Uma das primeiras visitas diurnas feita por mim, o César Augusto, a Daniella e a Marianna, em Brasília, efetivou-se no Banco Central, onde visitamos o Museu de Valores e a exposição de Candido Portinari.
O Museu de Valores situa-se no 1º. subsolo do Edifício-Sede do Banco Central, em Brasília. O espaço aberto ao público, alvo do interesse e da nossa atenção, ocupa uma área de 1300 m2. Esse espaço abriga as seguintes atrações: Sala Brasil, Sala Mundo, Sala Ouro, Sala Emissões do Banco Central do Brasil, A Sala Curiosidades Monetárias, Sala Outros Valores, Sala Fabricação do Dinheiro e uma máquina de cunhar de 1937 para a distribuição de medalhas-brindes aos visitantes.
Na Sala Brasil, estão expostas moedas, cédulas e outros valores impressos que circularam no país. Parte dos 500 anos da história dos meios de pagamento e investimentos estão ordenados num percurso que marca os períodos Colônia e Reino-Unido. Entremeando as peças expostas, encontram-se reproduções fotográficas de obras de arte e outras imagens que reforçam o entendimento do objeto num contexto histórico, econômico ou social.
Na Sala Mundo, viajamos por cerca de 50 países representados pelos sistemas monetários e painéis fotográficos reproduzindo as imagens mais conhecidas das diferentes regiões do mundo.
A Sala Ouro é a que mais nos atraiu. Lá encontramos oito vitrines exibindo as diversas formas do ouro: in natura; os instrumentos de fundição; o ouro amoedado e de investimento; o ouro usado em medalhas, sinetes e condecorações; as barras good delivery, negociadas em bolsas internacionais de ouro; o processo eletrolítico de refino; e, entre várias barras e pepitas, encontra-se a maior do Brasil. Essa pepita pesa cerca de 60 kg e foi encontrada em Serra Pelada (PA), em 1983. É considerada, por sua formação geológica, uma das mais raras do mundo.
A Sala Emissões do Banco Central, inaugurada em março de 1997, exibe cédulas e moedas brasileiras emitidas desde 1964, ano de criação do Banco Central, até os dias atuais. A cada lançamento de cédulas ou moedas, esta sala é acrescida de exemplares que esclarecem, principalmente ao público infantil e estrangeiro, o quadro atual do meio circulante brasileiro.
A Sala Curiosidades Monetárias mostra vários aspectos interessantes relacionados com o dinheiro ao longo da história: curiosidades econômicas, diferentes processos de impressão e falsificação de cédulas, moedas de diversos formatos, tamanhos e materiais, com destaque para alguns exemplares das menores e mais antigas moedas do mundo.
A Sala Outros Valores expõe pequena amostra das coleções de medalhas, moedas comemorativas, condecorações, sinetes, vales e títulos.
Na Sala Fabricação do Dinheiro, a Casa da Moeda do Brasil apresenta diferentes etapas do processo de impressão de cédulas e de fabricação de moedas e da produção de diversos documentos contendo elementos de segurança. Doada pela Casa da Moeda do Brasil ao Museu de Valores, a Máquina de Cunhar de fabricação alemã, com capacidade de cunhagem de até 110 peças por minuto, funcionou no período de 1937 a 1973.
Além desses espaços, o Museu possui, ainda, áreas destinadas às exposições temporárias, às atividades complementares com estudantes. O espaço utilizado para o trabalho com as escolas está equipado com televisão e videocassete.
O acervo do Museu de Valores é composto de cerca de 125.000 peças, brasileiras e estrangeiras, abrangendo dos mais antigos aos mais modernos meios de pagamento. A memória da evolução das diversas formas de riqueza do homem está ali representada. São condecorações, medalhas, documentos históricos. São títulos públicos e particulares, como debêntures, ações, bônus, cheques, apólices, cartões de crédito. Há também os vales impressos ou cunhados, os jetons e os sinetes.
O acervo contém, ainda, documentos e objetos que caracterizam o progresso tecnológico da fabricação de dinheiro, como matrizes de cédulas, cunhos, estudo de cores, discos monetários, desenhos originais de cédulas e moedas.
O ouro ocupa posição de destaque no acervo, uma vez que o Banco Central, depositário da reserva-ouro do país, tem no Museu o espaço ideal para levar ao conhecimento público a sua beleza, a raridade e a utilização do ouro.
A exposição de instrumentais de refino, comercialização e investimento atraiu, sobremaneira, a nossa atenção. Entretanto, no campo dos valores, o elo mais significativo entre o passado e o presente está calcado na história de moedas e cédulas. De fato, a moeda, ao longo dos últimos 2500 anos de civilização, tem assumido lugar de destaque entre os valores criados pelo homem.
Além da atração exercida por sua beleza, a moeda representa inesgotável contribuição para a humanidade ao refletir os vários aspectos culturais de um povo. Muitas construções e esculturas famosas da antiguidade, desaparecidas com o tempo ou com a depredação causada pelo homem, encontram nas moedas seu único registro pictórico. A história política, econômica e social de uma determinada época pode, através dela, ser deduzida ou interpretada com segurança. Esse pequeno pedaço de metal, fonte inesgotável de informações autênticas, pode lançar luzes quanto às condições econômicas, industriais e científicas, à religião, à educação, ao governo, ao progresso das artes e às mais diversas facetas de nossa civilização.
