sexta-feira, 13 de julho de 2012

A magia de criar personagens



Bom dia, queridos e queridas!

Andava afastada deste espaço por completa falta de tempo. Hoje, acordei inspirada e escrevi um conto lindo. O que justifica os escritinhos abaixo.

Escrever contos de amor requer sensibilidade para revelar, ferir e esquecer, porque amar significa viver intensamente todos os humores, todas as paciências, calar muitas vezes, gritar em horas inapropriadas. Dar vidas a personagens exige criatividade e compulsão, acima de tudo soltar as rédeas da imaginação, porque, uma vez nascidas, essas criaturas imaginárias ganham vida através de meus dedos e do que vai surgindo em minha mente, entidade rebelde também.

Depois, soltam-se e elas próprias vão se dando vidas, moldando os seus jeitos de falar, vestir, agir, amar e odiar. Ficam rebeldes e caminham sozinhas, correndo pelos teclados da mente e do computador como se quisessem pular da telinha do visor e se apresentar na vida real.

Tornam-se tão livres, que preciso dar-lhes um tempo para não agirem com tamanha compulsão e raiva. Retomo a escrita e as personagens apresentam-se ainda mais livres. Com elas e através delas, constato que a única liberdade de que, realmente, dispomos, é a liberdade de pensar. Na mente, somos reis e rainhas, seres pecaminosos e inocentes, virginais e pornográficos. Podemos ser ricos sem sermos arrogantes, pobres sem perder a dignidade. Nos pensamentos, podemos ser tudo e nada…

As personagens de meu primeiro livro, que provisoriamente apelidei de “Pássaros da noite”, às vezes, parecem-se com pessoas saídas da realidade; outras, fugidas dos gibis, são seres diabólicos, inaceitáveis na conduta corriqueira, mas que têm os contornos das grandes heroínas e a fragilidade dos seres de carne e osso.

A maior intenção de homens e mulheres que povoarão o meu livro é que o leitor e a leitora, durante a leitura, encantados se digam: esta (este) sou eu, assim gostaria de ser, conheço alguém assim, Ah! Se eu tivesse uma irmã, uma amiga desse jeito! Ou, não queria este ou esta personagem nem como inimiga.

A maior intenção, no entanto, é que o livro sirva a quem o ler como um exorcista dos demônios interiores e sacie os desejos escondidos até inconfessáveis, porque o mundo único da literatura permite aos simples mortais virarem seres espetaculares.

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