Amigo e amiga queridos!
A homenagem de hoje vai para Roseli Candida, uma jovem senhora, minha mais nova e adorável amiga virtual. Um tesouro de pessoa. Mãe de uma garotinha de 12 anos. Prometi a ela que republicaria este texto e, como promessa é dívida, eis "Uma lição insofismável" aqui outra vez.
São tantos os artigos que já tive publicados no jornal gaúcho Zero Hora que já devia estar acostumada.(Só em 2011, ZH publicou ONZE. Fora os dos anos anteriores). (Qualquer dia vou fazer um levantamento para ver quantos tive a honra de ver escritos nesse importantíssimo jornal desde que comecei a enviá-los a ele.) Isso não acontece, no entanto. A euforia a que sou acometida é tão grande que parece que vou explodir de emoção. Esse fato se agiganta por duas situações: a primeira é a rapidez como publicam o que remeto à redação. A segunda, nunca fui eu que me deparei com o texto.
Sempre é minha filha, a Daniella, a Marli, o meu Anjo Número Um ou o meu Anjo Número Dois, que me avisam da publicação de meus escritos. Isso é uma decorrência de eu ler sempre o jornal do dia anterior, enquanto o meu marido lê o atualizado e jamais esperar que realizem a publicação deles com tamanha rapidez. Compartilhamento e cumplicidade nas ações rotineiras.
Hoje, porque saiu bem cedo, mesmo enfrentando um frio de 2° e sensação térmica negativa, não fez a tradicional leitura de ZH como de hábito. E eu me dediquei a outros afazeres.
Deixemos os preâmbulos e vamos ao texto então:
Deixemos os preâmbulos e vamos ao texto então:
Uma lição insofismável
Quando os nossos filhos nascem, de atores principais, passamos a coadjuvantes no intrincado e temperamental cenário que é a vida. No convívio com eles, passamos a interpretar os mais variados papéis de acordo com as circunstâncias. No alvorecer de suas escaladas, somos os guardiões incansáveis de seu desenvolvimento. De nós depende a satisfação de suas mais rudimentares necessidades: alimentamos, protegemos, amamos, ensinamos a eles os primeiros passos e palavras. São nossos reféns. Se falharmos, sucumbirão.
À medida que vão crescendo, criando asas, cedo procuram espaços mais amplos para se constituírem e alçarem voos tímidos e incipientes, sem a nossa proteção. Antes, senhores exclusivos de seu crescimento, começamos a exercer um papel secundaríssimo. A escola, os professores (se ótimos) e os amigos nos eclipsam e se tornam o seu centro de atenção e de afetividade. É então que exercitamos o papel de pagadores, taxistas gratuitos, seres insones e rezadores à espera de que retornem sãos e salvos a casa, após show musical ou algum animado festim em clubes noturnos ou em casa de amigos.
Crescidos, sentindo-se independentes, ganhando força e fôlego, anseiam por novos horizontes e voam para mais longe. Passamos, então, de coadjuvantes a seres subalternos em seu mundo de afeição. Transformamo-nos de agentes protetores a seres cativos de um telefonema ou de uma mensagem eletrônica, que possam acalmar nossa ansiedade por notícias deles. Sem nos darmos conta, somos substituídos por novos amores, capazes de induzi-los a formar um novo lar. Ao se casarem, tácita ou oficialmente, constituem a sua família, da qual passamos à condição de parentes ou de visitantes esporádicos.
Se desempenharmos muito bem o nosso papel enquanto pais, poderemos ser lembrados por eles como seres diferenciados, que merecem determinadas regalias e um bom legado do afeto que ainda resta em corações sensíveis. Se formos pais, cuja nota não ultrapasse o regular ou o médio, seremos considerados como estorvos descartáveis, malas pesadas demais para serem carregadas e que devem ser jogadas em algum lugar distante deles.
A lição insofismável e cíclica que a vida ensina, e que demoramos muito a assimilar, é a de que agimos exatamente assim, com os nossos pais.
Quando os nossos filhos nascem, de atores principais, passamos a coadjuvantes no intrincado e temperamental cenário que é a vida. No convívio com eles, passamos a interpretar os mais variados papéis de acordo com as circunstâncias. No alvorecer de suas escaladas, somos os guardiões incansáveis de seu desenvolvimento. De nós depende a satisfação de suas mais rudimentares necessidades: alimentamos, protegemos, amamos, ensinamos a eles os primeiros passos e palavras. São nossos reféns. Se falharmos, sucumbirão.
À medida que vão crescendo, criando asas, cedo procuram espaços mais amplos para se constituírem e alçarem voos tímidos e incipientes, sem a nossa proteção. Antes, senhores exclusivos de seu crescimento, começamos a exercer um papel secundaríssimo. A escola, os professores (se ótimos) e os amigos nos eclipsam e se tornam o seu centro de atenção e de afetividade. É então que exercitamos o papel de pagadores, taxistas gratuitos, seres insones e rezadores à espera de que retornem sãos e salvos a casa, após show musical ou algum animado festim em clubes noturnos ou em casa de amigos.
Crescidos, sentindo-se independentes, ganhando força e fôlego, anseiam por novos horizontes e voam para mais longe. Passamos, então, de coadjuvantes a seres subalternos em seu mundo de afeição. Transformamo-nos de agentes protetores a seres cativos de um telefonema ou de uma mensagem eletrônica, que possam acalmar nossa ansiedade por notícias deles. Sem nos darmos conta, somos substituídos por novos amores, capazes de induzi-los a formar um novo lar. Ao se casarem, tácita ou oficialmente, constituem a sua família, da qual passamos à condição de parentes ou de visitantes esporádicos.
Se desempenharmos muito bem o nosso papel enquanto pais, poderemos ser lembrados por eles como seres diferenciados, que merecem determinadas regalias e um bom legado do afeto que ainda resta em corações sensíveis. Se formos pais, cuja nota não ultrapasse o regular ou o médio, seremos considerados como estorvos descartáveis, malas pesadas demais para serem carregadas e que devem ser jogadas em algum lugar distante deles.
A lição insofismável e cíclica que a vida ensina, e que demoramos muito a assimilar, é a de que agimos exatamente assim, com os nossos pais.
Muitas vezes, somos valorizados por nossos descendentes e damos o devido valor a nossos gestores depois que os primeiros e nós também tivermos morrido.
Se os ensinamentos aos filhos forem bem ministrados e na dosagem mensurada pela razão e pelo coração, teremos a convicção de que lhes estaremos ofertando um cenário onde transitarão com ética, honestidade e aptos para construir um Brasil muito melhor. Se todos os pais se conscientizarem da importância do papel a ser desempenhado junto aos seus filhos com amor e competência, provavelmente teremos um país sem corrupção e criminalidade.
**Publicado em Zero Hora, TERÇA-FEIRA, 2 de agosto de 2011- Ano 48- Nº 16.737, pág. 15
Se os ensinamentos aos filhos forem bem ministrados e na dosagem mensurada pela razão e pelo coração, teremos a convicção de que lhes estaremos ofertando um cenário onde transitarão com ética, honestidade e aptos para construir um Brasil muito melhor. Se todos os pais se conscientizarem da importância do papel a ser desempenhado junto aos seus filhos com amor e competência, provavelmente teremos um país sem corrupção e criminalidade.
**Publicado em Zero Hora, TERÇA-FEIRA, 2 de agosto de 2011- Ano 48- Nº 16.737, pág. 15
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