprendemos a caminhar), porque nossos pais residiam no campo e nossa mãe, mulher de cidade grande,  com invejável nível de cultura, ao casar-se com meu pai, viúvo e com dois filhos do primeiro casamento, para aumentar a renda familiar, criou uma escola no meio rural.

Como as salas de aula faziam parte da casa, nós duas acompanhávamos nossa mãe-professora, que se revezava entre uma turma e outra. Esse contato diário, a repetição das aulas, a dificuldade dos alunos em aprender, típica no meio campesino, faziam-na repetir e repetir o alfabeto, as palavras, a tabuada, leituras e cantos. Foram lições preciosas e que nos ajudaram a decifrar os números e aprender as letras com rapidez incrível. Também fomos incentivadas à alfabetização por nossos pais, que adoravam demonstrar aos amigos que sabíamos ler, escrever, recitar versos e cantar. Que orgulho  eles sentiam ao mostrar para os outros os "geniozinhos", que tinham em casa!

Quando viemos residir na cidade, imediatamente nossos pais rodearam-se de um excelente e agradável círculo de amigos. Um pouco pela erudição do pai, um autodidata e pela mãe, mulher fina, elegante e culta, porque estudara no Colégio Sant’Ana, a melhor e mais tradicional escola particular de Santa Maria, naquela época (e até hoje). Um pouco, talvez, porque os visitantes se encantavam com as duas menininhas precocemente alfabetizadas. (Com o passar do tempo, os saraus oferecidos por eles aos amigos, faziam-me sentir como um macaquinho de circo).

Até certa idade, gostava dessa exposição, porque nossos pais, felizes com as filhas, premiavam-nos, cada vez que retornavam da cidade, com brinquedos, roupas bonitas, chocolates e tantos mimos que as crianças adoram. Aos poucos, fui ficando arredia e passei a detestar visitas, porque sabia como terminariam. A Aloísa, no entanto, gostava de mostrar os seus pendores aos visitantes e parentes, que a adoravam por isso, enquanto eu fui ficando cada vez mais “xucra”. Por essa "prodigalidade",  sempre fomos motivadas a estudar e a obter, nos trabalhos e nas provas mensais, tanto no primário  como no ginásio (ensino fundamental, hoje) as melhores notas. Um 9,5 era uma verdadeira afronta aos nossos estudos e egos. Por causa disso, muitas vezes,  na adolescência, ouvi minha mãe dizer às amigas: "As minhas filhas são feinhas, mas muito inteligentes! Só tiram dez na escola."

O meu temperamento cerimonioso com as pessoas e avesso a ir à casa dos outros advém dessa etapa exibicionista de minha vida. Enquanto adulta, mesmo que tenha grande facilidade para discursar em público e saiba que encantarei os ouvintes, só o faço depois de muita insistência, se houver. Senão, mantenho-me calada. Em grupos, prefiro ouvir a tecer comentários ou opiniões. Salvo se compelida... Em minhas palestras ou em sala de aula, não! Nesses espaços sagrados e singulares, exorcizo os meus demônios e me transformo. Lá *“sou amiga do rei”, recito, discurso, canto, danço, “pinto e bordo”. Dou um show! (Certamente, os meus pais aplaudiriam e pensariam: essa é a garotinha que forjamos...)

Chega de reminiscências! Vamos ao vídeo, motivador desse desabafo.



*Verso de Manuel Bandeira, de "Vou me embora pra Pasárgada" e que adoro. Esse foi mais um poema que recitava aos alunos e de memória.

Fotos do dia


quinta-feira, 28 de abril de 2011

Parabéns, amigas sogras!

Como me incluo nessa categoria, tenho feito "o meu dever de casa" direitinho (não me meto na vida de minha filha e de meu genro, jamais dou palpites e só vou à casa deles se convidada e com muita insistência. Além disso, faço questão de demonstrar todo o afeto e admiração que sinto por meu genrinho).