O dinheiro, portanto, é a razão de ser do Museu de Valores. Seus cofres abrigam cédulas e moedas marcadas por expressões de riqueza, lembranças, emoções, vitórias. Ao transmitirem os usos e costumes dos mais diversos povos, as moedas denotam sua força mística e mítica. A própria origem da palavra moeda indica essa influência: é derivada da deusa Juno Moneta, em cujo templo, em Roma, cunhavam-se moedas. Na Grécia antiga, as oficinas monetárias eram instaladas nos templos religiosos e suas moedas cunhadas com figuras de deuses. Ainda hoje, é comum sua utilização como amuleto em ritos de seitas e religiões e em jogos adivinhatórios. É comum o hábito de turistas atirarem moedas em fontes e poços.
Abaixo, apresento a vocês os objetos que mais nos impressionaram:
A maior pepita de ouro do mundo em exposição está no Brasil, no Museu de Valores do Banco Central, em Brasília, DF. Ela foi descoberta por Júlio de Deus Filho, em setembro de 1983, em Serra Pelada, PA. Tem 60,8 kg e recebeu o nome de Canaã.
Quando nos deparamos com estas barras de ouro, o fascínio se instalou em nossos olhares. Tanto ouro trancafiado numa vitrine e tantos brasileiros morrendo por falta de...tudo!
Visitamos, também, a exposição “Candido Portinari em obras” no Banco Central.A exposição foi a forma encontrada para homenagear esse pintor genial, para isso, estão sendo exibidos 15 painéis do nosso mestre modernista. O evento, que ocorre em Brasília, vai até o dia 27 de junho do próximo ano.
Candido pintou mais de 5 mil obras ao longo de sua vida. A coletânea vai desde pequenos esboços a enormes murais. Dentre os seus quadros mais famosos, podemos citar:
Seringueiros (1954), Jangada do Nordeste (1954), Bumba-meu-boi (1956), Frevo (1956), Samba (1956), Baianas (1956), Garimpo em Minas Gerais (1956), Descobrimento (1956), Anchieta (1956), Bandeirantes (1956), Gaúchos (1954) e Vaqueiros do Nordeste (1954). Além destas obras, também estão expostas o "Descobrimento do Brasil" (1954-55), "Figura em Paisagem" (1938) e "Paisagem de Petrópolis" (1952).
Candido Portinari é, sem dúvida nenhuma, um dos maiores nomes da arte brasileira. Ele nasceu em 1903, na cidade do Rio de Janeiro, e conseguiu alcançar enorme projeção internacional.
As pinturas de que mais gostamos foram:
Seringueiros
Baianas
Amanhã, retornarei com a nossa visita ao Congresso Nacional.
Arlete,como é bom te ver sorrindo,feliz e com teus familiares,tenho certeza que esta viagem te fez muito bem.Quanto a Brasília,já fui algumas vezes,todas a serviço,bate e volta,não tive a oportunidade de conhecer as belezas da nossa capital.Falas em conhecer a Argentina,Punta e a Europa dou a maior força,em Buenos Aires o Teatro Colon é uma obrigação,o bairro La Boca e uma noitada de tangos no viejo almacen.Europa a nossa referência Portugal,a cidade do Porto que só perde para Lisboa,ali vais encontrar o Museu do vinho do porto,e o mais importante,vais degustar o verdadeiro vinho do porto.Amanhã volto para falar sobre a tua frase "quero aproveitar o tempo que ainda me resta".Um saudoso abraço e até amanhã.
ResponderExcluirDoces lembranças...estou me deliciando revendo nossa viagem novamente, quantas coisas boas vivemos juntos naqueles dias...nossa....doce lembrança e o melhor a eterna lembrança de um amor que move montanhas....de um amor inseparável e ao mesmo tempo um amor correndo contra o tempo, para que cada minuto possamos viver juntos todas as alegrias e principalemente o crescimento da nossa duxe bem mais de pertinho....Aguardo então...cenas dos próximos capítulos.
ResponderExcluirTe amo
Amigo:
ResponderExcluirSempre acreditei (e vivenciei isto) que viajar era jogar dinheiro pela janela. Portanto, sempre que pude, resisti a fazer gastos extras. Apego ao dinheiro? Creio que, acima de tudo, fora motivada pelo ônus de adquiri-lo: abandono da família, dedicação quase que exclusiva e tantas outras desculpas dispensáveis. Rcusava-me e gastar para ser feliz. Aliás, sou daquelas pessoas que tudo serve para me deixar bem, porque já sou feliz por natureza, o pouco já acho bem bom...Essa viagem serviu-me para mostrar o lado gostoso da vida: viver sem compromissos, sem horas marcadas, sem pressa..., dona e senhora "absoluta de meu nariz" como dizia a minha avó.O Pior é que adoooooorei! Ruim para o trabalho...
Um forte abraço.