terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Meus amores e eu


Detesto tirar fotografias. Podendo fujo do fotógrafo, mesmo que "caseiro", como o demo foge da cruz. No entanto, há momentos que só  se tornam inesquecíveis uma vez registrados em fotos. Por isso, não me "fiz de rogada" para as poses abaixo, porque estávamos arrumados para a festa de casamento do Alan e da Jamile, uma sobrinha-neta. A noiva era uma belíssima mistura de anjo, deusa, rainha. Uma das mais lindas que já vi. O noivo, encantador, desinibido, um dândi. Os pais dos noivos primaram pela beleza das roupas, pelo cavalheirismo e pelo carinho com os presentes.  As mães, ambas belíssimas. Festa perfeita! 

Quanto a nós, meu marido, minha filha, minha neta, minha irmã, meu filho, a namorada e meus cunhados não destoamos dos demais convivas. A Marianna brilhou quase tanto quanto a noiva. Correu, dançou, encantou.
 







sábado, 28 de janeiro de 2012

Ômega 3, um milagre para o cérebro

Hoje, meus queridos e queridas, presenteio a vocês um "remedinho" para manter o cérebro sempre ATIVO: Ômega 3

Façam assim:

*Suco de 2 laranjas

*1 colher (sopa) de linhaça

*1 colher (sopa) de babaçu ou gergelim

Batam tudo no liquidificador. Podem acrescentar uma banana e 1 pedaço de beterraba.

Depois, é só manter a regularidade no uso. (Vocês vão se sentir que nem um garoto ou garota).

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Maquiagem errada

Olhem as fotos das famosas abaixo e percebam o quanto os excessos prejudicam a imagem. Vejam como o blush em exagero detona qualquer produção. As "blushadas" são Christine Aguilera, Monique Alfredique, Maíra Cardi, Sandy, Eva Langoria, Catherine Zeta-Jones (que sem photoshop não é lá essas coisas) e Britney Spears.








quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fotos lindas com flores em fundo preto

Sem tempo para escrever ou procurar um bom texto para postar aqui, porque estou me dedicando às mulheres de minha vida, Daniella, Marianna e Aloísa, filha, neta e irmã, que passam uma pequena temporada aqui em casa, dedico a vocês as fotos abaixo.














terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Para refletir


Às vezes, queria ter nascido na Austrália, porque tenho vergonha de meu país e nada poder fazer. O meu voto? Unzinho, gotinha mísera de água num oceano de corrupção e descaso pelo povo brasileiro. (Bandidos são os presidentes, os ministros, os  governadores e os prefeitos que roubam o dinheiro público) E não é à toa que aqueles carinhas que elegemos se chamam de...puta...dos e ver...e..a...dores.

Para contrabalançar, eis um belo pequeno texto que arrastei do Facebook de Vera Pessota, um pessoa tão adorável que nem o tempo arrefeceu o meu carinho por ela:

‎"Quando a gente GOSTA, a gente começa emprestando um livro, depois um casaco, um guarda-chuva, até que somos MAIS EMPRESTADOS do que DEVOLVIDOS. Gostar é NÃO devolver, é se ENDIVIDAR de lembranças". (Fabrício Carpinejar)

Fotos belíssimas de flores






segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Movimento Devagar


A sociedade de consumo, aos poucos, vai dando uma espiada em campanhas que apregoam que, para que as pessoas consigam ser felizes, com mais tempo para o lazer, trabalho, estudo e mais racional uso do tempo livre, devem procurar seguir os ensinamentos de campanhas como o Movimento Devagar, que se inspirou nas bases do Slow Food (“slow”= lento e “food”= comida). Esse movimento surgiu como uma reação crítica ao avanço do fast-food, ao desaparecimento das tradições culinárias regionais e ao ritmo frenético dos dias atuais.

Aproveitando a onda, o jornalista canadense Carl Honoré deu o nome de Movimento Devagar ao conjunto de esforços com o objetivo de mostrar “que tudo, ou quase tudo, quando feito devagar traz benefícios ao homem.”

E vocês, meus queridos e queridas, o que fazem do tempo livre?

Depois dessa, vou calçar os meus tênis Nike e sair por aí, “sem lenço e sem documento”...


Ah! Juro que vou aderir a esse movimento e a este: "Não canse quem te quer bem".

Podem ter a certeza que, depois de uma boa caminhada ao pôr do sol, o seu humor tem duas opções. Ou vocês melhoram, ou
continuam sendo bruxos e bruxas na vida de seus amores.

Pensem nisso.

Psiu! Leiam a crônica "Não canse quem te quer bem" de Martha Medeiros, que saiu na pág. 26 do caderno Donna, encartado na Zero Hora de domingo.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Bom domingo, amigos!

Desejo a vocês um domingo ...


gostoso assim...
     ... e assim...

E que termine colorido e luminoso assim... 

Retardado aos oito anos


Mãe é exagerada. Sempre romantiza a infância do filho. A minha, Maria Carpi, dizia que eu fui um milagre, que enfrentei sérias rejeições, que não conseguia ler e escrever, que a professora recomendou que desistisse de me alfabetizar e que me colocasse numa escola especial.

Eu permitia que contasse essa triste novela, dava os devidos descontos melodramáticos, entendia como licença poética.

Até que mexi na estante do escritório materno em busca do meu histórico escolar.

E achei um laudo, de 10 de julho de 1980, assinado por famoso neurologista e endereçado para a fonoaudióloga Zulmira.

“O Fabrício tem tido progressos sensíveis, embora seja com retardo psicomotor, conforme o exame em anexo. A fala, melhorando, não atingiu ainda a maturidade de cinco anos. Existe ainda hipotonia importante. Os reflexos são simétricos. Todo o quadro neurológico deriva de disfunção cerebral.”

Caí para trás. O médico informou que eu era retardado, deficiente, não fazia jus à mentalidade de oito anos. Recomendou tratamento, remédios e isolamento, já que não acompanharia colegas da faixa etária.

Fico reconstituindo a dor dela ao abrir a carta e tentar decifrar aquela letra ilegível, espinhosa, fria do diagnóstico. Aquela sentença de que seu menino loiro, de cabeça grande, olhos baixos e orelhas viradas não teria futuro, talvez nem presente.

Deve ter amassado o texto no bolso, relido sem parar num cantinho do quintal, longe da curiosidade dos irmãos.

Mas não sentiu pena de mim, ou de si, foi tomada de coragem que é a confiança, da rapidez que é o aperto do coração. Rejeitou qualquer medicamento que consumasse a deficiência, qualquer internação que confirmasse o veredito.

Poderia ter sido considerada negligente na época, mas preferiu minha caligrafia imperfeita aos riscos definitivos do eletroencefalograma. Enfrentou a opinião de especialistas, não vendeu a alma a prazo.

Ela me manteve no convívio escolar, criou jogos para me divertir com as palavras e dedicou suas tardes a aperfeiçoar minha dicção (lembro que me fazia ler Dom Quixote, e minha boca andava apoiada no corrimão dos desenhos).

Em vez de culpar o destino, me amou mais.

Na vida, a gente somente depende de alguém que confie na gente, que não desista da gente. Uma âncora, um apoio, um ferrolho, um colo. Se hoje sou escritor e escrevo aqui, existe uma única responsável: Maria Carpi, a Mariazinha de Guaporé, que transformou sua teimosia em esperança. E juro que não estou exagerando.

FABRÍCIO CARPINEJAR

* Ah! Como entendo Maria Carpinejar. Vivi um drama familiar, não de retardo, mas de quase perda de um filho. Diagnosticado como sem chance de viver, nunca perdi a esperança de que tudo o que vivia não passava de um pesadelo, uma provação para me testar e ver se eu era um ser amargo ou uma mulher cheia de amor e bondade. Venceu a vida. Venceu o amor.

Reproduzirei, amanhã, o conto (real) que escrevi sobre a saga e a salvação do meu filho mais velho.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Vivemos no paraíso?


Quem não tem um filho (ou filha) que parece ter nascido para fazer, da vida dos pais, um lugar de purificação ao reino dos céus? (O meu lugar, creio, parece estar sendo garantido no "paraíso celestial". Ufa!)

Vamos rir um pouquinho?



ADVOGADO NA PRAIA.......

Um advogado está tranquilamente tomando sol na praia, quando uma bela senhora se aproxima:
- Doutor Fernando, o que faz por aqui?