Nesse dia a nós, sogras, consagrado, um abraço enorme e solidário.

Pela data, aceitem estas flores.


José de Alencar, em exemplo de superação e vida


O texto a seguir, copiei-o do Blog do Edney para prestar uma homenagem a um admirador do ex-vice-presidente, o meu Anjo Número Dois.

Adoro fazer essas singelas homenagens a pessoas a quem admiro, para que entendam o quanto lhes sou grata por me honrarem com sua amizade, mesmo que virtualmente.

Quantas vezes já me emocionei com uma palavra ou gesto de carinho, com um abraço efusivo de conhecido ou ex-aluno(a), ao receber flores ou um presente. Até um telefonema é capaz de me alegrar ou comover. Tudo na vida me encanta, sensibiliza-me, embora, tantas vezes, tenha me mantido indiferente (só na aparência) e para sofrer menos. A vida é assim: somos o somatório do que plantamos...

"Do ponto de vista humano, o legado que o ex-presidente José Alencar deixa foi a sua vontade de viver, a batalha invencível e emocionante contra o câncer. Em um dos mais dramáticos momentos da sua agonia, Alencar chegou a comover profundamente a Nação brasileira quando afirmou que Deus não precisaria de um câncer para tirar-lhe a vida.

Suas idas e vindas de internações hospitalares só comoviam a nós, não a ele, que exibia um otimismo invejável de continuar entre nós. Na economia, o legado de Alencar é o do menino pobre que saiu do interior de Minas para se transformar num dos maiores empresários do País.

Na política, a do homem de visão, que estendeu a mão a Lula, ainda encarado como um bicho papão, com altos índices de rejeição entre as camadas mais ricas e formadoras de opinião, para dar uma forte contribuição à vitória do temido ex-sindicalista depois de três derrotas eleitorais consecutivas.

Foi com Alencar na vice que Duda Mendonça fez o milagre da mutação de Lula, que deixou de ser o temido "sapo barbudo" ao encarnar a personalidade do “Lulinha, paz e amor”. Alencar deixa, por fim, o legado do empresário e político que mais combateu a alta extorsiva dos juros praticados no Brasil. Era um homem exemplar, um empreendedor apaixonado pelo País e a vida. De fé inabalável, cativante. O Brasil perdeu José Alencar e ficará devendo muito a ele.”

Gotas de orvalho

Preciso fazer comentários? Estas fotos têm alma. Falam e evocam a sensibilidade de quem as fez.





























quarta-feira, 27 de abril de 2011

Para mulheres antenadas (Lindo!)


Recebi este texto de minha filha, a Daniella. Como sabe o tipo de textos de que gosto, sempre os envia, cujo destino ela sabe qual é: este blog.

"Se eu tivesse que escolher uma palavra – apenas uma – para ser item obrigatório no vocabulário da mulher de hoje, essa palavra seria um verbo de quatro sílabas: descomplicar. Depois de infinitas (e imensas) conquistas, acho que está passando da hora de aprendermos a viver com mais leveza: exigir menos dos outros e de nós próprias, cobrar menos, reclamar menos, carregar menos culpa, olhar menos para o espelho. Descomplicar talvez seja o atalho mais seguro para chegarmos à tão falada qualidade de vida que queremos – e merecemos – ter.

Mas há outras palavras que não podem faltar no kit existencial da mulher moderna. Amizade, por exemplo. Acostumadas a concentrar nossos sentimentos (e nossa energia...) nas relações amorosas, acabamos deixando as amigas em segundo plano. E nada, mas nada mesmo, faz tão bem para uma mulher quanto a convivência com as amigas. Ir ao cinema com elas (que gostam dos mesmos filmes que a gente), sair sem ter hora para voltar, compartilhar uma caipivodca de morango e repetir as histórias que já nos contamos mil vezes – isso, sim, faz bem para a pele. Para a alma, então, nem se fala. Ao menos uma vez por mês, deixe o marido ou o namorado em casa, prometa-se que não vai ligar para ele nem uma vez (desligue o celular, se for preciso) e desfrute os prazeres que só uma boa amizade consegue proporcionar.

