" A forma arquitetônica - mesmo contrariando princípios estruturais - é funcional quando cria beleza e se faz diferente e inovadora". (O.N.)
O terceiro dia em que estávamos em Brasília,dirigimo-nos ao Congresso Nacional, quando fomos ciceroneados por Juvenal, um cearense falante e simpático, assessor do senador Pedro Simon. Com ele, visitamos e conhecemos locais que nem os próprios senadores sabem que existem.
Como era uma quarta-feira e havia protesto da Cut por questões salariaias, as visitas estavam canceladas. Menos para nós, porque conhecíamos a assessora direta, o braço direito e esquerdo de Simon, a Carina, íntima amiga de minha irmã Aloísa.Tudo ficou fácil. Além de sermos fotografados com o senador gaúcho, todos os espaços se abriram para nós graças a ele.
Depois do tradicional cafezinho, fomos conduzidos à entrada do Senado Federal. O luxo com que nos deparamos, causou-nos surpresa e, em parte, justificou a grana pesada gasta em reformas. As paredes, antes forradas com madeira, agora apresentam-se em vidro negro, imponente, emprestando-lhe muito requinte, demonstrativo evidente do poder. Adorei, porque, quem gosta de pobreza são os intelectuais (e apenas no papel). Ainda no Senado, conseguimos entrar no plenário por pouquíssimo tempo por ser vedada a entrada de estranhos. Lá, só podem entrar senadores e seus asseclas. Mesmo assim, conseguimos entrar rapidamente.
No mesmo espaço, conhecemos o museu onde ficam os móveis, as fotos dos presidentes e todos os objetos originais do Senado, desde o tempo da Proclamação da República. Ah! ia me esquecendo: dei uma de criança mimada. Como estavam reunidos os senadores para debater certa lei, todas as TVs do Brasil corriam atrás deles. Eu, ao passar por Sarney, Suplicy, Beto Albuquerque, Zambiasi, Ideli Salvati, Paim e tantos outros, fingi que não os conhecia. Todos faziam questão de cumprimentar a gente, mesmo porque, além de estarmos lá somente nós, afora os lobistas, capangas, assesssores e todo o séquito de bajuladores, é ano eleitoral... Os votados consideram o outro um eventual eleitor deles, portanto um cumprimentinho cai muito bem! Eu, nem ali! (Era a minha vingança, panaca e infantil, é verdade, pelo descaramento corrupto da turma!)
Indo à Câmara dos Deputados, a nossa surpresa foi às avessas. Como casa do povo, tudo é mais modesto, porém mais acolhedor. Ficamos sabendo que os escritórios dos deputados funcionam no anexo Xadrez, cujo acesso se dá por baixo de uma avenida e o meio de transporte é uma esteira com mobilidade eletrônica, conforme vou mostrar nas fotos abaixo. Ficamos sabendo ainda que os dois imponentes edifícios, aqueles ligados pelo corredor suspenso, localizam-se abaixo das bacias , foram construídos, tentando aparentar que saíam diretamente do solo. Descobrimos que elas (as bacias), a virada para baixo representa o Senado, poder fechado, representante dos estados e que a bacia virada para cima lembra abertura, portanto é o símbolo da Câmara dos Deputados, os representantes do povo.
Outra surpresa! Descobrimos que há mais três andares no subsolo e que no 28º andar é expressamente proibida a entrada de qualquer pessoa, além de poucas credenciadas. O porquê da proibição? Ninguém soube nos informar. Em contrapartida, tivemos acesso àquele corredor suspenso. Coisa raríssima de acontecer! Lá estivemos graças ao Juvenal.
Só para lembrar as aulas de História: o Congresso Nacional é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções legislativa e fiscalizatória do Estado Brasileiro, como funções típicas. Exerce, ainda, duas outras funções atípicas: administrar e julgar. O resto, mostro a vocês por meio de fotos.
O Congresso Nacional é bicameral, sendo composto por duas casas: o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Isso ocorre em razão da forma de estado adotada pelo país: o federalismo. Assim, o Senado Federal representa os Estados-membros, e os seus integrantes são eleitos pelo sistema majoritário. A Câmara dos Deputados representa o povo, sendo os seus membros eleitos pelo sistema proporcional.
O Congresso reúne-se anualmente na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro. Até a Emenda Constitucional nº50 de fevereiro de 2006 , o período era de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro (Regimento interno da Câmara dos Deputados).
