domingo, 28 de março de 2010

Museu Nacional de Brasília 5



O Museu Nacional de Brasília, também conhecido como o Museu Nacional Honestino Guimarães, localiza-se na Esplanada dos Ministérios. Projetado e concebido por Oscar Niemeyer, foi inaugurado em 15 de dezembro de 2006, juntamente com a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola. Tem uma área de 14,5 mil metros quadrados e abriu as suas portas com uma exposição sobre a obra do projetista da capital. Desde a sua inauguração, vem atraindo turistas de todos os lugares do país e até turistas internacionais.

É composto de espaço para exposições, oficinas de restauração de obras, sistema de climatização, laboratórios e dois auditórios. O prédio fica ao lado da Rodoviária do Plano Piloto, o que facilita o acesso da população. Ao visitá-lo, encantamo-nos com a leveza, a simplicidade sedutora e o equilíbrio dos traços arquitetônicos tão característicos e que identificam a obra do notável arquiteto projetista.

A visão percebida por fora é a de uma esplêndida nave espacial, prestes a alçar voos ao infinito. Para os críticos parece uma cuia e de gosto duvidoso. Para nós, (que não estávamos preocupados em achar defeitos), tudo na edificação lembra modernidade, dinamismo, futuro, grandeza como é a tônica das obras de Niemeyer. Ansiosos, apesar da intensa claridade gerada pelo sol e típica de Brasília, não cansávamos de admirar todo o entorno que torna o Museu ainda mais bonito.
Ao redor dele, há lagos arredondados com peixes que nadam alegremente, mostrando-se em acrobacias intermináveis e nunca repetidas. Um espetáculo à parte quando os raios do sol incidem na água!

Espetáculo mesmo era a Marianna que, apesar de todo o sol que nos fustigava e a intensa claridade, apertando os olhinhos tão azuis quanto o céu brasiliense, sorria para nós, compartilhando, feliz, o nosso deslumbramento diante de tanta beleza.
Quando entramos no Museu, vencendo a longa rampa, extasiamo-nos com o espetáculo que presenciamos.

Não! Não foram as obras ali expostas que nos encantaram. Ao contrário, sem trocarmos, na hora, palavra alguma, olhávamos as pinturas e as esculturas ali existentes e pensávamos: é muita beleza predial para apresentar um acervo tão... insignificante. A maioria das telas e esculturas nos decepcionaram.
Procurávamos por ARTE Maior e o que vimos não nos agradou. (Desculpem-me os apreciadores da arte moderna e das obras expostas no MNB). Claro que há obras significativas, mas esperávamos muito mais por se tratar da capital do Brasil. (Segundo os críticos, esse é um museu sem acervo e , ainda de acordo com eles, parece tudo, até um amontoado de material de construção mal acabado, menos museu). Ao contrário deles, adoramos e achamos muito bonito o Museu conforme já ressaltamos antes.

Cá entre nós, será que se pode chamar de arte um monte de madeiras, rudemente imitando tijolos, alinhadas em frente a um espelho, também talhado de qualquer jeito!? Ou alguns pedaços de papelão, que ora pareciam baldes, ora cones, ora coisa alguma? Talvez as obras se tornem insignificantes devido à beleza quase que estonteante do prédio que as acolhe. Quem sabe se fosse mais modesto, as mesmas teriam melhor destaque!?

Tentava ver o acervo com os olhos do coração, porém o olhar fugia ao meu controle e voltava para a arquitetura, para o arredondado perfeito, majestoso das escadarias, para a leveza dos painéis, para os lustres em desenho revolucionário. Questionava-me desnorteada como tanto ferro, cimento e tijolos podiam se estender por longo espaço e se manterem equilibrados sem apoio nenhum como o visualizado no andar superior, nas escadarias, nos arcos, nos lustres e nos painéis.


A seguir, mostrarei o prédio e depois algumas obras que considerei relevantes. Julguem-me e digam se fui injusta ao comparar obras e museu!
Segundo o César Augusto, é "muita areia para um caminhãozinho" carregar obras tão titicas!

Cadedral e Museu parecem duas naves espaciais rasgando a noite

Durante o dia, mantêm a majestade extraterráquea

A mistura da imagem a partir do lago lateral amplia a percepção de espaçonave

A leveza destes arcos só poderia sair da mente de um gênio como Niemeyer

Rampa de entrada


Na entrada, fomos recebidos por Minerva, a deusa das Artes

Olhem a felicidade dos três!

O Museu, internamente, mantém-se assim, difusamente, iluminado e fica ainda mais bonito

As obras ficam diminutas ante tamanha grandiosidade

É um museu diferente, não acham?

Não me aguentei:lambi este painel para me certificar de que não era feito de merengue ou de veludo!

Perceberam que o segundo piso parece voar, solto no espaço?!

A luminária também parece flutuar no espaço amplo

Comparem as obras com o prédio

Esta é uma das obras mais importantes do Museu: Simon Franco

Esta é uma pintura de Tomie Ohtake

Esta não conhecíamos o escultor

2 comentários:

  1. Que dia bonito e estranho foi esse nosso...lembro de acordamos e pensar com esse dia lindo....vai render...vamos ver o museu e nos deliciarmos...dia lindo...marianna querida...boa companhia....quando entramos....nossa que decepção...mas como estavamos juntos, tudo foi perfeito e conseguimos rir da nossa decepção....e assim é a vida....um dia se ganha e o outro se perde....se perde mesmo...risos....mas....valeu....

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  2. Amada:
    Como foi difícil conseguir alguma coisa que falasse sobre a Biblioteca e o Museu, principalmente sobre o acervo de ambos. Descobri que acervo mesmo não existe e que os dois, antes dos preparativos para os 50 anos de Brasília, eram mais...prédio sem acervo, portanto, se soubéssemos antes disso não teríamos ficado tão decepcionados.
    Foi melhor assim. Pelo menos pudemos exercitar esse nosso lado lindo que tanto zelamos: "Tudo vale a pena se a alma não é pequena."
    Obrigada pela paciência de ler o que posto. Geralmente, as pessoas só olham as figuras...

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