segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Felicidade existe?






Felicidade existe?

Muitas pessoas já não mais acreditam na felicidade. Eu, não! Para eu ser feliz basta bem pouco. Encanto-me com os amores-perfeitos que, emurchecidos pelo tempo e a chuva, teimam em renascer todos os dias. Vibro ao ouvir o zumbido das abelhas, mesmo que o néctar vão gestar noutro lugar. Abro bem os olhos para me deliciar com o beija-flor, que bebe nas flores de plástico, cheias de doce sumo, que armei para atraí-lo, imaginando que a flor é viva.


Extasio-me com o tamborilar da chuva, que me desperta, mesmo que as altas horas rondem a noite. Minha alma pagã saltita de alegria quando me deparo com alguém que ainda responde ao meu bom-dia, ou, ao parar na faixa de segurança, anda que o passante trafegue bem devagar, sorri agradecido pela gentileza obrigatória. 

Morro de rir de tão feliz, ao ouvir, ao telefone, o anúncio de que se lembrou de mim e percebo que meu interlocutor também ri. E o sol se espreguiçando no horizonte? E a lua, no prata mais cintilante, ressurgindo por trás das nuvens? E a moça que me atende bem até quando compro uma agulha? E a música linda que ouço de graça, oriunda da janela de minha vizinha mais querida. Ah! E gargalho extasiada pela alegria, quando curtem e comentam o que escrevo ou posto neste espaço? Não são motivos relevantes para eu ser feliz?

Só de saber que tenho incontáveis motivos para sorrir e até para chorar, apregoo que felicidade existe, sim! Basta olhar a vida com os olhos bem abertos do coração.

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