Segundo Consuelo Badra, especialista em comportamento humano, quando tudo acaba, só há duas saídas: o alívio ou a dor.
No primeiro caso, fica mais fácil (não para o outro, claro), mas, no segundo, a coisa muda de figura e é preciso muito autocontrole para não se tornar uma pessoa péssima.
A vida é assim: as coisas começam e terminam, embora existam pessoas que não aprenderam a lidar com isso. Normalmente, as imaturas, de quem nada se pode tirar, não admitem que o outro pode mudar e querer novas experiências, fazer novas descobertas e seguir adiante.
Depois do fim de qualquer relacionamento, seja ele amoroso ou profissional, a primeira coisa a ser feita é sumir. Dar um tempo dos mesmos lugares, dos mesmos amigos e curtir a dor. Não dá simplesmente para fingir que ela não existe e não machuca. O abandonado pode se cercar de um monte de gente, cair na gandaia de bar em bar, mas, na hora do travesseiro, é o sentimento de luto que prevalece e a pessoa, mais cedo ou mais tarde, vai ter que encarar o enganador.
Como seria bom apagar o passado e esquecer as brigas, os desenganos, o sofrimento, o rosto da pessoa amada ou de quem o traiu e, sobretudo, os bons momentos, que um dia foram a razão de sua vida e hoje doem tanto ou foram, sabiamente, esquecidos ou perdoados.Também seria horrível não se lembrar de nenhum deles. Não há olhar mais bonito do que aquele com um fundinho de fossa, sinal de sobrevivência e muita força para seguir adiante.
Esse olhar renovado só tem beleza quando se faz dele uma bandeira. Se ainda o sofrido não se sente firme para dar a volta por cima, deve segurar a onda e ficar em casa, curtindo a sua dor. As pessoas até ouvem o primeiro e o segundo desabafos. No terceiro, o sofrenildo se torna inconveniente.
Pior que a tristeza, só o ódio. O que sofreu a desdita deve procurar não falar mal de quem já tanto amou ou de alguém com quem tenha trabalhado, sob pena de parecer sabe-se lá o quê. Foi bom enquanto durou, o que passou, passou. Pode não ter dado certo, todavia por que não continuar tentando com os outros que virão? Nessa situação, a pessoa deve lembrar de que a situação amorosa ou de trabalho apresentou duas facetas significativas: trouxe felicidade ou gerou conflitos; propiciou dividendos polpudos ou imensos prejuízos. Portanto, deve lembrar do lado bom do vivenciado e colocar entre parênteses todos os momentos felizes (ou desastrosos) para, com mais facilidade, poder esquecer.
Depois de chorar muito e arrastar corrente, o próximo passo é parar de culpar o outro e pensar em como qualquer relacionamento pode melhorar - da próxima vez. No fim de uma relação, repito, amorosa ou profissional, não existem anjos ou demônios, vítimas ou algozes. Pois quem se acha perfeito está perdendo o barato dessa história toda: encontrar alguém que o faça acordar melhor todos os dias. Poderá verificar que, depois de violenta tempestade ou de uma noite bem escura, sempre haverá um novo e mais lindo amanhecer...
Pensem nisso.
Oi,
ResponderExcluirBeleza. Disse tudo. É isso aí.
Olá:
ResponderExcluirQue bom que gostaste, pois não se pode "chorar sobre o leite derramado". Depois do mal sofrido é "dar a volta por cima" e partir em busca de novos amores ou novos sócios.
Volta sempre.
Um abração