sábado, 10 de janeiro de 2009

Ressurgir

Coisa boa é viver, voltar no tempo, caminhar para frente, corrigir os desvios e se perdoar porque os erros sempre vão acontecer. Maravilhoso é o poder que a palavra tem quando se diz "te amo, perdoa-me, desculpa-me, com licença, estou aqui"! O esplendoroso da existência é saber que cada pessoa, em cada minuto, pode refazer o seu viver como a fênix que renasce das cinzas, mesmo que mitologicamente.

Neste começo de ano, amigos e amigas, sacudam a poeira do ranço que empesta almas, bradem ao vento a magia de estarem vivos e agradeçam as ilimitadas possibilidades de se reconstruírem sempre. Ajam como "se não houvesse amanhã" ou como se estivessem assenhorados do tempo, condutores exclusivos de seu destino, prontos para reiniciar qualquer caminhada. A isso, ao som mental e ao registro dele, chama-se esperança, esse lume invisível que deve ser o condão mágico a iluminar o existir individual.

Sonhem com possibilidades infinitas, façam do impalpável ou do imperceptível a âncora para dar impulso a qualquer idéia acalentada. Não percam de vista o porto seguro que é a certeza de se ter amigos e com eles poder valsar na melodia do afeto. Estendam as mãos para amparar os caídos, sorriam para reascender a alegria dos tristes, acreditem que os pensamentos positivos são capazes de operar milagres e multipliquem os bons desejos para os outros, porque eles retornarão em dobro para quem os desejou...

Não façam parcimônia da alegria, miserabilizem as tristezas e vivam intensamente tudo aquilo que estão dispostos a vivenciar... Barganhem com a sorte e afugentem os maus pensares. Transformem um simples amanhacer numa enorme loteria e distribuam os seus dividendos entre todos os seus afetos. A isso se chama felicidade.

Ofereçam rosas a quem estimam, porque as flores sempre exalam o seu perfume nas mãos de quem as ofertou e deixam doces recordações naqueles que as recebem com euforia. A essas atitudes carinhosas, chama-se amor.


Ignorem as injúrias, os mal-quereres, os diz-que-diz-que, as palavras insensatas, as incontidas revoltas interiores. Afugentem aqueles que nada de bom têm para dizer sobre o outro. Ressaltem o que cada um possui de melhor. Divulguem o que de mais perfeito sabem fazer: a receita de um bolo, um risco de bordado, um bom texto, uma música, o enredo de um filme. Falem, não aprisionem as palavras bonitas e encarcerem os vocábulos ofensivos. A isso, chama-se PAZ.

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