terça-feira, 24 de abril de 2012

Coisas que só Nívia Andres sabe dizer



Olá, Arlete! Tudo bem?

A Martha Medeiros é uma intérprete maravilhosa do que sentimos e nem sempre conseguimos expressar em palavras. Conta a vida cotidiana com maestria e sensibilidade. A frase final é de uma força poética inacreditável. Imediatamente lembrei dos versos de Antônio Augusto Ferreira na canção "Alma de Poço", em parceria com Vinícius Brum, em que ele fala: "Que me importa o sol na cara se a alma não amanhece?"

Veja como são belos os versos de Antônio Augusto Ferreira:

Alma de Poço

Madrugada mais lubuna mateio desprevenido
Tenho andado mal dormido com paixões demais pra um
Os meus olhos tresnoitados se voltam mesmo pra dentro
A vida põe sal na boca e o mate não mata a sede

Querência fica distante mesmo andando dentro dela
Que me importa o sol na cara se a alma não amanhece?
Não quero sonhar de novo renascer não vale a pena, ai
Alegria pouco importa quando a vida anda pequena, ai

Solidão bate no rancho já me sabe mais covarde
Vou cultivando um silêncio que vai florescendo à tarde

(Ai, ai, ai... de mim, corpo de moço,
Jeito de rio
Ai, ai, ai de mim, alma de poço,
Peito vazio
Ai, ai, ai... de mim, corpo de moço,
Jeito de rio)

Abraço,

Nivia

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