Sempre que recebo comentários sobre o meu primeiro livro, “O inquietante perfume de cravos” sou tomada de grande euforia. Depois, releio o que escreveram e decido publicar nos espaços eu me são caros: este blog e o Facebook.
Comentário de hoje foi escrito por um encantador amigo, o Hildebrando Moraes Monteiro.
"Primeiramente, peço que me desculpe pela demora em me manifestar sobre “O INQUIETANTE PERFUME DE CRAVOS”.
Ocorreu que estive envolvido em viagem e algumas atividades que me tiraram o tempo que eu queria dedicar exclusivamente à leitura do livro.
Na verdade quando leio, gosto de adentrar no conteúdo, ou seja, viver aquele momento ou situação do que estou lendo. Nem sempre faz um efeito tão legal para mim. É claro, nem poderia, como por exemplo, o que há alguns dias acabei de ver e sentir bem de perto, lendo “O COLECIONADOR DE LÁGRIMAS”- Holocausto nunca mais – de AUGUSTO CURY. Constatar as atrocidades da época de Hitler e o sofrimento de um povo, não é nada agradável.
E nessa linha de analisar bem de perto o que se lê, preocupa-me constatar que existem muitos “Hitler(s)” por aí, que só não se manifestam por falta de oportunidade.
Mas é tudo da vida.
E por falar em vida quero falar de seu livro.
Realmente, vida só é vida se houver alegria, tristeza, lágrimas, risos, gargalhadas, decepções, vitórias e enfim tudo que mexe com nossas emoções. Gostei muito do “O INQUIETANTE PERFUME DE CRAVOS”, pois tenha certeza que foi atingida por inteiro a proposição do mesmo.
Como todo virginiano, sou detalhista, mas não me detive às falhas de digitação. Fiquei preso ao conteúdo, e posso dizer que a leitura do livro causa e causará manifestações diversas, obviamente de acordo com a idade dos leitores.
Para mim tudo teve muito significado. Penso que algumas palavras, não exatamente na integra, de RACHEL DE QUEIROZ, estampadas na capa de um livro de contos “A MIRAGEM” de HILDA GOUVEA DE OLIVIERA, cabe neste humilde comentário.
Sente-se a cada momento da leitura o que ela diz: “flashes de imensa profundidade. Não há como definir bem, mas há como senti-los, sofrer-lhes o impacto, aquele lampejo de luz intensa que dardeja sobre o amorfo das vidas cotidianas, opacas, enlanguescidas no tédio, do quase - nada, na impossibilidade do diálogo salvador, nas esperanças frustradas, no ressentimento pelo que nada houve, quando tanto poderia ser esperado.” É isso. Ao ler esses contos, não há como que de alguma forma ou algum momento não se sinta o que inquieta as criaturas:
- é a luta e determinação de um jovem.
- opinar sobre uma traição.
- a lembrança de uma música, não especificamente love me tender .
- sofrimento pela perda do melhor esperado.
- as situações que às vezes criamos para nós mesmos, e nem sempre dá tempo suficiente para recuperar.
- a sensação cruel da culpa, quando a vida nos reserva surpresas desagradáveis.
- a persistência de propósitos, com acontecimentos que provavelmente só a escrita divina explicaria.
Enfim, não me passou despercebido nem um conto que eu não tivesse identificado fatos e ocorrências, às vezes comigo, outras com amigos e ou pessoas que de passagem eu as conheci.
Bateu bem de cheio na minha observação o belo de se aceitar as diferenças, sem preconceito, sem mágoas e sem rancor.
Também a injustiça da justiça. E finalmente, para não ser repetitivo, falando de quanto e porque gostei do “O INQUIETANTE PERFUME DE CRAVOS”, não posso deixar de falar do que eu li e sempre preguei: - é sobre os vencedores que às vezes antes aparentemente fracassados só dependem de uma oportunidade para vencerem.
Um abraço, aguardando o lançamento do romance que será escrito."
Monteiro
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