Criei-me ouvindo de meu pai esta frase: “Por trás de um grande homem, há uma grande mulher”. Tido, por mim, como um super-herói, sempre acreditei nele e que, para um homem ser brilhante, precisava do incentivo de uma mulher também brilhante. Qual foi minha tristeza quando, entre o blefe e o riso, meu velho traduziu o real sentido dessa frase. Explicou-me que, por ser cadeirante devido à poliomielite que o atacou aos 39 anos, precisava, às vezes, ser conduzido por sua mulher Eleanor, tão alta e forte como ele.
Há pouco, li algo parecido, dito por uma mulher famosa, cujo nome escapou-me nas brumas da memória que “por trás de uma grande mulher, há um homem acomodado”. Fiquei triste mais uma vez, porque conheço muitas mulheres, cujo sucesso em seus empreendimentos é fruto do grande incentivo de seus maridos.
Disso sou testemunha. Nunca quis ser escritora. Meu marido quase me “obrigou” a isso, usando palavras convincentes como: “Lê o que escritores que estão na mídia escrevem. Tu não ficas para trás”. Ou “Tu escreves muito bonito e bem”. Passai, então, a “obrigá-lo a ler o que eu escrevia e comentasse o lido. Ao final da leitura desses textos, o que me dizia? “Muito bom! Excelente!”, “De onde tu tiraste isso?” “Que final surpreendente!” Foi assim que nasceu “O inquietante perfume de cravos” e o poema "Um pouco de mim", que foi publicado em Zero Hora , exposto acima, à direita.
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