domingo, 10 de abril de 2011

A descoberta da vocação


Lendo, num domingo em que o ar emburrado característico do Outono retirou as credenciais do sol, senhor absoluto do Verão, mais uma crônica de Martha Medeiros (Dois em um), impressa no caderno Donna, encartado em ZH, um parágrafo chamou-me a atenção e me remeteu a um episódio que bem pode exemplificar o que M.M. escreveu.

No parágrafo mencionado acima, o que estava  escrito era: “Há na sociedade uma tendência de encaixotar as pessoas e selar uma etiqueta para defini-las. Se você é uma pessoa de cabeça aberta, não lhe perdoarão ser contra o aborto. Se é uma natureba, jamais deverá ser vista tomando uma Coca Cola. Se é respeitada nos meios intelectuais como uma grande pensadora, nem se cogita ouvir de sua boca uma resposta parecida com “não sei”. Tem que saber. É obrigatório confirmar o que o seu rótulo induz a pensarem sobre você.”

Um “não sei” poderá pôr a perder uma carreira sólida. Imaginem se a pessoa articuladora dessa negativa fatídica estiver em começo da caminhada profissional?
Tal parágrafo  me remeteu a um fato que marcou, definitivamente, a minha vida. Embora já o tenha postado aqui, em outro ano, achei de bom termo trazê-lo à baila.

No início de minha trajetória como professora, professorinha "de fresco" (Psiu!, não é o que estão pensando! É um jeito guasco de dizer "novata”), questionada por um aluno sobre quais eram as sete maravilhas do mundo, entrei em pânico. Dizer que não sabia, estaria assinando um belo atestado de incompetência.... Mentir para ele, era a assinatura da desmoralização.

Sabem o que fiz?

Desafiei-o assim:

Se estás me perguntando, tenho certeza de que já sabes a resposta. Dá um show para os teus colegas e vais dizendo o nome delas, na medida em que eu e a turma toda formos contando. Começa! Um...

Não é que o piá sabia todas! Estava só me testando! Foi justo naquele momento que decidi não abandonar o magistério. Nessa data e horário, estava decretada a morte de meu tão acalentado sonho de ser médica.

Vi, naquela hora, que, para ser um verdadeiro educador, o professor precisa , além de saber muito, ter um ótimo "jogo de cintura".

Acho que veio daí a credibilidade e o respeito que gozo junto a meus alunos...

Isso tudo para enumerar as SETE MARAVILHAS.

As Pirâmides do Egito, os Jardins Suspensos da Babilônia, o Mausoléu de Helicarnasso, a Estátua de Zeus, o Templo de Artemisa, o Colosso de Rodes, o Farol de Alexandria.

Em 2007, através de votação online foram eleitos como as oitavas maravilhas do mundo:

. O Cristo Redentor, o Coliseu (Roma), o templo de Taj Mahal (Índia), a Grande Muralha (China).

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