quinta-feira, 15 de março de 2012

O Sentido da Vida



Não é nenhuma novidade que dinheiro, viagens, status, beleza e outras coisinhas mundanas são sonhos de consumo de muita gente, mas não dão sentido à vida de ninguém. A única coisa que justifica nossa existência são as relações que a gente constrói. Só os afetos é que compensam a gente percorrer uma vida inteira sem saber de onde viemos e para onde vamos. Diante da pergunta enigmática - por que estamos aqui? - só nos consola uma resposta: para dar e receber abraços, apoio, cumplicidade, para nos reconhecermos um no outro, para repartir nossas angústias, sonhos, delírios. Para amar, resumindo.

Piegas? Depende de como essa história é contada. Se for através de um filme inteligente, sarcástico, tragicômico como Invasões Bárbaras, o piegas passa à condição de arte. O filme é uma espécie de continuação de O Declínio do Império Americano. Naquele, um grupo de amigos se encontrava numa casa à beira de um lago e discutia sobre vida, morte, sexo, política, filosofia. Em Invasões Bárbaras, estes mesmos amigos, quase 20 anos depois, se reencontram por causa da doença de um deles, que está com os dias contados. Descobrem que muitos dos seus ideais não vingaram, que muita coisa não saiu como o planejado, só o que sobrou mesmo foi a amizade entre eles. E a gente se pergunta: há algo mais nesta vida pra sobrar? Quando chegar a nossa hora, o que realmente terá valido a pena? Os rostos, risadas, mulheres, decotes, pernas, beijos, confidências e olhares que nos fizeram felizes por variados instantes de sexo, que não preenchiam o vazio da alma.

Mas, Pais e filhos, maridos e esposas, amigos: são eles que sustentam a nossa aparente normalidade, são eles que estimulam a nossa funcionalidade social. Se não for por eles, se não houver um passado e um presente para com eles compartilhar, com que identidade continuaremos em frente, que história teremos para carregar, quem testemunhará que aqui estivemos? Só quem nos conhece a fundo pode compreender o que nos revira por dentro, qual foi o trajeto percorrido para chegarmos neste exato ponto em que estamos, neste estágio de assombro ou alegria ou desespero, ou seja lá em que pé estão as coisas pra você. Se não nos decifraram, se não permitimos que aplicassem um raio x na gente, então não existimos, o sentido da vida foi nenhum.

Todas as pessoas querem deixar alguns vestígios para a posteridade. Deixar alguma marca. É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente nos imortaliza. Filhos somem no mundo, árvores são cortadas, livros mofam em sebos. A única coisa que nos imortaliza - mesmo - é a memória daqueles que nos amaram e foram fiéis.

(Martha Medeiros)

quarta-feira, 14 de março de 2012

Hoje é o Dia da Poesia


Nada mais significativo para comemorar o dia de hoje, com belos poemas de Mario Quintana.


"O Mapa”

Olho o mapa da cidade

Como quem examinasse

A anatomia de um corpo…

(E nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita

Das ruas de Porto Alegre

Onde jamais passarei…

Há tanta esquina esquisita,

Tanta nuança de paredes,

Há tanta moça bonita

Nas ruas que não andei

(E há uma rua encantada

Que nem em sonhos sonhei…)

Quando eu for, um dia desses,

Poeira ou folha levada

No vento da madrugada,

Serei um pouco do nada

Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar

Pareça mais um olhar,

Suave mistério amoroso,

Cidade de meu andar

(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso…


“Bilhete”

Se tu me amas, ama-me baixinho

Não o grites de cima dos telhados

Deixa em paz os passarinhos

Deixa em paz a mim!

Se me queres,

enfim,

tem de ser bem devagarinho, Amada,

que a vida é breve, e o amor mais breve

ainda…

“Eu Escrevi um Poema Triste”

Eu escrevi um poema triste

E belo, apenas da sua tristeza.

Não vem de ti essa tristeza

Mas das mudanças do Tempo,

Que ora nos traz esperanças

Ora nos dá incerteza…

Nem importa, ao velho Tempo,

Que sejas fiel ou infiel…

Eu fico, junto à correnteza,

Olhando as horas tão breves…

E das cartas que me escreves

Faço barcos de papel!