Cada um desses períodos é chamado de período legislativo, sendo o ano conhecido como sessão legislativa ordinária. A legislatura é o período de quatro anos no qual o Congresso se reúne que coincide com o mandato de deputado federal. Quando o Congresso é reunido fora dos períodos legislativos é necessário ser feita uma convocação extraordinária, instalando-se a denominada sessão legislativa extraordinária.
O presidente do Congresso Nacional é o presidente do Senado Federal, já que o presidente da Câmara é o terceiro na sucessão presidencial.
As fotos abaixo foram feitas por Daniella e estão aqui expostas em ordem aleatória, desculpem-me.
Como era uma quarta-feira e havia protesto da Cut por questões salariaias, as visitas estavam canceladas. Menos para nós, porque conhecíamos a assessora direta, o braço direito e esquerdo de Simon, a Carina, íntima amiga de minha irmã Aloísa.Tudo ficou fácil. Além de sermos fotografados com o senador gaúcho, todos os espaços se abriram para nós graças a ele.
Depois do tradicional cafezinho, fomos conduzidos à entrada do Senado Federal. O luxo com que nos deparamos, causou-nos surpresa e, em parte, justificou a grana pesada gasta em reformas. As paredes, antes forradas com madeira, agora apresentam-se em vidro negro, imponente, emprestando-lhe muito requinte, demonstrativo evidente do poder. Adorei, porque, quem gosta de pobreza são os intelectuais (e apenas no papel). Ainda no Senado, conseguimos entrar no plenário por pouquíssimo tempo por ser vedada a entrada de estranhos. Lá, só podem entrar senadores e seus asseclas. Mesmo assim, conseguimos entrar rapidamente.
No mesmo espaço, conhecemos o museu onde ficam os móveis, as fotos dos presidentes e todos os objetos originais do Senado, desde o tempo da Proclamação da República. Ah! ia me esquecendo: dei uma de criança mimada. Como estavam reunidos os senadores para debater certa lei, todas as TVs do Brasil corriam atrás deles. Eu, ao passar por Sarney, Suplicy, Beto Albuquerque, Zambiasi, Ideli Salvati, Paim e tantos outros, fingi que não os conhecia. Todos faziam questão de cumprimentar a gente, mesmo porque, além de estarmos lá somente nós, afora os lobistas, capangas, assesssores e todo o séquito de bajuladores, é ano eleitoral... Os votados consideram o outro um eventual eleitor deles, portanto um cumprimentinho cai muito bem! Eu, nem ali! (Era a minha vingança, panaca e infantil, é verdade, pelo descaramento corrupto da turma!)
Indo à Câmara dos Deputados, a nossa surpresa foi às avessas. Como casa do povo, tudo é mais modesto, porém mais acolhedor. Ficamos sabendo que os escritórios dos deputados funcionam no anexo Xadrez, cujo acesso se dá por baixo de uma avenida e o meio de transporte é uma esteira com mobilidade eletrônica, conforme vou mostrar nas fotos abaixo. Ficamos sabendo ainda que os dois imponentes edifícios, aqueles ligados pelo corredor suspenso, localizam-se abaixo das bacias , foram construídos, tentando aparentar que saíam diretamente do solo. Descobrimos que elas (as bacias), a virada para baixo representa o Senado, poder fechado, representante dos estados e que a bacia virada para cima lembra abertura, portanto é o símbolo da Câmara dos Deputados, os representantes do povo.
Outra surpresa! Descobrimos que há mais três andares no subsolo e que no 28º andar é expressamente proibida a entrada de qualquer pessoa, além de poucas credenciadas. O porquê da proibição? Ninguém soube nos informar. Em contrapartida, tivemos acesso àquele corredor suspenso. Coisa raríssima de acontecer! Lá estivemos graças ao Juvenal.
Só para lembrar as aulas de História: o Congresso Nacional é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as funções legislativa e fiscalizatória do Estado Brasileiro, como funções típicas. Exerce, ainda, duas outras funções atípicas: administrar e julgar. O resto, mostro a vocês por meio de fotos.
O Congresso Nacional é bicameral, sendo composto por duas casas: o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Isso ocorre em razão da forma de estado adotada pelo país: o federalismo. Assim, o Senado Federal representa os Estados-membros, e os seus integrantes são eleitos pelo sistema majoritário. A Câmara dos Deputados representa o povo, sendo os seus membros eleitos pelo sistema proporcional.
O Congresso reúne-se anualmente na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro. Até a Emenda Constitucional nº50 de fevereiro de 2006 , o período era de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro (Regimento interno da Câmara dos Deputados).
Cada um desses períodos é chamado de período legislativo, sendo o ano conhecido como sessão legislativa ordinária. A legislatura é o período de quatro anos no qual o Congresso se reúne que coincide com o mandato de deputado federal. Quando o Congresso é reunido fora dos períodos legislativos é necessário ser feita uma convocação extraordinária, instalando-se a denominada sessão legislativa extraordinária.
O presidente do Congresso Nacional é o presidente do Senado Federal, já que o presidente da Câmara é o terceiro na sucessão presidencial.
As fotos abaixo foram feitas por Daniella e estão aqui expostas em ordem aleatória, desculpem-me.
Olhando de longe parece um laguinho, mas é este lagão e está cheio de peixes
Aquela parede ao fundo foi erguida aleatoriamente, contrariando o projeto original, porque as cascatas lançavam muita água para dentro do prédio
Sofás das instalações do CN no Rio de Janeiro e pintura dos primeiros presidentes do SF
Estamos na esteira que passa por baixo de uma avenida e leva aos escritórios dos DFs
Pela esteira da foto anterior e embaixo desta avenida, vai-se aos escritórios dos deputados neste edifício
Pela esteira da foto anterior e embaixo desta avenida, vai-se aos escritórios dos deputados neste edifício
O sol parecia brotar de todos os lugares tanta era a luminosidade e a Marianna firme! Nunca "reclamou" de nada. Só nos deu alegria!
COMO FOI CONCEBIDO O CONGRESSO NACIONAL
Na nova capital do Brasil - Brasília, inaugurada em 1960, o Poder Legislativo ganhou uma nova sede: O Palácio do Congresso Nacional. O autor do projeto, Oscar Niemeyer, assim definiu sua concepçoão arquitetônica para a obra:
"Arquitetura não constitui uma simples questão de engenharia, mas uma manifestação do espírito da imaginação e da poesia.
No Palácio do Congresso, por exemplo, a composição se formulou em função desse critério, das conveniências da arquitetura e do urbanismo, dos volumes, dos espaços livres, da oportunidade visual e das perspectivas e, especialmente, da intenção de lhe dar o caráter de monumentalidade, com a simplificação de seus elementos e a adoção de formas puras e geométricas.
Daí decorreu todo o projeto do Palácio e o aproveitamento da conformação local, de maneira a criar no nível das avenidas que o ladeiam uma monumental esplanada e sobre ela fixar as cúpulas que deviam hierarquicamente caracterizá-lo. Tivesse estudado o Palácio com espírito acadêmico, ou preocupado teríamos uma construção em altura. ... que hoje se estende em profundidade, além do edifício, acima da esplanada, entre as cúpulas, abrangendo a Praça dos Três Poderes e os demais elementos arquitetônicos que a compõem, somando-se plasticamente e tornando, assim, a perspectiva do conjunto muito mais rica e variada.
A cúpula da Câmara dos Deputados demandava um estudo cuidadoso que a deixasse com que apenas pousada sobre a esplanada, isto é, a cobertura do prédio; o mesmo acontecia com esta última, cujo topo é tão fino que ninguém imagina constituir, internamente a galeria do público que liga os dois plenários. Internamente, o projeto procura criar os grandes espaços livres que devem caracterizar um palácio, para isso utilizando elementos transparentes que evitam transforma-los em pequenas áreas. A forma arquitetônica - mesmo contrariando princípios estruturais - é funcional quando cria beleza e se faz diferente e inovadora."
Na nova capital do Brasil - Brasília, inaugurada em 1960, o Poder Legislativo ganhou uma nova sede: O Palácio do Congresso Nacional. O autor do projeto, Oscar Niemeyer, assim definiu sua concepçoão arquitetônica para a obra:
"Arquitetura não constitui uma simples questão de engenharia, mas uma manifestação do espírito da imaginação e da poesia.
No Palácio do Congresso, por exemplo, a composição se formulou em função desse critério, das conveniências da arquitetura e do urbanismo, dos volumes, dos espaços livres, da oportunidade visual e das perspectivas e, especialmente, da intenção de lhe dar o caráter de monumentalidade, com a simplificação de seus elementos e a adoção de formas puras e geométricas.
Daí decorreu todo o projeto do Palácio e o aproveitamento da conformação local, de maneira a criar no nível das avenidas que o ladeiam uma monumental esplanada e sobre ela fixar as cúpulas que deviam hierarquicamente caracterizá-lo. Tivesse estudado o Palácio com espírito acadêmico, ou preocupado teríamos uma construção em altura. ... que hoje se estende em profundidade, além do edifício, acima da esplanada, entre as cúpulas, abrangendo a Praça dos Três Poderes e os demais elementos arquitetônicos que a compõem, somando-se plasticamente e tornando, assim, a perspectiva do conjunto muito mais rica e variada.
A cúpula da Câmara dos Deputados demandava um estudo cuidadoso que a deixasse com que apenas pousada sobre a esplanada, isto é, a cobertura do prédio; o mesmo acontecia com esta última, cujo topo é tão fino que ninguém imagina constituir, internamente a galeria do público que liga os dois plenários. Internamente, o projeto procura criar os grandes espaços livres que devem caracterizar um palácio, para isso utilizando elementos transparentes que evitam transforma-los em pequenas áreas. A forma arquitetônica - mesmo contrariando princípios estruturais - é funcional quando cria beleza e se faz diferente e inovadora."
Amanhã estarei aqui com a nossa visita ao Memorial JK.
Arlete,estou encantado com a nossa "outra" Brasília,principalmente pela forma didática como estas nos mostrando.U m destaque todo especial da foto da Marianna no colo do Sen.Pedro Simon,nosso ultimo caudilho,integro e orgulho de todos os gauchos.Colocastes que queres aproveitar o tempo que ainda te resta,o teu sentimento é como estou vivendo,estamos na fase de viver o momento,planos para o futuro estão cada vez mais escassos.Ajudar os filhos nas suas necessidades,não abrindo mão do minimo que nos da prazer,no nosso caso a Praia de Garopaba,no sul de Santa Catarina,é o nosso refugio,sem computador e celular na caixa.Tenho convivido com aqueles amigos mais leais,a verdade é que desempenhamos funço~es diversas e abrimos o leque de amizades,mas temos que ser seletivos.Eis a nossa realidade,talvez o teu blog um dia acabe ou este anônimo não estará mais aqui para te visitar,fica esta bela amizade,forjada ao longo dos tempos e que nos faz sentir mais próximos.Vamos viver com a vontade e bondade de Deus.Um abração e um feliz final de semana.Aproveite sempre.Abraços
ResponderExcluirAmigo:
ResponderExcluirComo deves ter percebido, fomos a Brasília sem esperar nada dela. Talvez resida aí todo o encanto aflorado em nós. Apesar de que, particularmente, sempre que lanço olhares sobre o desconhecido,procuro captar e reter o que há de mais belo nele! Quando saio ou vou realizar qualquer atividade, faço-o de coração aberto, ou seja, ponho o "time em campo" para gostar e ganhar, sem esperar muito dos outros. Portanto, tudo o que vem é um enorme lucro! E com a capital brasileira não foi diferente. Gol de placa para ela.
Obrigada pelas gentis palavras e pela perseverança em ler as minhas postagens. (Às vezes, acho-as meio longas. Encurto-as, todavia perco as essências, por isso, enquanto houver leitores, aqui estarei.)
Creio que, amanhã, apresentarei a parte mais bonita e emocionante de nossa estada em Brasília.
Volta aqui para conferir.
Arlete,não querendo ser pretensioso,mas vou me dar o direito de replicar as tuas colocaçoes naquilo que escrevi,creio que estas muita atarefada e não tivestes tempo para ler e muito menos para responder,simplesmente fostes delicada para com este anõnimo.Continuarei sendo perseverante e autêntico...
ResponderExcluirEsse dia foi GRANDIOSO, dia em que nos sentimos importantes, pois estávamos só nós, especiais, com tratamento VIP no Congresso. Fomos recebimos de uma forma importante e esperada por nossa querida amiga Karina...adorei o tratamento que minha mãe deu aos Senadores, foi assim mesmo como ela descreveu...fez que não conhecia...essa minha mãe é show...nunca perde a elegância!!
ResponderExcluirAmei mais esta postagem!!
Mil bjks!!
Daniellinha amada:
ResponderExcluirJá estava quase dormindo quando vim dar uma espiadinha aqui. Lendo as tuas palavras, recordei-me de quanto tu erguias o meu ego na infância quando eu ia te buscar na escola, lembras? Tu me fazias sentir a mulher mais linda do mundo quando, apontando o dedinho, mostravas, feliz, para teus coleguinhas que eu era a tua mãe. Assim me senti também ao ler o que escreveste acima. (Qualquer mãe se sentiria como eu em ter uma filha como tu!)
Cada vez te amo mais.