E, já que falamos em desligar o celular, incorpore ao seu vocabulário duas palavras que têm estado ausentes do cotidiano feminino: pausa e silêncio. Aprenda a parar, nem que seja por cinco minutos, três vezes por semana, duas vezes por mês, ou uma vez por dia – não importa – e a ficar em silêncio. Essas pausas silenciosas nos permitem refletir, contar até 100 antes de uma decisão importante, entender melhor os próprios sentimentos, reencontrar a serenidade e o equilíbrio quando é preciso.


Também abra espaço, no vocabulário e no cotidiano, para o verbo rir. Não há creme anti-idade nem botox que salve a expressão de uma mulher mal-humorada. Azedume e amargura são palavras que devem ser banidas do nosso dia a dia. Se for preciso, pegue uma comédia na locadora, preste atenção na conversa de duas crianças, marque um encontro com aquela amiga engraçada – faça qualquer coisa, mas ria. O riso nos salva de nós mesmas, cura nossas angústias e nos reconcilia com a vida.

Quanto à palavra dieta, cuidado: mulheres que falam em regime o tempo todo costumam ser péssimas companhias. Deixe para discutir carboidratos e afins no banheiro feminino ou no consultório do endocrinologista. Nas mesas de restaurantes, nem pensar. Se for para ficar contando calorias, descrevendo a própria culpa e olhando para a sobremesa do companheiro de mesa com reprovação e inveja, melhor ficar em casa e desfrutar sua salada de alface e seu chá verde sozinha.

Uma sugestão? Tente trocar a obsessão pela dieta por outra palavra que, essa sim, deveria guiar nossos atos 24 horas por dia: gentileza. Ter classe não é usar roupas de grife: é ser delicada. Saber se comportar é infinitamente mais importante do que saber se vestir. Resgate aquele velho exercício que anda esquecido: aprenda a se colocar no lugar do outro, e trate-o como você gostaria de ser tratada, seja no trânsito, na fila do banco, na empresa onde trabalha, em casa, no supermercado, na academia.

E, para encerrar, não deixe de conjugar dois verbos que deveriam ser indissociáveis da vida: sonhar e recomeçar. Sonhe com aquela viagem ao exterior, aquele fim de semana na praia, o curso que você ainda vai fazer, a promoção que vai conquistar um dia, aquele homem que um dia (quem sabe?) ainda vai ser seu, sonhe que está beijando o Richard Gere... sonhar é quase fazer acontecer. Sonhe até que aconteça. E recomece, sempre que for preciso: seja na carreira, na vida amorosa, nos relacionamentos familiares. A vida nos dá um espaço de manobra: use-o para reinventar a si mesma.

E, por último (agora, sim, encerrando), risque do seu Aurélio a palavra perfeição. O dicionário das mulheres interessantes inclui fragilidades, inseguranças, limites. Pare de brigar com você mesma para ser a mãe perfeita, a dona de casa impecável, a profissional que sabe tudo, a esposa nota mil. Acima de tudo, elimine de sua vida o desgaste que é tentar ter coxas sem celulite, rosto sem rugas, cabelos que não arrepiam, bumbum que encara qualquer biquíni. Mulheres reais são mulheres imperfeitas. E mulheres que se aceitam como imperfeitas são mulheres livres. Viver não é (e nunca foi) fácil, mas, quando se elimina o excesso de peso da bagagem (e a busca da perfeição pesa toneladas), a tão sonhada felicidade fica muito mais possível.


(Texto de Leila Ferreira)

Foto do dia

terça-feira, 26 de abril de 2011

A todas as pessoas que sabem amar...

Depoimento assustador


Recebi este belo e reflexivo texto como sendo de Rita Lee. Embora a linguagem ácida e realística seja uma das características dessa notável letrista e cantora, ponho em dúvida ser criação dela a crônica em pauta.

