segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Os novos nomes dos substantivos


É notório que, para evitar o preconceito e ser preso por discriminador, mudaram-se muitos nomes indicativos de raças, relacionamentos, atitudes, não se pode mais usar certas palavras como negro, velho, amante ( que já foi teúda e manteúda e amásia).

Hoje, amante é namorida, velho virou idoso ou ser da feliz idade (feliz? Bota otimismo nisso!), negro é afrodescendente, gordo é obeso, prostituta é garota de programa, doméstica é "minha secretária" e por aí vai. Já imaginaram se a moda pega e exigirem que se troquem os nomes de obras, de poemas?

Vejam como ficariam:

O "Navio Negreiro" chamar-se-ia de "O Navio Carregado de Gente de Cor".

O "Negrinho do Pastoreio" será o "O Afro-americaninho do Pastoreio".

"As Notas de um Velho Safado" de Charles Bukowiski será "As Notas de um Indivíduo de Idade Avançada sem Compostura".


O famoso livro de José Saramago "Ensaios sobre a Cegueira" virará "Ensaio sobre o Desprovimento da Capacidade Visual".

O famoso bolo "Nega Maluca", segundo o José Azolin, um garotão adorável que foi meu aluno e hoje é um avô pra lá de bonitão, ficará assim:  bolo "Afrodescendente com distúrbios neuro psiquiátricos".

Desculpem a brincadeira, mas lendo, vendo ou ouvindo sobre a roubalheira que assola o país, só rindo de coisas triviais mesmo. Quem sabe, um dia, as flores crescerão no deserto. Tenham um BOM DIA!

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