sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Gentilezas virtuais


Por encontrar dificuldades técnicas para manusear este instrumento virtual, muitas pessoas sentem-se inibidas em deixar comentários sob minhas postagens. Outras, menos afoitas a esse tipo de atividade (fazer comentários em blogs), ou por que o Blogger está impondo alguns empecilhos, notificam-me de que fica difícil de ler o que escrevem e identificar onde está a resposta a seus escritos. A maioria destes, verdadeiras obras de arte, literatura genuína. Por todos esses aspectos, sou induzida a dar maior visibilidade ao que me escrevem.

Foi o que aconteceu com a santiaguense Marilene Garcia, poetisa conhecida nacionalmente como Xirua (assim mesmo com X, opção dela). Autora de livros como XIRUA com X e NUA & CRUA,  Marilene foi uma das expositoras da 13ª Feira do Livro de Santiago.

Leiam, pois, o que ela e eu nos escrevemos.

"Arlete/ prazer em saber que és este sucesso no gramatiquez. Inveja boa ! jamais aprendi ! Escrevo adoidado. Ré confessa ! Para mim quem sabe gramática é um SER SUPERIOR. Prefiro dizer que o alfabetizado é quem sabe interpretar, mas vejo que acentuação, pontuação e todas as alegorias do idioma são extremamente necessárias para que nós, que publicamos, não sejamos erros ambulantes a procura de leitores incautos. Parabéns. Meu word ambulante não é bom, mas me quebra galhos. Não sei quando passei a odiar a gramática. Nem Freud explica. Abraço grande. Agora és minha ídala e vou te acompanhar sempre.

Marilene Garcia

A minha resposta:

Olá Marilene! Fiquei honradíssima com o teu efusivo comentário e a tua visita a este meu espaço. Embora tu não o saibas, sou tua "ídala" também há longo tempo e, entusiasticamente, venho acompanhando a tua trajetória de sucesso. O meu encantamento por ti iniciou quando tu eras uma garotinha e te apresentaste no Círculo Militar, recitando "E Agora José?" A tua interpretação foi tão esplêndida e comovente, que me fez gostar de ler textos em verso e me dedicar ao estudo dos poetas brasileiros.

Naquela época, tinha alguma simpatia pelos franceses como Baudelaire, Vigny, Lamartine, La Fontaine, Ronsard, Aragon, para citar os que mais gosto até hoje. Depois que te vi lindamente interpretando Drummond, passei a ler todo o tipo de sonetos e poemas. Tua fã também fui (e sou) não só pela irreverência, pelo teu jeito agridoce de dizeres verdades, pelo modo como te vestias, pela coragem evidenciada quando tudo que se fazia era “feio”, em período dominado pelo “não pode”, mas também por teres derrubado tantos tabus numa época em que Santiago era tacanha, preconceituosa e excludente.

Quanto a dizeres que não dominas a gramática lusa é pura modéstia, se eu tomar como base os teus maravilhosos escritos: impecáveis, criativos, lindos. O teu “Xirua com X” criou asas e tem voado muito, prova de que tanto o livro como a autora são excelentes. Reitero o que escreveste no meu e passarei a visitar-te em teu blog também.

Um carinhoso abraço.

Arlete

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