Se alguém sabe a verdadeia autoria, por favor, informe-me. Como o texto é genial, merce tê-lo assinado por quem o concebeu.

"Eu tinha 13 anos, em Fortaleza, quando ouvi gritos de pavor.
Vinham da vizinhança, da casa de Bete, mocinha linda, que usava tranças.
Levei apenas uma hora para saber o motivo.

Bete fora acusada de não ser mais virgem e os irmãos a subjugavam em cima de sua estreita cama de solteira, para que o médico da família lhe enfiasse a mão enluvada entre as pernas e decretasse se tinha ou não o selo da honra.

Como o lacre continuava lá, os pais respiraram, mas a Bete nunca mais foi à janela, nunca mais dançou nos bailes e acabou fugindo para o Piauí, ninguém sabe como, nem com quem.

Eu tinha apenas 14 anos, quando Maria Lúcia tentou escapar, saltando o muro alto do quintal da sua casa para se encontrar com o namorado.
Agarrada pelos cabelos e dominada, não conseguiu passar no exame ginecológico.

O laudo médico registrou vestígios himenais dilacerados, e os pais internaram a pecadora no reformatório Bom Pastor, para se esquecer do mundo. Realmente; esqueceu, morrendo tuberculosa.

Estes episódios marcaram para sempre e a minha consciência e me fizeram perguntar que poder é esse que a família e os homens têm sobre o corpo das mulheres?
]
Ontem, para mutilar, amordaçar, silenciar.

Hoje, para manipular, moldar, escravizar aos estereótipos.

Todos vimos, na televisão, modelos torturados por seguidas cirurgias plásticas.

Transformaram seus seios em alegorias para entrar na moda da peitaria robusta das norte americanas.

Entupiram as nádegas de silicone para se tornarem rebolativas e sensuais, garantindo bom sucesso nas passarelas do samba.

Substituíram os narizes, desviaram costas, mudaram o traçado do dorso para se adaptarem à moda do momento e ficarem irresistíveis diante dos homens. E, com isso, Barbies de facaria, provocaram em muitas outras mulheres - as baixinhas, as gordas, as de óculos - um sentimento de perda de auto-estima.

Isso exatamente no momento em que a maioria de estudantes universitários (56%) é composta de moças. Em que mulheres se afirmam na magistratura, na pesquisa científica, na política, no jornalismo. E, no momento em que as pioneiras do minismo passam a defender a teoria de que é preciso feminilizar o mundo e torná-lo mais distante da barbárie mercantilista e mais próximo do humanismo.

Por mim, acho que só as mulheres podem desarmar a sociedade. Até porque elas são desarmadas pela própria natureza. Nascem sem pênis, sem o poder fálico da penetração e do estupro, tão bem representado por pistolas, revólveres, flechas, espadas e punhais.

Ninguém diz, de uma mulher, que ela é de espadas.

Ninguém lhe dá, na primeira infância, um fuzil de plástico, como fazem com os meninos, para fortalecer sua virilidade e violência.

As mulheres detestam o sangue, até mesmo porque têm que derramá-lo na menstruação ou no parto.

Odeiam as guerras, os exércitos regulares ou as gangues urbanas, porque lhes tiram os filhos de sua convivência e os colocam na marginalidade, na insegurança e na violência.

É preciso voltar os olhos para a população feminina como a grande articuladora da paz. E para começar, queremos pregar o respeito ao corpo da mulher.

Respeito às suas pernas que têm varizes porque carregam latas d'água e trouxas de roupa.

Respeito aos seus seios que perderam a firmeza porque amamentaram seus filhos ao longo dos anos.

Respeito ao seu dorso que engrossou, porque elas carregam o país nas costas.

São as mulheres que irão impor um adeus às armas, quando forem ouvidas e valorizadas e puderem fazer prevalecer à ternura de suas mentes e a doçura de seus corações.

