terça-feira, 2 de abril de 2013

Olha eu na Zero Hora outra vez!



A vida é estranha. Numa das últimas manhãs de 2012, conversando com meu marido sobre a minha capacidade criativa, ele comentou que só me faltava escrever versos (sonetos ou poemas). Não lhe disse nada. Escrevi. Fui pondo em linhas e emprestando ritmo a tudo o que me vinha à mente. Escrevi alguns versos e os pus na agenda de Aléksia, uma das personagens mais espetaculares que criei.
 
Na manhã citada, em que César Augusto criticava os pseudo poetas, alegou que bastava escrever algo e colocá-lo em linhas. Pronto! Estavam criados poemas. Argumentei que o mal dos poetas modernos era a falta de ritmo melódico, o grande segredo de um bom texto poético. Retirei os versos do conto “O apito de um trem” e os enviei para Zero Hora, na página “Almanaque Gaúcho”. Não deu outra. Ei-los na página 46, do jornal Zero Hora de hoje, 2 de abril.
Confiram mais esta minha faceta.
 
 Um pouco de mim
 
 Sou nuvem e vento
estrela cadente, o princípio e
o fim...
Sou fúria...Sou trégua...
caminho e passadas,
silêncio e candura,
um pedaço de nada.
Sou rapadura e dura rapa.
Sal, areia. noite e dia.
Sol e vento, um pouco de som,
um tudo, um talvez  quase
não...
Um raio de sol, uma brisa,
as gotas de chuva,
o trovão e a trovoada.
A guerra e a trégua,
a cachoeira e a flor,
cabelos hirsutos,
a cara escavada.
Espuma e sabão,
um amontoado de angústia,
dois sons.
Dois gemidos e mais nada.

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