Pelo que já me disse com seu sotaque de anjo, percebo que você me considera uma criança grandona e desajeitada e me acha, mesmo assim, uma de suas melhores companheiras de brinquedos. Pena que tenhamos tão pouco tempo para brincar. Tão pouco porque eu só sei brincar de passado, e você só sabe brincar de futuro, e ainda estarei brincando de recordação quando você começar a brincar de esperança.
Mas antes que termine o nosso recreio juntas, antes que eu me torne apenas um retrato na parede, uma referência de meu genro ou até uma lágrima de minha filha, quero lhe dizer, minha neta, que vale a pena. Vale a pena crescer e estudar. Vale a pena conhecer pessoas, ter namorados, sofrer decepções e, a despeito de tudo isso, também, por causa de tudo isso, ir renovando todos os dias a sua fé e a sua bondade essencial da criatura humana e seu deslumbramento diante da vida.
Vale a pena casar e ter filhos. Filhos esses que nos escravizam com seu amor. Vale a pena viver nesses assombrosos tempos modernos, em que milagres acontecem ao virar de um botão, em que se pode telefonar da Terra para a lua, lançar sondas espaciais, máquinas pensantes à fronteira de outros mundos, e descobrir, na humanidade, que toda essa maravilha tecnológica não consegue, entretanto, atrasar ou adiantar um segundo a chegada da primavera.
Vale a pena, minha neta, mesmo quando você descobrir que tudo isso que estou tentado lhe ensinar é de pouca valia, porque a teoria não substitui a prática, e cada um tem que aprender, por si mesmo, que o fogo queima, que o vinagre amarga, que o espinho fere e que o pessimismo não resolve rigorosamente nada. Vale a pena até mesmo envelhecer como eu, e ter uma neta como você, que me devolveu a infância. Vale a pena ainda que eu parta cedo e a sua lembrança de mim se torne vaga. Mas quando os outros disserem coisas boas de sua avó, quero que você diga de mim simplesmente isso:
Mas antes que termine o nosso recreio juntas, antes que eu me torne apenas um retrato na parede, uma referência de meu genro ou até uma lágrima de minha filha, quero lhe dizer, minha neta, que vale a pena. Vale a pena crescer e estudar. Vale a pena conhecer pessoas, ter namorados, sofrer decepções e, a despeito de tudo isso, também, por causa de tudo isso, ir renovando todos os dias a sua fé e a sua bondade essencial da criatura humana e seu deslumbramento diante da vida.
Vale a pena casar e ter filhos. Filhos esses que nos escravizam com seu amor. Vale a pena viver nesses assombrosos tempos modernos, em que milagres acontecem ao virar de um botão, em que se pode telefonar da Terra para a lua, lançar sondas espaciais, máquinas pensantes à fronteira de outros mundos, e descobrir, na humanidade, que toda essa maravilha tecnológica não consegue, entretanto, atrasar ou adiantar um segundo a chegada da primavera.
Vale a pena, minha neta, mesmo quando você descobrir que tudo isso que estou tentado lhe ensinar é de pouca valia, porque a teoria não substitui a prática, e cada um tem que aprender, por si mesmo, que o fogo queima, que o vinagre amarga, que o espinho fere e que o pessimismo não resolve rigorosamente nada. Vale a pena até mesmo envelhecer como eu, e ter uma neta como você, que me devolveu a infância. Vale a pena ainda que eu parta cedo e a sua lembrança de mim se torne vaga. Mas quando os outros disserem coisas boas de sua avó, quero que você diga de mim simplesmente isso:
''Minha avó foi aquela que me disse que valia a pena. E não é que ela tinha razão!?''
Aproveitei a temática para evidenciar o quanto estou feliz com a presença de minha netinha, a Marianna, de meus filhos Daniella e Vinícius e de minha irmã Aloísa aqui em casa. Estão sendo dias e noites da mais completa felicidade!
Aproveitei a temática para evidenciar o quanto estou feliz com a presença de minha netinha, a Marianna, de meus filhos Daniella e Vinícius e de minha irmã Aloísa aqui em casa. Estão sendo dias e noites da mais completa felicidade!
(Ah! Segundo a autor da mensagem, quem o escreveu foi Flávio Cavalcanti. Será?
Fiz algumas adaptações ao texto. Como tudo que navega na internet vira uma espécie de "cão sem dono", acredito que o seu verdadeiro autor não se incomodará. Muito. Espero!)
Em lágrimas leio este texto, só que desta vez junto a ti, bem do ladinho, como sempre gostamos de estar!
ResponderExcluirNesse momento só gostaria que a Marianna soubesse ler, mesmo ela não sabendo,ela sabe amar e o melhor sentir o amor que tu sentes por ela!
Amamos estar juntas a ti!!!bEIJOCAS....Ou melhor vou aí na cozinha aonde está cheirando uma deliciosa sopinha que está fazendo para nós, e beijar-te pessoalmente!!!
Beijão!!
Dani
Arlete,lindo em todos os sentidos o texto,mas a neta rouba a cena,é muito linda e vaidosa,cheia de pulseiras, e os olhos uma pintura,parabéns aos pais e avós. Um bom domingo.Cai Palocci já.
ResponderExcluirFilha amada!
ResponderExcluirOs dias em que estamos juntas estão se transcorrendo de forma quase mágica. Ouvir as palavras e as frases articuladas pela Marianna e ouvir a risada dela pessoalmente ganha olhares extasiados e inesquecíveis. Tudo o que vejo e ouço a partir dela, vou registrando para emoldurá-los num lugar muito especial do coração.
Quanto a ti, com a chegada da Marianna, te transformaste em uma filha ainda melhor! Agradecer-te por mais esta oportunidade é mínimo para sentires o quanto geras em mim alegria e felicidade indescritíveis.
Amigo querido! Precisei respnder-te como "anônimo" porque estou tendo inúmeros problemas com este blog.
ResponderExcluirConcordo inteiramente com a beleza da Marianna e, agora que já articula frases completas e se encanta com tudo e com todos fica ainda muito mais linda. A garotinha é encantadora, adorável, maravilhosa, única. Ter o privilégio de assistir a tudo isso está sendo sensacional.
Um abração.
Arlete