Palavras ao Vento é fruto de uma necessidade interior de corrigir deslizes orais ou escritos, presenciados no cotidiano; mostrar a urgência de se fazer da educação prioridade nacional; discorrer sobre trivialidades, mostrando o porquê disso ou daquilo e destacar a força que a palavra tem naqueles que captam o sentido das entrelinhas.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Palavras ao vento
Uma de minhas visitantes, em comentário anônimo, perguntou-me onde me inspirei para dar o nome deste blog. Prometi-lhe que faria uma postagem para explicar e homenageá-la. Alerto-a, antes, que foi, depois que a formatação estava pronta, na hora de fazer "a certidão de nascimento" dele, que percebi exitirem outros blogs homônimos. Então, já era tarde, o nome me seduzira...
Amiga, foi inspirado numa redação que escrevi na infância (cujo texto, atualizado e mais "empolado", reedito abaixo) e no título de uma crônica de Pedro Bial. (Explico sem que me hajas solicitado, o motivo de eu tê-lo criado: Palavras ao Vento é fruto de uma necessidade interior de corrigir deslizes orais ou escritos, presenciados no cotidiano; mostrar a urgência de se fazer da educação prioridade nacional; discorrer sobre trivialidades, mostrando o porquê disso ou daquilo e destacar a força que a palavra tem naqueles que captam o sentido das entrelinhas).
Este é o texto mencionado acima:
As roupas, grávidas de vento, dançavam num vaivém policromático, assenhoradas do tempo, como se a ânsia de revestir corpos nus fosse a sua desiderata.
Nada as deteria. Nem o sol que, teimosamente, brincava de esconde-esconde com as nuvens. O vento, ora vilão, ora mocinho, assobiava cálidas melodias ou as agitava num mãos-ao-alto sem sentido.
Vestes, sol e vento, unidos em estranha coreografia, profetizavam que o dia seria lindo. Que cheiros, que emoções, que sonhos, entranhados em roupagens tão diferentes, sucumbiram no gira-gira da máquina de lavar?
Que mãos as retorceram; seriam rústicas, delicadas, inconsequentes, apressadas, letárgicas, opressoras ou já estariam automatizadas pelo contumaz do ato? Em sua dança frenética, os movimentos delas traduziriam saudações, despedidas,reteriam carícias, ou, meramente, repetiriam gestos, revelariam quereres de quem se modificava sob as forças e o calor incontido do sol?
Perguntas sem respostas, abstratos sem concretos, mentiras sem verdades, sonhos à espera do realizador.O inusitado do ritmo imprimido pela brisa substituta do vento, que antes as entrelaçava, que as iludira a alçar voos em fuga das amarras que as aprisionavam ao varal, unia-as e afastava-as numa irritante imitação de fatos do cotidiano. Aqueles surrados acontecimenos em que os faltosos cometem os mesmos erros, transformando as lições de ética, de honestidade, de compartilhamentos do bem em palavras ao vento...
Foi com um texto, centrado na mesma temátia (roupas balançando no varal, sopradas pelo vento) e, com o mesmo título, na quarta série do primário (hoje, ensino fundamental), que obtive, em redação, a primeira de uma série de notas dez. Por esse motivo,resolvi rebatizar o meu blog, anteriormente, nominado "Mexendo com as palavras", como "Palavras ao Vento".
O texto é muito lindo, mais lindo fica ainda na voz de Lázaro Ramos e no cuidado como foram selecionadas as imagens para ilustrar as frases. Todavia, o que me encantou nele foi o criativo emprego do alfabeto para descrever sentimentos. Justamente onde queria centrar as minhas postagens: apresentar assuntos variados e que me permitissem ir de A a Z com o intuito de cativar os leitores.
Se consegui, não sei! Estou, porém, tentando...
Era isso, visitante querida!
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