sábado, 3 de março de 2012

Educação de ontem e de hoje



Meu cunhado Ariosto escreveu um texto lindo para servir como comentário sobre o meu artigo publicado hoje em Zero Hora. O seu texto merece ser publicado aqui para que os meus visitantes reflitam sobre a educação do passado e a de hoje.

"Cunhada, lamento não conseguir efetuar este registro através de seu blog. Excelente artigo, deveras abrangente sobre o que deveria ser educação escolar. Apenas registro meu entendimento de que nos dias atuais também não se fazem mais professores como os de antigamente. Eles, então sem a bengala da tecnologia (leia-se professor Google) e ainda que sem levar em conta as necessidades futuras do aluno… o mundo e suas exigências técnicas e pessoais nunca foram estáticos…, formavam homens capacitados moralmente para o enfrentamento da vida, mesmo que com uma bagagem nem sempre afinada com suas ambições profissionais. Ou seja, eram capazes de conscientizá-los sobre o passado… suas histórias, suas teorias, suas técnicas para solução de problemas aritméticos, fórmulas que na sua maioria se propagavam de geração em geração…, repassando-lhes conhecimentos nem sempre úteis na luta futura do seu aluno, mas sabiam como ninguém sedimentar na mente dos jovens o respeito e a integridade pessoal.

Hoje, a maioria dos educadores tem esse encargo como segunda função, premidos por baixos salários e novas obrigações financeiras para com a família, não logrando tempo nem dotações orçamentárias para atender as novas exigências de uma renovada educação. Educação que necessita transmitir aos jovens os conhecimentos do passado anteriormente referido, mas muito mais prepará-los para as novíssimas exigências que a batalha pela sobrevivência lhes cobra diariamente.

Pobres mestres, na sua expressiva maioria e nos interiores dos nossos vastos brasis, apenas fazem de conta que ensinam as crianças e os adolescentes e as prefeituras, os estados e o rico Brasil (com letra maiúscula mesmo) faz de conta que lhes paga e os prepara para serem chamados de mestres. Nossa educação está ensinando o velho e surrado “b a b” e a vida cobrando desse povo preparo tecnológico, gerencial, experiência, capacitação decisória, resultados imediatos, etc."

Ariosto Camargo Lopes

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