As bandeiras do Brasil, do Distrito Federal e de Minas Gerais dão ao MJK conotação de permanente solenidade.
Outra visita feita por nós em Brasília foi ao Memorial JK. Logo na entrada, percebemos a importância do fundador da capital brasileira. O que há de mais significativo em sua vida está perpetuado nesse Memorial, projetado em linhas retas e curvas, que causam impacto já na parte exterior, em que a brancura do mármore contrasta com o azul do céu intenso que lhe serve de manto.
O Memorial JK localiza-se em Brasília, na Praça do Cruzeiro, um dos pontos mais altos da cidade, Capital da República. Numa área de 25.000m2, o edifício do Memorial ocupa espaço correspondente a 1/5 do seu total, o que empresta grandeza e magnitude à obra. Os espelhos d'água, as rampas de acesso, o verde do gramado e dos jardins que emolduram o edifício monumental, todo em mármore branco, dão-lhe beleza plástica e dignidade condizentes com suas finalidades.
Um pedestal de concreto armado, medindo 28m de altura, encimado por uma estrutura, também em concreto, sustém e protege, como mão em forma de concha, a estátua do Presidente Juscelino que acena para a cidade que construiu. A estátua em bronze, criação de Honório Peçanha, mede 4,50m e pesa 1.500 quilos.
À entrada do Memorial, 4 espelhos d'água, em diferentes níveis, cascateiam, dando-lhe extraordinária beleza e dimensão. Um pequeno monumento de granito negro reproduz lapidar frase do Presidente Juscelino: "Tudo se transforma em alvorada nesta cidade que se abre para o amanhã." Uma rampa suave dá acesso ao largo corredor, todo em granito escuro, que conduz o visitante ao interior do Memorial.
Em frente à magnífica edificação, três bandeiras, hasteadas em mastro de ferro, tremulam acima do Memorial, emprestando-lhe conotação de permanente solenidade. São as Bandeiras do Brasil, do Distrito Federal e de Minas Gerais. De fora vê-se o corpo baixo e extenso do Memorial e a cúpula protetora da Câmara Mortuária.
A entradal principal, só usada nos dias de grandes solenidades, situa-se lateralmente, dentro do túnel de acesso ao estacionamento. No hall desta entrada estão afixadas placas: uma comemorativa da inauguração do Memorial, outra da inauguração de Brasília e uma terceira referente à posse do primeiro Governador e seu vice, eleitos pelo voto direto no Distrito Federal, em 1990.
No corredor de entrada, que dá acesso ao museu, em formato de tubo, quanto mais íamos visualizando as fotografias pessoais e públicas de JK, mais descortinávamos um vida repleta de sonhos, idealismos e realidades plasmadas pela esperança de um homem que ousou concretizar os projetos de ver raiar um Brasil dinâmico e moderno.
O acervo contém um banco de dados completo, facilitando o acesso de estudantes e interessados em conhecer fatos históricos a respeito do Presidente Juscelino Kubitschek. Mais de 200 objetos estão em exposição permanente no Memorial como vitrines de exposição, galerias bem estruturadas contendo objetos pessoais de JK e painéis iluminados contendo roupas belíssimas e atemporais de dona Sarah e de JK e que tornam a visita muito mais rica.
Modernos back-lights aumentam a qualidade das fotografias em exposição e vídeos divulgam fatos importantes da vida do presidente, através de depoimentos, procuram levantar as suspeitas de assassinato e não de mero acidente de automóvel.
No piso superior, em que se pode ter acesso por um escadaria acarpetada ou por um elevador aberto, encontram-se o corpo de JK, diversos pertences, como sua biblioteca pessoal,cujos livros se mantêm rigorosamente limpos e brilhantes como nunca visto em outro lugar. Ainda estão expostas lá roupas belíssimas e fotos tanto dele como de sua esposa Sarah, que nos remetem a um passado de muito brilho, pompa e glamour.
