sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Marcos Valério é preso em MG por grilagem de terras

É por esta e por outras que a corrupção no Brasil jamais terá fim. Uma vez ladrão, sempre ladrão.

Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, foi preso na manhã desta sexta-feira (2) em Belo Horizonte, Minas Gerais. De acordo com a Polícia Civil, além dele, ao menos outras 14 pessoas tinham sido detidas até por volta das 8h30 em cumprimento de mandados expedidos pela Justiça da Bahia.

Marcos Valério deixa delegacia em Belo Horizonte, de onde segue para o IML. (Foto: Reprodução/TV Globo)

Marcos Valério deixa delegacia em Belo Horizonte, de onde segue para o IML. Ele deve ser transferido preso para a Bahia ainda nesta sexta-feira (2). (Foto: Reprodução/TV Globo)

Os detidos são suspeitos de envolvimento em grilagem de terras. O advogado Marcelo Leonardo, um dos defensores de Marcos Valério, disse ao G1 que, até pouco antes das 9h, não tinha conhecimento do teor da acusação, mas acreditava que a prisão é ilegal.

Batizada de "Operação Terra do Nunca", a ação é realizada em três estados e tem como meta cumprir 23 mandados de prisão preventiva. Os pedidos de prisão apontam envolvimento dos suspeitos na "aquisição de 'papéis públicos', para a 'grilagem' de terras, ocorrida no município de São Desidério, Oeste da Bahia".

A investigação da Polícia Civil foi iniciada após
reportagem veiculada no Jornal Nacional em 1º de julho de 2005. (Veja abaixo)
São Desidério, Bahia (Foto: Arte/G1)

As investigações comandadas pelo delegado Carlos Ferro apontam o envolvimento de advogado, latifundiários, empresários, serventuários da Justiça. Os inquéritos em tramitação na Bahia apontam o envolvimento dos suspeitos em "falsificação de documento público", "falsidade ideológica", "corrupção passiva" e "corrupção ativa".

Entre as prisões realizadas no começo da manhã, quatro foram realizadas em Minas Gerais, uma em São Paulo e outras 10 prisões ocorreram na Bahia, na cidade de Barreiras.

De acordo com o delegado Carlos Ferro, Valério deu como garantia em duas ações de execução, terras que não existem em São Desidério. Isso teria ocorrido durante o processo do mensalão, segundo o delegado. Ferro afirma que a primeira foi uma ação civil, originária em Brasília, de uma empresa da publicidade, no valor de R$ 2 milhões; a segunda foi de execução por dívida para com a Receita Federal, no valor de R$ 158 mil, em julho de 2010.

Ainda segundo o delegado, Valério deu cinco fazendas como garantia, mas a irregularidade foi descoberta após consulta da Procuradora de Justiça de Minas Gerais sobre a veracidade da documentação e das terras. Ao investigar, o delegado afirma que descobriu que as propriedades só existem no papel e, por isso, Valério é também acusado de adquirir terrenos de forma fraudulenta e de falsidade ideológica.

Denúncia de grilagem
A investigação da Polícia Civil foi iniciada após uma reportagem veiculada no Jornal Nacional no dia 1º de julho de 2005. O repórter José Raimundo visitou junto com um oficial de Justiça duas fazendas registradas em nome da empresa DNA Propaganda, de Marcos Valério, no municipio de São Desidério.

As propriedades estavam penhoradas para pagamento de uma dívida na Previdencia Social. Juntas, as fazendas tinham sete mil hectares e, segundo o oficial de Justiça, estavam avaliadas na época [2005] em R$ 2 milhões. Elas foram adquiridas, em janeiro 2002 por R$ 200 mil.

Segundo as investigações, um dos sócios de Marcos Valério nas fazendas era Daniel da Silva Freitas, que morreu no mesmo ano da compra das propriedades. Daniel Freitas era sobrinho do ex-vice presidente da República José Alencar.

Parece mentira, mas esse larápio é admirado por significativo número de partidários do PT, aquele partido que era contra tudo e todo o tipo de falcatrua praticado no Brasil. Quem diria! Isso é uma vergonha!
Fonte: Globo.com

2 comentários:

  1. Arlete/ prazer em saber que és este sucesso no gramatiquez. Inveja boa ! jamais aprendi ! Escrevo adoidado. Ré confessa ! Para mim quem sabe gramatica é um SER SUPERIOR. Prefiro dizer que o alfabetizado é quem sabe interpretar, mas vejo que acentuação,pontuação e todas as alegorias do idioma são extremamente necessários para que nós, que publicamos, não sejamos erros ambulantes a procura de leitores incautos. parabéns. Meu word ambulante não é bom mas me quebra galhos. Não sei quando passei a odiar a gramática. Nem Freud explica. Abraço grande. Agora és minha idala e vou te acompanhar sempre. marilene Garcia

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  2. Olá Marilene!
    Fiquei honradíssima com o teu efusivo comentário e a tua visita a este meu espaço. Embora tu não o saibas, sou tua "ídala" também há longo tempo e, entusiasticamente, venho acompanhando a tua trajetória de sucesso. O meu encantamento por ti iniciou quando tu eras uma garotinha e te apresentaste no Círculo Militar, recitando "E Agora José?" A tua interpretação foi tão esplêndida e comovente, que me fez gostar de ler textos em verso e me dedicar ao estudo dos poetas brasileiros. Naquela época, tinha alguma simpatia pelos franceses como Baudelaire, Vigny, Lamartine, La Fontaine, Ronsard, Aragon, para citar os que mais gosto até hoje. Depois que te vi lindamente interpretando Drummond, passei a ler todo o tipo de sonetos e poemas . Tua fã, também fui (e sou) não só pela irreverência, pelo teu jeito agridoce de dizeres verdades, pelo modo como te vestias, pela coragem evidenciada em que tudo era “feio”, período dominado pelo “não pode”, mas também por teres enfrentado tantos tabus numa época em que Santiago era tacanha, preconceituosa e excludente.
    Quanto a dizeres que não dominas a gramática lusa é pura modéstia, se eu tomar como base os teus maravilhosos escritos: impecáveis, criativos, lindos. O teu “Xirua” criou asas e tem voado muito, prova de que tanto o livro como a autora são excelentes.
    Reitero o que escreveste no meu e passarei a visitar-te em teu blog também.
    Um carinhoso abraço.

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