A primeira vez em que tive um texto publicado em Zero Hora, minha emoção foi tão vívida que senti vontade de cantar, falar para as pessoas, amar o mundo inteiro. A felicidade intensificou-se através das ligações recebidas congratulando-me, não só pelo texto por mim escrito, mas por ter acrescido ao meu nome o de minha cidade e o de meu estado. Percebi que, quando se tem a origem publicada, os conterrâneos sentem-se, da mesma forma, prestigiados. Desde aquele momento, comecei a entender que pessoas sensíveis não precisam de muita coisa para se ufanar de seu chão, mesmo que incontáveis situações conspirem contra o senso pátrio. Palavras significativas e gestos concretos despertam-lhes a força imperiosa e telúrica, que lhes deveria ser contumaz e inerente.
É preciso que algo aconteça, uma data importante para que aflore o orgulho de se ter nascido em um determinado lugar e para se perceber que a Pátria não é só um determinante de nacionalidade. É o solo onde se plantam amores, as pessoas com quem se interage, o singelo prazer em se plantar flores, a magia do labor diário, a saudação entusiasmada a desconhecidos mesmo que tímida a resposta, a sensação do dever cumprido, o elogio desinteressado, o abraço caloroso, as despedidas na certeza do reencontro, o não ter que se pedir perdão, as trivialidades encantadoras da vida. Até a pressa que contagia, a vontade em pular etapas para mais rápido se chegar ao almejado, o arrependimento de não se ter tentado, o peso na consciência em burlar a balança na falta de comedimento alimentar, a saudade dos ausentes, a lágrima incontida, o telefonema adiado a amigos e familiares, os deslizes do cotidiano.
São reminiscências e estranhas realidades que fazem o doce sabor da vida. Se um simples texto publicado em grande jornal causa euforia, imagine-se o rufar de tambores anunciando a passagem de escolares desfilando garbosos em homenagem à Pátria, o som de violas e gaitas gemendo vanerões e rancheiras ou o trote de cavalos anunciando a Semana Farroupilha. Numa dança festiva, vislumbre-se cada cidade, cada estado, todo o país ufanando-se por feitos grandiosos de sua gente, pela eliminação das vilanias, pela percepção do povo educado, saudável, seguro, realizado, usufruindo das benesses geridas pelo progresso, sentindo-se orgulhoso de si e de seu país, não apenas no 7 ou no 20 de Setembro, mas em todos os dias.
O que os cidadãos de bem não querem mais é sentir a sua cidade, o seu estado e o seu país como um fardo difícil de carregar e de não encontrarem motivos para festejar. O que se deseja, inspirando-se na emblemática figura de Sepé Tiaraju, na semana dedicada ao Rio Grande do Sul, é poder bradar, com galhardia, “este chão tem dono!” e desejar que o torrão gaúcho retome a condição singular de “celeiro nacional”, desde que cada gaúcho seja um tropeiro do progresso sulino e um novo bandeirante do Brasil.
É preciso que algo aconteça, uma data importante para que aflore o orgulho de se ter nascido em um determinado lugar e para se perceber que a Pátria não é só um determinante de nacionalidade. É o solo onde se plantam amores, as pessoas com quem se interage, o singelo prazer em se plantar flores, a magia do labor diário, a saudação entusiasmada a desconhecidos mesmo que tímida a resposta, a sensação do dever cumprido, o elogio desinteressado, o abraço caloroso, as despedidas na certeza do reencontro, o não ter que se pedir perdão, as trivialidades encantadoras da vida. Até a pressa que contagia, a vontade em pular etapas para mais rápido se chegar ao almejado, o arrependimento de não se ter tentado, o peso na consciência em burlar a balança na falta de comedimento alimentar, a saudade dos ausentes, a lágrima incontida, o telefonema adiado a amigos e familiares, os deslizes do cotidiano.
São reminiscências e estranhas realidades que fazem o doce sabor da vida. Se um simples texto publicado em grande jornal causa euforia, imagine-se o rufar de tambores anunciando a passagem de escolares desfilando garbosos em homenagem à Pátria, o som de violas e gaitas gemendo vanerões e rancheiras ou o trote de cavalos anunciando a Semana Farroupilha. Numa dança festiva, vislumbre-se cada cidade, cada estado, todo o país ufanando-se por feitos grandiosos de sua gente, pela eliminação das vilanias, pela percepção do povo educado, saudável, seguro, realizado, usufruindo das benesses geridas pelo progresso, sentindo-se orgulhoso de si e de seu país, não apenas no 7 ou no 20 de Setembro, mas em todos os dias.
O que os cidadãos de bem não querem mais é sentir a sua cidade, o seu estado e o seu país como um fardo difícil de carregar e de não encontrarem motivos para festejar. O que se deseja, inspirando-se na emblemática figura de Sepé Tiaraju, na semana dedicada ao Rio Grande do Sul, é poder bradar, com galhardia, “este chão tem dono!” e desejar que o torrão gaúcho retome a condição singular de “celeiro nacional”, desde que cada gaúcho seja um tropeiro do progresso sulino e um novo bandeirante do Brasil.
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