A apresentadora de um programa feminino de variedades pergunta à dona Irene,uma jovem senhora de 54 anos:
- A Senhora pode contar aos nossos telespectadores quais são as atividades de uma típica dona de casa?

- Ah, sim... De manhã, levo os meninos ao colégio. Depois, na volta do colégio, tenho três horas de atividades sexuais... Então, meu marido e filhos chegam pro almoço, almoçam, ele volta pro trabalho e as crianças vão fazer os deveres... Aí, tenho mais algumas horas de atividades sexuais até anoite, quando jantamos e vamos todos pra cama!

- Minha nossa! Desculpe, mas a senhora pode nos explicar em que consiste essas atividades sexuais?

-Ah, lógico, explico sim! Atividade sexual é fazer tudo o que é foda: é foda varrer, é foda passar pano no chão, é foda lavar roupa, é foda arear as panelas, é foda lavar louças, é foda lavar cachorro, é foda arrumar camas, é foda costurar, é foda passar roupas, é foda limpar os vidros... Etc..etc...

Essa mulher merece um Oscar. Nunca vi uma definição tão perfeita da rotina de uma mulher casada!

terça-feira, 13 de março de 2012

PEQUINÊS X PEQUENEZ



Já fiz várias brincadeiras com as duas palavras do título acima.
Pedia para as pessoas escreverem o nome do cãozinho da foto e sabem o que escreviam? PEQUENEZ.

Erravam sempre!!!

Esse cachorrinho é originário de PEQUIM, daí o nome PEQUINÊS.

Quem nasce em Portugal não é português?

Pois quem nasce em PEQUIM é pequinês.

Atentem à analogia que vou fazer abaixo!
PEQUENEZ é a baixa estatura de uma mulher (ou de qualquer coisa pequena).



PEQUINÊS é a raça dolindo cãozinho chinês lá de cima.

Gravem!

PEQUIM = PEQUINÊS

PEQUENO = PEQUENEZ

segunda-feira, 12 de março de 2012

Curiosidades do meio literário!

    

O escritor Wolfgang Von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa uma escrivaninha alta.

O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim que ninguém o tirasse do lugar.

Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma televisão. Todas as obras foram escritas a bico-de-pena, como o mais extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.

Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo (SP). A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a ponte simplesmente ruiu. Ele não se deu por vencido e a reconstruiu. Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.

Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas. Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era míope, gago e sofria de epilepsia. Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores crises intestinais, com complicações para sua frágil visão. Os médicos recomendaram três meses de descanso em Petrópolis. Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a esposa, Carolina.

Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos e os elementos de retórica. Por insistência da sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal. No segundo casamento, com Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso.

Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romances, desenhar e pintar, sobre papelão, as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.

José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953.

Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), depois de um desentendimento com o professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros. Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos. "Se não fizer isso, saio matando gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto. "Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe dou outra igualzinha."

Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde. Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano. Junto com o exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo pela manhã e concluído que não era um bom dia para o encontro.

Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também escritor. Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho respondeu quatro horas depois, quando chegavam à estação final.

Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.

Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira da formiga tanajura), além de Biotônico Fontoura. "Para ele, era licor", diverte-se Joyce, a neta do escritor. Também tinha mania de consertar tudo. "Mas para arrumar uma coisa, sempre quebrava outra."

Manuel Bandeira sempre se gabou de um encontro com Machado de Assis, aos dez anos, numa viagem de trem. Puxou conversa: "O senhor gosta de Camões?" Bandeira recitou uma oitava de Os Lusíadas que o mestre não lembrava. Na velhice, confessou: era mentira. Tinha inventado a história para impressionar os amigos. Foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo costas.

Guimarães Rosa, médico recém-formado, trabalhou em lugarejos que não constavam no mapa. Cavalgava a noite inteira para atender a pacientes que viviam em longínquas fazendas. As consultas eram pagas com bolo, pudim, galinha e ovos. Sentia-se culpado quando os pacientes morriam. Acabou abandonando a profissão. "Não tinha vocação. Quase desmaiava ao ver sangue", conta Agnes, a filha mais nova.

Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher dele, Dina. Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual.

Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento em Copacabana. Não tinha geladeira. Para agüentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água para ter sensação refrescante na boca.

José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955. Em vez de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.

Jorge Amado, para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal fosse dado a Sônia Braga. "Por quê?", perguntavam os jornalistas, Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou todo mundo de boca aberta. O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal disse: "Muito prazer, encantado." Era piada. Os dois nem se conheciam até então.

O poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo: conchas, navios em miniatura, garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que lhe dava na cabeça.

Vladimir Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC). O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava lavar as mãos diversas vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e obsessivo.

A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem tcheca Franz Kafka usasse roupas leves e só dormisse de janelas abertas – para que o ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga.

O escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida tratando de problemas de depressão.

O poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escreve sob diversos pseudonimos, cada um com um estilo e uma biografia próprios. Ente os pseudonimos adotado estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.

domingo, 11 de março de 2012

Entrevista com gremista

A primeira vez que vi e ouvi esta entrevista, chorei de tanto rir. Espero que os meus visitantes colorados, especialmente os gremistas riam também, porque rir da própria desgraça é o mais nobre jeito de se mostrar superior às pequenas baixarias como essa.

As candidatas às novas sete maravilhas do mundo REEDITADO

Depois de mais de 2.200 anos em que o poeta Antípatro de Sídon enumerou as sete maravilhas do mundo antigo, em Lisboa, no dia 7 de julho de 2007, foram listadas as novas sete maravilhas do mundo moderno.

Hoje, mostrarei as 20 localidades que foram à votação online para serem escolhidas como as sete maravilhas do mundo moderno. Sempre tive curiosidade em saber quais eram, pesquisei e dou de graça para vocês. (Repeti algumas localidades, quando achei mais de uma foto bonita).

Ankor Wat (Camboja).

Timbuku (Mali)
Templo de Kiyomizu (Quioto, Japão)
Alhambra (Granada, Espanha)
Stonehenge (Amesbury, Grã-Bretanha)
Taj Mahal (Índia)

Machu-Picchu (Cuzco, Peru)
Templo de Kiyomizu (Kioto, Japão)

Acrópole (Atenas, Grécia)

Acrópole sob outro ângulo

                          Grande Muralha (China)

Torre Eiffel (Paris, França)

Kremlin (Moscou, Rússia)

Moais (Ilha da Páscoa)

Hagia (Sófia, Bulgária)

Coliseu (Roma, Itália)

Cristo Redentor (Rio de Janeiro, Brasil)

Chichen Itza (Yucatan, México)

Detalhe de Angkor Wat (Camboja)

Alhambra (Granada, Espanha)

Petra (Jordânia)

Ópera de Sydney, Austrália

Ópera de Sydney à noite

Estátua da Liberdade (New York, USA)

Castelo de Neuschwanstein (Fussen, Alemanha)

E vocês, quais delas escolheriam para ser as sete maravilhas do mundo moderno? 

Amanhã, retornem aqui, para lembrarem quais foram as vencedoras.

sábado, 10 de março de 2012

Duas frases para serem memorizadas


"Antigamente, as mulheres cozinhavam igual à mãe...Hoje, estão bebendo igual ao pai!" FRASE DA DÉCADA


"Antigamente, os cartazes nas ruas, com rostos de criminosos, ofereciam recompensas; hoje em dia, pedem votos".

sexta-feira, 9 de março de 2012

Mulher Nota Mil 2012

 O Prefeito Júlio Ruivo (meu ex-aluno) abre o cerimonial de lançamento do livro "Infinitamente Mulher"


                                           Eu, recebendo o certificado de Mulher Nota Mil

                                              Todas as 55 autoras do "Infinitamente Mulher"


Não parei de dar autógrafos


Um momento de pausa...


Final da sessão de autógrafos

Foi, realmente, uma grande noite.

Sou Mulher NOTA MIL



Este é o certificado que ganhei ontem, em belo cerimonial na Estação do Conhecimento, em Santiago.

E o livro, do qual participo com o conto "O despertar da esperança", é este: