Lendo a crônica da Martha Medeiros "Chegadas e Partidas", dei-me conta de que, desde que meus meninos cresceram, emplumaram as suas asas e lançaram-se no voo atrás dos sonhos, a minha vida tem sido como no título do texto. Na véspera da chegada deles, preparo a casa para recebê-los. Procuro redecorá-la para surpreendê-los, enfeito-a de flores para encher os olhos deles de emoção e preencho as suas camas com os lençóis mais macios e cheirosos para se sentirem aconchegados como se no regaço de mãe.
Sorrimos muito na chegada. Choramos muito mais na partida. Em mim e neles, fica o consolo de que em breve nos reencontraremos. Não sentimos vergonha de nossas lágrimas. Não poupamos a euforia de nossos risos. Somos exuberantes na demonstração de amor. Gostamos de trocar carinhos, beijos babados, abraços sem fim. Eles juram ser eu a melhor e mais bonita mãe do mundo. Eu retribuo afirmando que eles, sim, são os mais lindos e os melhores filhos do planeta. Juras de amor eternas. Demonstrações de amor ilimitado. Sofrido, candente, esporádico, mas renovado sempre.
Uma coisa boa que ensinei a meus filhos foi a de jamais fazerem parcimônia da afetividade. Se amarem alguém, devem dizer que o amam. Se estiverem desgostosos, que procurem uma forma mais branda de dizer para não ferir demais e, se possível, não magoar ninguém.
Sorrimos muito na chegada. Choramos muito mais na partida. Em mim e neles, fica o consolo de que em breve nos reencontraremos. Não sentimos vergonha de nossas lágrimas. Não poupamos a euforia de nossos risos. Somos exuberantes na demonstração de amor. Gostamos de trocar carinhos, beijos babados, abraços sem fim. Eles juram ser eu a melhor e mais bonita mãe do mundo. Eu retribuo afirmando que eles, sim, são os mais lindos e os melhores filhos do planeta. Juras de amor eternas. Demonstrações de amor ilimitado. Sofrido, candente, esporádico, mas renovado sempre.
Uma coisa boa que ensinei a meus filhos foi a de jamais fazerem parcimônia da afetividade. Se amarem alguém, devem dizer que o amam. Se estiverem desgostosos, que procurem uma forma mais branda de dizer para não ferir demais e, se possível, não magoar ninguém.
Ensinei a eles que desculpas são a porta aberta para reparar o erro e que por favor é a certeza do ganho-benefício. Mostrei aos três que o próximo não é só o que está perto, mas que ser gentil com as pessoas trará o retorno em coisas ou em intenções redobradas.
Neste ano, não houve incidentes, nem bate-bocas. A calmaria toda foi conseguida pela antecipação dos pratos para apresentar na ceia. Tudo feito de antevéspera com desvelo e carinho. Isso me economizou o tempo e pude apresentar-me a eles com a veste mais bonita, o cabelo mais brilhante, a maquiagem mais elaborada. Apesar disso, a estrela central da festa natalina foi a Marianna.
Depois de arquitetada a cena em que Papai Noel deixaria os presentes, luzes apagadas, apenas cintilando as luzinhas do pinheiro, o vento entrando pela janela, esvoaçando as cortinas, o “bom velhinho”, ainda no escuro, fez o seu tradicional OH!OH!OH!
Emocionante era ver o sorriso dela ao se deparar com os presentes ao pé da árvore. Linda a cena em que ela contava a todos como fora a chegada do Papai Noel. Cada brinquedo que abria era motivo de louvação pelos adultos e lindos sorrisos por parte da garotinha. Ela e o Deus Menino pareciam brincar juntos. Ambos lindos, inocentes, felizes.
Então, cantamos, rimos muito. Fomos intensamente felizes. Como nunca o fomos. Percebi, com isso, que o que sempre desejaram era que eu compartilhasse com eles a chegada do Natal, porque jamais gostaram de eu, apenas cinco minutos antes da meia-noite, juntar-me a eles. Em outros natais, apresentava-me exaurida, exausta, quase ausente, mas com o coração pleno da paixão que sentia e os fiz sentir pela festa de Natal. Neste, não, estávamos mais unidos, mais felizes, mais dispostos a compartilhar o amor, a alegria, a ternura e a fraternidade
Acredito que assimilaram bem os meus ensinamentos porque, neste Natal, todos passaram com louvar e muitas estrelinhas. Foram amorosos, gentis uns com os outros. Amadureceram. Não houve cenas de ciúmes. Nem troca de ríspidas palavras. Mostraram o quanto se amavam. O que me deram foi o retorno da lição de amor que ensinei a eles. Por isso, sei que sempre voltarão, pois sabem que aqui é o seu porto seguro, embora saiba que chegarão para depois partir. Porque para isso fomos feitos para amar e ser amados, para abraçar sorrindo na chegada e chorar copiosamente na partida.
Como sempre, amiga,nos emocionando com suas palavras. Linda a cena. Lindo texto. Linda família.
ResponderExcluirParabéns.
Abçs. e feliz 2012.
João Lucas
Olá, João Lucas! Um feliz 2012 para ti e para a tua esposa. Obrigada pelas motivadoras palavras. Não demoras a voltar, viu?
ResponderExcluirUm abração