domingo, 21 de outubro de 2012

O outro final da Avenida Brasil: o sarro!


 



Se eu tivesse o poder de reescrever o fim de uma novela de tamanha audiência como Avenida Brasil, provavelmente, daria um final inusitado e bem hilário para alguns personagens que participaram do último capítulo.

Sobre Cadinho e as três mulheres “gigolôs-fêmeas”:

Depois que Noêmia, Alexia e Verônica estivessem morando com o Jimmy, achando-se seguras, na maior das mordomias e detentoras de cartões de crédito bem polpudos, Cadinho revelaria a elas que nunca fora roubado pelo fiel secretário. O que houve, foi uma farsa para testar se era, realmente, amado por elas. Combinara com o secretário para fingirem que este lhe roubara toda a sua fortuna. No ínterim, procuraria uma mulher que o amasse de verdade.

Retomando o controle dos negócios, deixaria as três bruxas a ver navios. Pobres e, como não sabiam fazer nada, a não ser sexo, terminariam no bordel da Maria Machadão, que, sem explicação nenhuma, foi figurar na novela das nove. (Sentir-me-ia vingada por tanto acinte à moral e aos bons costumes!) Terminaria se casando com a Ivana, (que continuaria a falar ainda mais bobinho e ininteligível para que Cadinho se mantivesse sempre ocupado, tentando decifrar o nhem nhem dela. Com essa preocupação, não lhe sobraria muito tempo para se envolver com outras mulheres).

Lucinda:

Ao sair da cadeia, iria ao banco, retiraria a fantástica fortuna que encontrara escondida na casa de Santiago (o dinheiro do patrimônio da mulher dele) e que surrupiou como compensação por ter sido condenada pelo crime que não cometeu. (Ladrão que rouba ladrão...). Por ter solicitado a Cadinho que investisse a grana em bolsas de valores altamente rentáveis, conseguiu aumentar, às alturas, os investimentos. Com a dinheirama, compraria uma mansão muito maior que a do Tufão, decorada com extremo bom gosto, conforto e beleza. Nela, acolheria todas as crianças do lixão. Como estaria bem rica, faria plástica, lipoaspiração, pintaria o cabelo, cortaria o cabelão (ridículo para uma velhota como ela)faria um penteado lindo, que a deixaria com feições de garotinha e se casaria com o Leleco, o gostosão.

Carminha:

Só para me compensar dos grunhidos dela, ficaria presa, sem tempo para sair. (Não é isso que acontece com homens e mulheres que não têm dinheiro para pagar um bom defensor?) Como o advogado dela pediria exclusão do caso, ninguém se lembraria de tirá-la da cadeia.

Tufão:

Terminaria como técnico do Divino Futebol Club, transformando-o em campeão do Campeonato Brasileiro. Pediria um tempo para Monalisa porque achava os doze anos de espera desta um prazo muito curto para assumir uma relação formal. Com medo de ser traído mais uma vez, alegaria que preferiria ficar algum tempo sozinho. (Seria o meio encontrado por ele para se purificar por ter sido traído dentro da própria casa, na própria cama e nunca ter percebido nada e nem ouvido a gritaria infernal que o Max e a Carminha faziam no quarto do casal (ops! dele, do Tufa). Até pensou em se livrar da parentagem para alugar a mansão para cultos religiosos de mais uma igreja do Edir Macedo. Tomado pelo contumaz remorso, voltou atrás da decisão.

Nina:

Voltaria para a Argentina, porque, no Brasil, as multas por excesso de velocidade, que imprimira à lambretinha com que voava por todos os lugares, tornaram-se uma soma vultosíssima e impagável. Lá, montaria um finíssimo restaurante. Ficaria sozinha também para aprender a não se meter tanto na vida dos outros e ter amealhado tanto dinheiro (o do falso sequestro da Carminha e o da herança do pai). (O desterro seria pouco para puni-la por ter deixando escapulir verdadeiras fortunas e nem ter se importado em recuperá-las).

(Imaginem se isso seria possível em alguém tão sedento por justiça e investigativo como ela. Não andava na lambretinha com mais velocidade que os carros da polícia? Não encontrava, num zapt zupt, os lugares onde Carminha e Max se escondiam? Não adivinhava as conversas mantidas por Ivana ao telefone com Max? Não saía do emprego a hora que bem entendia, deixando as comidas fervendo no fogão e que jamais queimavam?). Além de fazer passes de mágica com a comida, resolvia os problemas mais impossíveis e retornava para servir a comilança, sofisticada e variada, sem se atrasar um segundo sequer?)

Nem o Mister M (aquele mágico desgraçado que tirou o encanto das mágicas, abrindo o bico para as TVs!) saberia explicar como Nina fazia tanta coisa ao mesmo tempo e em tempo tão curto.

Jorginho:

Não permitiria que ele se casasse com a Nina. (Mulher nenhuma deixaria um homenzão daqueles esperando que ela se vingasse da madrasta má). Transformá-lo-ia num famoso e rico jogador de futebol e o faria se casar com a Xuxa. (No lixão, sonhava em ser garoto xuxete. A Nina sabia desse sonho dele e esse poderia servir como outro bom motivo para ela ir viver entre os castelhanos). Seria convidado para ser padrinho dos filhos gêmeos da filha da Verônica (como era mesmo o nome dela?) com o filho da Monalisa (e o nome dele?). Morto de inveja porque a Xuxa não engravidava de um filho dele, não aceitaria a padrinhagem.

Muricy:

Mulher fogosa, chegada a homem mais jovem, apaixonar-se-ia pelo Roni e o transformaria num homem bem viril. Faria o gajo romper a amizade colorida com o colega jogador e exigiria que se divorciasse da Suelen. Casaria na igreja de vestido, véu e grinalda branquinhos da silva. De quebra, o aio seria o Adauto, que iria à cerimônia portando a chupeta e tudo a que teria direito por ter sido chifrado por ela.

Monalisa:

Desiludida por ter sido rejeitada, mais uma vez, por Tufão, iria para os Estados Unidos. Lá montaria uma cadeia de salões de beleza. Ficaria podre de rica e se casaria com o Brad Pitt. Em todos os anos, no Natal, enviaria ao ex-cornudo um cartão do Natal, escrevendo (nos parênteses) os números intermináveis que representavam o capital adquirido nos states.

Silas:

Depois que o filho da Suelen nascesse, bem rechonchudinho, mulato e careca, Silas decidiria assumir-lhe a paternidade. Enternecido com o "presente" de grego, convidaria a periguete para ser garçonete no bar dele, contando com ela como um atrativo a mais para o seu bar. Recusar-se-ia a se casar com ela. (Se não era casado, não era corno! Roubaria essa deixa de “Gabriela” e faria o Silas repetir isso a torto e a direito). Se alguém abrisse a boca e ele desconfiasse que seria chamado de corno, dê-lhe a cantilena…

O resto das personagens?

Terminaria conforme a vontade do autor. Ou me comprometeria em dar continuidade à novela com este título "criativo": Avenida Brasil, o retorno. Ahahahah!

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