Todavia, dentre os muitos objetos e presentes recebidos por eles, os que mais nos impressionaram foram o vestido de gala usado por dona Sarah e o fraque que JK portava por ocasião da sua posse e uma caneta de ouro maciço. Tudo é muito bonito, belamente iluminado e em perfeita conservação.
Apreciados os objetos, visitamos a câmara mortuária. Tanta é a beleza e o misticismo que produz ao olhar que até intimida o visitante de entrar naquele espaço quase sagrado. Encimando a câmara, em que estão os restos mortais de JK, há um vitral feito pela artista Marianne Peretti de intensa beleza, cujas cores se modificam de acordo com a luminosidade solar que entra pela abertura da cúpula arredondada que se vê de fora. Sob o esquife, um espaço oval, em nível mais baixo, em mármore preto, o acolhe. O espaço se modifica e se estende em carpete vermelho também arredondado e se encerra em magnífico painel confeccionado por Athos Bulcão. Tudo é inusitado e surpreendente!
Ficamos impressionados ao ver, no jardim do Memorial esculturas em forma de esferas poéticas feitas em aço carbono que remetem a fragmentos da história de Brasília, criadas pelo artista Darlan Rosa. Por fora, além do espelho d'água, as cascatas há muito tempo desativadas, voltaram a funcionar. Na parte externa, estão também reproduzidos dona Sarah e Jk em esculturas sentadas em um banco alvíssimo.
Biblioteca de JK. Nela, entre outras coleções de livros valiosas e raras, há uma coletânea original de Shakespeare doada pela Rainha Elisabeth
Painéis contendo objetos pessoais e recebidos de dignatários estrangeiros
Esta cúpula é aberta e é por ela que entra a luminosidade que gera luz ao vitral de Marianne Peretti e à câmara mortuária
Nesta placa está escrito: "Tudo se transforma em alvorada nesta cidade que se abre para o amanhã."
Como Oscar Niemeyer descreve o MJK:
"De longe, a primeira coisa que surge é a figura de JK, suspensa sobre a cidade que criou em pleno cerrado. Depois o corpo baixo e extenso do Memorial e a cúpula protetora da Câmara Mortuária. Devagar, o visitante desce pela rampa que conduz ao hall inferior onde ficam a administração, a biblioteca, a sala de metas, o balcão de informação, venda de livros, fotos, filmes etc. Se ele veio de carro, o percurso é idêntico e, nesse mesmo hall, vai descer, seguindo o veículo para o estacionamento. Pela escada de acesso, o visitante atinge o Memorial propriamente dito e nele se detém, surpreso com o ambiente de sombra inesperado.
À esquerda, fica a Câmara Mortuária. É um momento de pausa e respeito que vai marcar sua visita. Um salão circular com 10 metros de diâmetro, revestido com placa de granito tendo no centro o Túmulo do ex-Presidente, que um belíssimo vitral de Marianne Peretti ressalta e ilumina. Comovido o visitante sai da Câmara Mortuária que um painel de Athos Bulcão compõe externamente, penetrando nos setores destinados à memória de JK. São roupas, comendas e medalhas, fotos e correspondência, coisas acessórias que o acompanharam por toda a vida. É a história de JK que diante dos visitantes se reconstitui. De sua meninice em Diamantina ao desastre fatal que o levou para sempre.
Emocionado, o visitante retorna ao grande hall ou, se o programa do dia estabelece, segue para o auditório para assistir a uma conferência ou ao filme referente ao ex-Presidente. Um grande auditório. O piso de tapete violeta e as poltronas mais claras repetindo as cores da Câmara Mortuária. O ambiente é climatizado e a iluminação indireta, permitindo destacar com refletores os pontos desejados. A visita terminou e o visitante desce o hall de entrada. Já no exterior, ele se volta com certeza. Quer ver de longe o Memorial, a figura de JK que, sorridente, dele parece se despedir."
