terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Dinheiro traz felicidade?

Nem só da relação de gastos e ganhos se constrói uma vida próspera. A abundância de bens materiais, o reconhecimento profissional, o controle das contas do mês estão profundamente ligados a valores como generosidade e desapego.

Como em uma reação de causa e efeito, quando estabelecemos metas menos egoístas e direcionamos nossos talentos para proporcionar bem-estar a outras pessoas, atraímos o que se chama de sorte ou boa fortuna. Que não é nada além de um sinal de que o Universo retribui o que fazemos pelos outros seres humanos.

A associação do dinheiro com a felicidade depende não do quanto dispomos, mas de como usamos e como nos relacionamos com nossos recursos. É claro que uma pessoa de recursos modestos vai ter muitas preocupações, como pagar as contas e a escola dos filhos, mas um rico precisa se proteger por trás de muros, ter carro blindado, seguranças. Segundo essa ótica, um nômade que vive em uma barraca no deserto pode ser muito feliz.


Propósitos que atraem a fortuna
Quanto mais elevadas nossas metas, mais o Universo contribui para nossa realização material. Quem persegue objetivos egoístas dificilmente vai conseguir a colaboração dos outros egos, ou seja, de outras pessoas. Ao contrário, quando desejamos melhorar não só nossa situação financeira mas também a de muita gente, isso faz com que mais energia se mobilize com essa finalidade. Por exemplo, quando penssamos em abrir um negócio que, além de nos dar dinheiro, pode empregar mais gente. Quando temos um propósito útil para o mundo, o mundo sempre arruma um lugar para nós.


A ambição
As crianças indianas fazem uma brincadeira em que colocam um macaco frente a um vidro com amendoins no fundo. Tentando agarrar o maior número possível de amendoins, o bicho enche a mão, mas não consegue fazê-la passar pela boca do vidro. Em sua ânsia, por não querer largar os amendoins, agita-se, bate o vidro e acaba por quebrá-lo e machuca-se.
Esse jogo ilustra a necessidade de controlarmos a ambição até o limite saudável. Precisamos realmente de tudo o que queremos? Não estamos gastando energia correndo atrás de meros símbolos de status ou de algo de que não sentimos a mínima falta? Essa deve ser uma reflexão constante, senão corremos o risco de nos darmos mal na ânsia de obter algo a qualquer custo, como faz o macaco.


Senhores ou escravos do dinheiro
Na Índia, existe uma expressão que mostra a relação entre o ser humano e a vida material: man tan dan. No idioma dos hindus, man quer dizer mente, tan significa corpo, e dan, riqueza. E, ao mesmo tempo, cocheiro, carroça e cavalo. Essa rima ensina que, dependendo do modo como focalizamos as energias mentais e físicas para obter ganhos, podemos dominar ou, ao contrário, ser dominados pelo materialismo. Assim como o cocheiro tem que conduzir a carroça, precisamos observar o tempo todo como nossa mente conduz nossas ações com o objetivo de obter riquezas. O perigo é a inversão do man tan dan, quando existe o risco de deixarmos a ganância, o apego e a sede de consumo controlarem nossa vida.

O desapego
Temos que saber encontrar o verdadeiro equilíbrio, a sensação de segurança, de suficiência dentro de nós mesmos e não externamente. Se depositamos todas as nossas expectativas em uma aquisição, em um bem material, ou em qualquer coisa fora de nossos próprios recursos interiores, caso isso falhe ou acabe, perderemos nossa estrutura. No dicionário, o significado do verbo apegar é estar agarrado, preso, colado a algo ou alguém. Mas isso se revela inútil, principalmente hoje, quando vivemos em uma época de transformações tão rápidas e drásticas, em que precisamos nos sustentar sobre nossas próprias bases.


A realização profissional
A satisfação interior e a sensação de realização dependem do equilíbrio entre ser, fazer e ter. Esse caminho começa no ponto em que sabemos quem somos e o que queremos de verdade, passa pela possibilidade de exercermos efetivamente nossos dons e talentos e culmina na satisfação de recebermos em troca de nossos talentos algo que consideramos justo. Alguém só consegue experimentar a realização plena quando consegue expressar quem é naquilo que faz.


Reconheça seu próprio valor
A conquista de sucesso e a satisfação material dependem também de reconhecermos e apostarmos em nossos talentos e méritos. Alguém que, mesmo inconscientemente, considere-se limitado ou acredite que não mereça ganhar dinheiro, mobilizará esse tipo de vibração em torno de si. A forma como ‘carimbamos’ a nós mesmos é a forma como os outros irão nos identificar logo de cara. Ao definirmos, com clareza, os dons que temos a oferecer ao mundo, tudo em volta se organiza para aproveitar esses benefícios. Em conseqüência, as outras pessoas percebem e reconhecem nosso valor.

(Fonte: Vida Perpétua)

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