segunda-feira, 2 de julho de 2012

As asas de nossos filhos




Para homenagear a minha filha Daniella, que está selecionando a melhor escola para matricular a sua filhinha, escrevi o texto abaixo. Já tendo passado por essa etapa e motivada no que ela desabafou: “então... coragem... para ela começar a encarar o mundão que ela tem pela frente e pedir para meus anjinhos que o mundo dela seja tão bom e tão bom mesmo como foi o meu”, senti vontade de registrar esse lindo momento.

Quando os nossos filhos vão para a escola pela primeira vez, apossa-se de nós, as mães, uma sensação estranhíssima. Algo como se alguém estivesse nos dizendo: “as asas deles estão pedindo para voar” e a voz de nosso coração, num laivo de egoísmo bom, nos sussurrasse: prende-os, protege-os das maldades do mundo. Não os deixa irem!”

Aos poucos, vamos agregando o mundo dos filhos ao nosso. Tudo o que de bom lhes acontece é vitória redobrada para as mães. O que lhes ocorre de ruim, mesmo que superficial, gruda em nós como se facas muito afiadas nos arrancassem pedaços do coração. Com que caudal de lágrimas vivenciamos cada conquista deles… Com que fúria os repreendemos por algum malfeito. Depois nos arrependemos e choramos, e lamentamos as palavras ferinas articuladas no momento inadequado e, para recompensá-los, premiamo-los com carinhos e presentes.

Corações voláteis, as mães esquecem o que de bom ou ruim fizeram aos filhos. Estes, não! O bem e o mal se incorporam neles de tal forma que pode modificar os seus destinos. Então, vibramos com o sucesso e com as alegrias, sofremos com as dores e os fracassos de nossos filhos como se tivéssemos feito muito pouco para ajudá-los a vencer.

Nós, as mães, somos assim: anjos e santas, madrastas e bruxas. É justamente essa mistura de condições que faz o nosso encanto ou a nossa derrocada.

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