Focando a intervenção americana no Vietnã, tornou-se, com o passar do tempo, uma das mais ousadas e inteligentes visões sobre a(s) guerra(s), em que o conflito específico do Vietnã serve de pretexto para uma alegoria universal sobre a interrogação inicial da violência e sobre a loucura homicida do homem.
Se o filme, na sua visão global, atinge o nível de epopéia bélica, também a história da sua rodagem apresenta momentos épicos: foram 14 meses de isolamento nas Filipinas; houve tufões e chuvas torrenciais, além de inundações e destruição de cenários por várias vezes, toda a equipe sofreu uma epidemia de disenteria e Martin Sheen, o protagonista, sofreu um ataque de coração.
Coppola perdeu cerca de 30 quilos e Marlon Brando, pelo contrário, estava tão obeso que era necessário filmá-lo de longe, na sombra, ou em breves planos do rosto.
"Apocalipse Now, repito-o, foi quase o meu apocalipse pessoal. Nele deixei um pouco da minha saúde, muita da minha inspiração. Tive, por momentos, a impressão de estar num impasse"
Durante a sua apresentação no Festival de Cannes, em 1979, Coppola disse que o filme não era sobre a guerra - era a própria guerra.
Para os amantes de um filme bem feito, a chance é ver ou rever Apocalypse Now Redux, mesmo na telinha da TV.
Para motivá-los a assitirem a essa obra-prima, apresento-lhes um resuminho do filme que compilei da revista Veja:
"Durante a Guerra do Vietnã, o Capitão Willard (Martin Sheen) percorre o rio Mekong, em território inimigo, para localizar o Coronel Kurtz (Marlon Brando), que instalou uma república de selvageria no Camboja. O espectador, então, adentra uma obra-prima feita com ambição e com um brilhantismo que simplesmente não existem mais no cinema americano."
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