Amanhã, aqui estarei com visita ao Museu Nacional de Brasíla
P.S.: Afora as fotos tiradas por Daniella, por mim ou pelo César Augusto, algumas retirei da internet.
Oi, Já visitei Brasilia e nao havia percebido que era tão bonita. Pelo jeito como vc conta o que viu da pra perceber que vc visitou Brasilia e a olhou "com os olhos do coraçao" como vem afirmando nos textos.
ResponderExcluirParabens.
Saudaçoes
Olá, Amigo ou Amiga:
ResponderExcluirObrigada pela visita.
Realmente, não somente eu, mas meu marido e minha filha ficamos encantados com Brasília, apesar de grandes locais estarem em obras como a Catedral e os dois Palácios.
Em compensação, a maioria dos prédios visitados já haviam passado pelos devidos enfeites para recepcionar os 50 anos da capital e ficaram ainda mais lindos!
Volta sempre.
Um abração.
Arlete
Estava comentando com o Cesinha, que para mim esta visita ao museu "valeu" o passeio por Brasília....lindo ver, ouvir e ler sobre a história da nossa Capital, tudo lá dentro é belíssimo!
ResponderExcluirAdorei mais essa postagem...e nossas fotos, então?!! Que saudades! Bjks!!
Filha amada:
ResponderExcluirRealmente, a visita ao Memorial JK foi mágica e a magia também foi fruto da cumplicidade amorosa que sempre nos moveu em qualquer momento de nossas vidas. Só de estarmos os quatro juntos já era mais um motivador de nosso bem estar e felicidade.
Saudades também de tudo o que vivemos lá! E alegria por saber que temos ainda muito a vivenciar juntos outra vez.(Agora que o teu pai descobriu que buscar a felicidade é uma decisão individual, tudo ficará mais fácil de convencê-lo a nos seguir por aí...)
Obrigada pela prestigiosa visita.
Filhotinha:
ResponderExcluirViste os olhinhos da Marianna? Naquelas alturas, ela estava exausta e não "reclamava". Essa garotinha é um show!
Helio Tur Parabens pelo olhar com coraçao e obrigado por nos visitar e volte outras veses
ResponderExcluirOlha,agradeco de coracao a moca Daniela pelas fotos que conseguiu tirar da parte interna do memorial pois,matou minha curiosidade que sossegou por um pouco ate a hora de ir pessoalmente ao memorial,pois sou um grande apreciador do nosso eterno JK,que com tanto amor,fez Brasilia e ao mesmo tempo,o Brasil de industria,respeito pelo dinheiro publico,um espirito enviado por Deus a nos mostrar que e possivel com honestidade e respeito pelo proximo nossas mais santas realizacoes particulares e principalmente,no quesito povo de um pais correto e com uma justica mais justa que tanto falta por aqui.O meu muito obrigado
ResponderExcluirTenho um telegrama mandado pelo presidente Jk para meu padrasto em 1936...escrito por ele próprio...de próprio punho...Tenho como um documento histórico pra minha familia...Gostaria de saber se no museu JK tem algum exemplar desse....Obrigado.
ResponderExcluirAmigo! Como havia tanta coisa linda para se ver no Memorial, muita coisa passou despercebida. Não me lembro de ter visto algo assim. Quem sabe, tu mandas uma cópia para o curador ou curadora, sabendo do interesse em expor esse documento? Creio que se interessarão por ele.
ResponderExcluirObrigada pela visita.
Arlete
Arlete....me manda o endereço pra que eu possa lhe enviar uma cópia desse telegrama...Mas não quero dispor dele por preço nenhum....obrigado.
ResponderExcluirOi! Manda a cópia para arletegudolle@gmail.com que publicarei tão importante documento neste blog.
ResponderExcluirEstarei aguardando.
Arlete
Acabei de chegar de Brasília e visitei o memorial de Juselino kubistschek e mais uma vez me emocionei.
ResponderExcluirSaudades desse mineiro de Diamantina
02/11/2015