'Nem toda feiticeira é corcunda.
Nem toda brasileira é só bunda.'"

Foto do dia

Fotógrafo: Nick Brandt

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Desabrochar e fenecer








Sempre que recebo fotos de minha netinha, a Marianna, dou-me conta de que está crescendo, deixando de ser o bebezinho indefeso que vi nascer e que, temerosa e plena de cuidados, embalei noites e noites em meus braços. Olho-a e sinto um misto de tristeza e de alegria. Uma sensação quase inexplicável porque o desabrochar dela mais acentua o meu fenecer.

Assim é a vida. Uns morrem para outros nascerem. O que seria do mundo se todos fossem eternos?


Eu já havia escrito neste espaço que a Marianna é ainda mais linda ao vivo do que em fotos. Ratifico isso mil vezes. O mesmo aconteceu com Deise Nunes, a primeira mulher negra a ser Miss Rio Grande do Sul e, depois, Miss Brasil. Assisti a um desfile dela num cockteil oferecido pela H Stern, em que  apresentava  as joias dessa grife. As fotografias eram e são muito aquém da beleza dela, uma das mulheres mais lindas que já conheci. Linda é pouco. À época, era lindíssima e, nas fotos, parecia só bonita. 

Escrevi o pequeno texto acima ao me deparar com este poema, um dos tantos que recitava, de memória, para ilustrar as minhas aulas e mostrar aos alunos o quanto bons versos podem sensibilizar e emocionar.

Poema de Natal

Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

Vinicius de Moraes, poeta e diplomata. O meu poeta predileto.

 No poema acima, Vinícius faz um  retrato daquele que, para muitos, é um evento triste, o Natal, mas que, para mim, é o mais importante, alegre, colorido e feliz evento do ano.

O acima foi foi extraído do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147.

Conheça a vida e a obra do autor em "
Biografias.

O humor do Barão de Itararé


Adoro as frases geniais do *Barão de Itararé. Selecionei algumas. São tantas!

* De onde menos se espera, daí é que não sai nada.

*Mais vale um galo no terreiro do que dois na testa.

*Quem empresta, adeus...

*Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.

* Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.


*Quando pobre come frango, um dos dois está doente.*Cleptomaníaco: ladrão rico. Gatuno: cleptomaníaco pobre.

*Quem só fala dos grandes, pequeno fica.

*Viúva rica, com um olho chora e com o outro se explica.

*Negociata é todo bom negócio para o qual não fomos convidados.

*Mulher moderna calça as botas e bota as calças.

*A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.

*Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.

*Pão, quanto mais quente, mais fresco.


*A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.

*Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.


*Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.

*A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados.

*Adolescência é a idade em que o garoto se recusa a acreditar que um dia ficará chato como o pai.


*Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse com você.

*Há dois tipos de mulheres: as feias e as pintadas.

*Barão de Itararé – pseudônimo irreverente do jornalista gaúcho Apparício Torelli (1895-1971) – é considerado um dos criadores do jornalismo alternativo no país e o pai do humorismo brasileiro. Com os jornais A Manha e Almanhaque, ele ironizou as elites, criticou a exploração e enfrentou os governos autoritários. Preso várias vezes, ele nunca perdeu o seu humor. Itararé é o nome da batalha que não houve entre a oligarquia e as forças vitoriosas na revolução de 1930.

domingo, 24 de abril de 2011

Feliz Páscoa!





   Porque Páscoa é...
Passagem... Mudança...Renascer...
Passar é sair do lugar, da rotina...
         Mudar é transformar...
Trocar uma vida gasta e empoeirada por
        Um modo de ser e de viver...
        Renascer é um recomeçar...
        É “ser de novo”...
De aniquilar a rotina e de recomeçar...
             Por isso "seja de novo"...
        Recomece!
 Agora é o tempo e a hora...
Feliz recomeçar! Feliz libertar-se!
Feliz Páscoa!