domingo, 15 de janeiro de 2012

Se a educação fosse prioridade...


Adorei este artigo publicado dia 12 de janeiro, em Zero Hora. Concordo com tudo o que este notável cidadão escreveu.

Leiam e me digam se não está, na relexão dele, a saída para o resgate da EDUCAÇÃO?

"Se a educação fosse prioridade, deixaria de ser moeda de troca nas negociações político-partidárias. A Secretaria de Educação seria extinta, e, no seu lugar, criaríamos uma nova instituição, à semelhança do Ministério Público, do Poder Judiciário ou do Exército. Seria um corpo profissional, dirigido exclusivamente por membros da própria instituição. A exata personalidade jurídica ainda seria estudada. Por via de consequência, as delegacias regionais, com seus malfadados CCs (Consciências Compradas), seriam extintas também, impedindo-se qualquer ingerência eleitoral. Em seu lugar, nasceriam diretorias distritais, sem muita burocracia, para aproximar os problemas de suas soluções.

Os alunos seriam exigidos a dar o seu máximo. Os melhores seriam transferidos, com toda assistência, para as melhores escolas das regiões, fossem elas públicas ou privadas. Dar-se-iam aos mais inteligentes as melhores condições. Desse modo, haveria uma grande possibilidade de gerarmos diferenciais competitivos para o nosso desenvolvimento sustentável.

Também deixaríamos de lado essa linda palavra (que eu amo) – professor – e usaríamos esse ascético – trabalhador em educação (que eu detesto). Há uma pequena vantagem na troca. Professor traz uma aura de santidade e respeito. É duro maltratar um mestre. Como ensino de qualidade exige um profissional de alto nível, pago de acordo com seus méritos, os trabalhadores enganadores, os desmotivados, os incompetentes seriam simplesmente demitidos.

Quase 100% da verba para obter-se esse elevado padrão de qualidade seria destinada aos salários de quem ensina e ao provimento das necessidades das escolas. Se, em determinado momento, as pessoas se considerassem estressadas e sem condições de lecionar, seriam transferidas para outros órgãos da administração pública e aproveitadas em outras funções, até completarem seu tempo de serviço para aposentadoria.

Se educação fosse prioridade, os deputados teriam sempre em mente a maioria silenciosa, que não tem tempo para lotar galerias, e que seria o alvo maior de todas as mudanças. Gente como aquele agricultor que todos os dias, seja domingo, seja feriado, alimenta seus animais, ordenha suas vacas e paga imposto.

Mas isso tudo, apenas se quiséssemos mesmo que nossas façanhas servissem de exemplo a toda terra e se a educação fosse prioridade..."

LUIZ FERNANDO ODERICH, PRESIDENTE DA ONG BRASIL SEM GRADES - ZERO HORA 12/01/2012

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