Uma história parecida vivi com o meu filho primogênito, o Rodrigo. Disposta a não criar mitos na cabecinha dele, quando tinha quatro anos, resolvi contar que Papai Noel não existia. Furioso, aos berros o menino dizia: “Existe, sim! Eu v i ele numa loja!”
Resoluta a desmistificar essa fantasia de Natal, argumentei a ele que o bom velhinho era um recurso utilizado pelas lojas para venderem mais e fazerem as crianças bobas acreditarem nele.
Mais furioso ainda, o garotinho se saiu com esta dura verdade: ” Boba é tu, porque eu queeeeeeero acreditar no Papai Noel! Eu queeeero!”
Fazer o quê?
Aprendi a lição, pois eu não tinha o direito de lhe roubar esse sonho. Com os outros dois, o Vinícius e a Daniella, não cometi o mesmo erro. Deixei que eles próprios descobrissem que tudo não passava de uma doce e terna fantasia de Natal. Coerente com meus princípios, jamais contratei papais-noéis para animarem a nossa festa natalina. Se eles me perdoaram por nunca ter lhes dado essa alegria, nunca soube e também jamais lhes perguntei. A resposta deles poderia ser a que eu não gostaria de ouvir...
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