Palavras ao Vento é fruto de uma necessidade interior de corrigir deslizes orais ou escritos, presenciados no cotidiano; mostrar a urgência de se fazer da educação prioridade nacional; discorrer sobre trivialidades, mostrando o porquê disso ou daquilo e destacar a força que a palavra tem naqueles que captam o sentido das entrelinhas.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Gosto de gente feliz...
Gosto de gente que encontra a felicidade quando ouve um bom-dia, um feliz aniversário, até um feliz dia das bruxas, porque, lá no fundo, todos somos um pouquinho bruxas. Gosto de gente que ri por nada, meio boba, porque, na verdade, de bobos temos muito. Não fomos nós que acreditamos no amigo que nos afirmou que “eu volto amanhã” e o esperamos até hoje?
Quem não acreditou, piamente, em que o seu time venceria e, no entanto, ganhou foi uma dilatada goleada. Quantas pessoas ouviram o “já vai passar” e a dor se tornou insuportável, e do céu, jorravam trovões, relâmpagos e muita água, e aquele enfático “vou ganhar na Mega Sena sozinho" e, sozinho, sem eira nem beira, continua até hoje.
Gosto de gente que encontra justificativas para os erros seus e dos outros, articula um “foi sem querer” e sorri feliz, sabendo que será perdoada. Gente que cai e se levanta, que fere e é ferida, mas que sabe sempre perdoar. Gente que professa o “quem nunca errou que atire a primeira pedra” sabe ser feliz. Procura ser feliz. Insistentemente, é feliz.
É de gente assim que eu gosto. Gente que abraça a vida, se empenha em guerras com o vento e vence os seus fantasmas interiores. É gente assim que procuro ser. É de amigos assim que não desanimo da busca. E, sem motivos aparentes, varro a tristeza, expulso as dores, retomo o sorriso, porque, no dia que nasce, na noite que morre, sei que haverá sempre novos alvoreceres e indescritíveis pores do sol.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário