Olá!
Depois que me dei conta de que, a cada ano que passa, mais me aproximo do fim de minha vida e, constatada essa verdade insofismável, decidi fazer tudo para ser feliz, para afastar de mim a tristeza, não guardar rancores, esquecer o que me deixou desconfortável. Prefiro ver e rever “Uma linda mulher” a assistir a novelas tipo Salve Jorge, pela descarada maldade de muitos de seus personagens. Para me resguardar (e nem sempre isso é possível), só vou a lugares que me dão prazer, seleciono o que leio em revistas, livros e jornais, sou induzida a tomar extremado cuidado com as palavras (já passei por muito desconforto por proferi-las sem freios). Fujo como doida de pessoas pessimistas e, se escuto, logo apago as palavras insensatas. Só não posso me eclipsar do que é óbvio, do sofrimento quando se escancara nas telas da televisão.
No último domingo, como um ímã irresistível, mesmo sofrendo muito, acompanhei todos os canais que tematizavam sobre a tragédia que se apossou de Santa Maria. Chorando, quase não via as cenas terríveis que se desenrolavam na TV, mesmo assim queria ver mais para me certificar de que nada daquilo poderia estar acontecendo. Não podia acreditar que, um lugar destinado a tornar as pessoas felizes, servira-lhes de túmulo.
Mais estarrecida ainda fiquei ontem quando, por morbidez inexplicável, deparei-me com as fotos que mostram os corpos amontoados nos banheiros. Cena terrível. Associei-a às imagens que vi, durante toda a minha vida, dos judeus nos campos de concentração, encurralados naqueles lugares horrendos pelos nazistas. Chorei de novo. Verti todas as lágrimas que imaginei ter chorado. Triste fim para moças e rapazes tão lindos. Pobres pais! Pobres mães! Tristes familiares!
A dor deles fez maior o meu pranto. O sofrimento deles tornou monstruosa a tragédia. O conhecimento dos três jovens (duas mocinhas de minha cidade e outro que aqui estudou) tornou em mim a dor mais palpável, mais contundente. Que essa catástrofe jamais seja esquecida! Que sejam sempre relembradas as falhas que a induziram e que se tomem as medidas preventivas para que nunca mais aconteça. Não podem ficar, pois, impunes, os causadores dessa desgraça. Não podemos deixar de exigir e cobrar a criação de leis mais rigorosas para que uma tragédia anunciada como essa não se repita.
Um abraço e todo o meu carinho aos pais e familiares dessas lindas crianças que se foram e das que sofrem em hospitais!
Depois que me dei conta de que, a cada ano que passa, mais me aproximo do fim de minha vida e, constatada essa verdade insofismável, decidi fazer tudo para ser feliz, para afastar de mim a tristeza, não guardar rancores, esquecer o que me deixou desconfortável. Prefiro ver e rever “Uma linda mulher” a assistir a novelas tipo Salve Jorge, pela descarada maldade de muitos de seus personagens. Para me resguardar (e nem sempre isso é possível), só vou a lugares que me dão prazer, seleciono o que leio em revistas, livros e jornais, sou induzida a tomar extremado cuidado com as palavras (já passei por muito desconforto por proferi-las sem freios). Fujo como doida de pessoas pessimistas e, se escuto, logo apago as palavras insensatas. Só não posso me eclipsar do que é óbvio, do sofrimento quando se escancara nas telas da televisão.
No último domingo, como um ímã irresistível, mesmo sofrendo muito, acompanhei todos os canais que tematizavam sobre a tragédia que se apossou de Santa Maria. Chorando, quase não via as cenas terríveis que se desenrolavam na TV, mesmo assim queria ver mais para me certificar de que nada daquilo poderia estar acontecendo. Não podia acreditar que, um lugar destinado a tornar as pessoas felizes, servira-lhes de túmulo.
Mais estarrecida ainda fiquei ontem quando, por morbidez inexplicável, deparei-me com as fotos que mostram os corpos amontoados nos banheiros. Cena terrível. Associei-a às imagens que vi, durante toda a minha vida, dos judeus nos campos de concentração, encurralados naqueles lugares horrendos pelos nazistas. Chorei de novo. Verti todas as lágrimas que imaginei ter chorado. Triste fim para moças e rapazes tão lindos. Pobres pais! Pobres mães! Tristes familiares!
A dor deles fez maior o meu pranto. O sofrimento deles tornou monstruosa a tragédia. O conhecimento dos três jovens (duas mocinhas de minha cidade e outro que aqui estudou) tornou em mim a dor mais palpável, mais contundente. Que essa catástrofe jamais seja esquecida! Que sejam sempre relembradas as falhas que a induziram e que se tomem as medidas preventivas para que nunca mais aconteça. Não podem ficar, pois, impunes, os causadores dessa desgraça. Não podemos deixar de exigir e cobrar a criação de leis mais rigorosas para que uma tragédia anunciada como essa não se repita.
Um abraço e todo o meu carinho aos pais e familiares dessas lindas crianças que se foram e das que sofrem em hospitais!
Arlete,até neste momento de tristeza,mesmo com a nossa revolta interna contra aqueles "responsáveis" por mais uma tragédia,demonstramos a nossa covardia em não tomar as atitudes que aqueles que se foram gritam "façam alguma coisa"Num País sério,o Governador já teria exonerado Secretário de Segurança,Cmt Geral da Brigada e Cmt Corpo de Bombeiros,nada irá acontecer,porque ficamos remoendo a nossa dor dentro das nossas casas,os valentes estariam nas ruas,clamando por justiça.Somos todos acomodados e COVARDES...
ResponderExcluirVerdade, amigo! Quem sabe, como líder em tua cidade, mesmo através de e-mails, conclama os teus amigos virtuais a pressionarem a que tem obrigação de agir para adotarem posturas mais rigorosas na fiscalização de qualquer casa que envolva aglomerado de pessoas. Não só casas noturnas. A fiscalização deve envolver até igrejas e clubes.
ResponderExcluirAcredito que, depois dessa tragédia, medidas serão tomadas. É impossível que nada façam. Ainda acredito que algum resquício de responsabilidade envolve o Governador e os seus agentes.
A dor está ainda muito latente. As pessoas estão alquebradas com a extensão dessa hecatombe. Sim! Para mim foi um a HECATOMBE. (Conheço três dos jovens mortos: duas meninas e um rapaz. O que torna mais sofrida aceitação passiva disso tudo).
Um forte abraço.