O advogado, querendo mostrar que advogados também podem ter veia poética, responde com ar conquistador:
- Roubando raios de sol...
A senhora, sorrindo docemente:
- Vocês, advogados, sempre trabalhando...

SE MULHER FOSSE UMA BOLA
20 anos -seria uma bola de futebol = tinha 22 homens atras dela
30 anos - bola de basquete - tinha 10 homens atras dela
40 anos -bola de golf - tinha 1 homem atrás dela
50 anos - bola de ping-pong - tinha 2 homens a empurrá-la de um para o outro
60 anos - bola preta de snocker - tinha todos os homens a evitar tocar nela, antes de tratarem de todas as outras

MARIDO & MULHER
A mulher chega em casa e vê o marido preparando uma mala de viagem
- O que está fazendo?
- Preparando uma mala.
- E para...?
- Vou para a Austrália.
- Para que?
- Porque dizem que lá pagam 100 dólares por cada relação sexual.
A mulher se pôs a preparar uma mala também. No que o marido pergunta:
- E você? Tá fazendo o que?
- Preparando uma mala.
- Para...?
- Para ir para a Austrália.
- E...?
- Para te ajudar, porque não acredito que você vá conseguir viver só com 100 dólares por mês.

MINEIRIN I-
Dois 'minerinhos' conversando:
- Zé... fala uma coisa ruim!
- Minha sogra!
- Não, sô! Coisa ruim de cumê!
- A fia dela!!!


MINEIRIN II-
Mineirim, miudinho, todo tímido embarca no ônibus de LAGOA da PRATA para BH. Seu colega de poltrona, um negão de 1,80 m de altura, com cara de poucos amigos. Negão no maior ronco e mineirim todo enjoado com as curvas da estrada.
A certa altura mineirim não aguenta e vomita todo o jantar no peito do negão.
Mineirim no maior desespero e negão ainda roncando.
Chegando em Betim, negão acorda, passa a mão no peito todo melecado.
Olha indignado e confuso pro mineirim, que imediatamente bate a mão no seu ombro e pergunta:
- Miorô?!?!

Num vagão de metrô, um anão começou a  escorregar pelo banco e um passageiro ao seu lado, solidário, o recolocou na  posição.
Pouco depois, lá ia o anão escorregando e o mesmo passageiro o
recolocava no assento, com toda gentileza.

Quando a situação se repetiu pela  quinta vez, o homem, já puto,
esbravejou:

- Caralho, você não consegue  ficar com a bundinha sentadinha
direito no banco, porra?

Ao que o anãozinho  respondeu:
- Porra digo eu, seu filho da puta, já era para eu ter  desembarcado
a três estações, mas você não deixa! 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sobre o Big Brother Brasil

Este artigo, espero, venha ao encontro de tua sugestão, Roseli Candida, o meu novo anjo: o Anjo Número Três.

Brothers


O show não pode parar. Mário de Andrade, autor da obra e leitura obrigatória chamada Macunaíma, tinha razão. O Brasil é uma grande Macunaíma. Um país de marombados, desdentados, de viagens para a Disney e a cultura do crack pedindo passagem.

Que país é esse? O tal Big Brother reflete esse cenário de embrutecimento da alma humana. Qual a matéria jornalística que está bombando? A história da relação sexual de um brother e uma sister passado em horário sem nenhuma censura prévia. Quem pode pagar a TV por assinatura vê aquilo que ninguém vê, sem nenhum trocadilho com quem passa o programa.

Sensacionalismo, vulgaridade, mediocridade vendidas ao vivo para nossa intelectualidade. Penso, às vezes, que imaginam que somos um bando de cérebros sem neurônios. Tudo vale e tudo é permitido. Um simples olhar em qualquer programa dos brothers descortina o incentivo e a licenciosidade com que o álcool é tolerado.

Essa juventude confinada é, querendo ou não, uma referência para a galera que está de fora da casa. Um preço módico de um telefonema elimina esse ou aquele albergado. Uma soma vultosa construída na sede de nossa vaidade. Simples, eliminamos quem não gostamos ou quem compete conosco.

Um apresentador que insiste em nos vender a imagem que eles, os brothers, são nossos heróis. Heróis ? As longas filas nos postos de saúde desvelam essa enganosa verdade, plantada todas as noites em tempos de verão, férias para muitos. Um país de contradições paralisa em torno das 22h. Vivemos tempos da casa mais vigiada do Brasil.

Em tempos de cultura descartável, todos os brothers farão parte desse universo, de uma memória a ser deletada no próximo verão. Afinal, o show deve continuar. Para não passar batido, esse cenário também passa nas outras mídias. Pensar dói e incomoda.

É mais fácil digerir o que já vem pronto, muitas vezes travestido com uma roupagem nova. Engolimos lixo, muitas vezes, sem nos darmos conta. Continuamos sendo enrolados com as grades de vidro que vemos. Elas nos dão a falsa impressão de liberdade. Somos moralistas para questões políticas e liberais para tudo o que deveria ser central e vital na vida humana. O Big Brother passa uma mensagem perigosa de que tudo é permitido. Vale tudo.

Se, por acaso, tudo não passar de um jogo de cena, um teatro grotesco e grosseiro, devemos estar ligados para não cair nessa roubada. Daniel e Monique, os brothers que estão no ar agora, cairão no esquecimento como qualquer lixo cultural. Em tempos futuros, quem sabe discutiremos o show das dez da noite. Doze anos no ar, há lições para serem aprendidas.

Essa Macunaíma chamada Brasil está a exigir de todos nós uma capacidade para discernimos o que é vulgar e ético. A verdade é que sempre seremos livres para aceitarmos uma situação imposta. A questão não é apenas trocar de canal, isso seria muito simplismo de nossa parte. Hoje, assistimos ao show do álcool liberado. Amanhã, assistiremos, na casa dos brothers, a quê?

Ainda temos tempo para olhar um novo jeito de educar para a sensibilidade. Apresentar o vazio para dizer como deve ser o contraponto deve nos colocar antenados no jogo das entrelinhas. Vamos lá fazer o que será – diria Gonzaguinha.


Carlos Alberto Barcellos*
*Professor

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

30 anos sem Elis Regina



Uma das notícias mais tristes que ouvi foi a morte prematura de Elis Regina. Não acreditava no que ouvia. Conhecera-a numa apresentação no Cine Imperial. Se não me engano, era uma das estrelas do Programa Maurício Sobrinho em turnê pelo interior do estado. Ela, uma adolescente que cantava e fazia do corpo um helicóptero, cujos braços se agitavam como hélices. Eu, uma garotinha acompanhada do pai para ver o espetáculo.

Cheia de personalidade, apresentara-se com extrema emoção e competência. Já prometia ser a maior cantora do Brasil. Morte inaceitável. Precoce. Overdose. Difícil de acreditar. Quando soube de sua morte, chorei desesperadamente. Ao meio-dia, de 19 de janeiro de 1982, os médicos do Hospital das Clínicas, de São Paulo, anunciaram a trágica morte de Elis Regina.

O Brasil inteiro chorou a morte da ESTRELA que cantava com o corpo todo e derramava sobre a música toda a sua emoção. 

Para recordar essa esplêndida, única, imortal cantora, postei quatro das músicas de que mais gosto.






“Só” uma intérprete , uma homenagem para Elis


Depois que tomava uma música para si, Elis Regina lhe emprestava a alma. Olhava o público nos olhos, parecia que um a um. Era lúdica, gorjeava travessa, abria um sorriso solar, o corpo inteiro se engajava na voz, os braços abertos em hélice. As canções ficavam marcadas a fogo com seu selo, tornavam-se dela, abafava outras versões. Jamais escreveu letra ou melodia, sua autoria era conferida pelas interpretações. Amanhã (*hoje) farão 30 anos de sua ausência.

Um bom ator é um intérprete de seu personagem, mas a qualidade da cena dependerá da entrega, de que o porta voz esqueça sua própria identidade e vista o papel. Minha carreira teatral sucumbiu brevemente quando, tomada de suores e tremores, não conseguia esquecer minha pobre pessoa, cujo fracasso no palco se impunha sobre as falas da peça.

Tão preocupada com meu vexame, só conseguia interpretar a mim mesma. Um verdadeiro intérprete entrega-se à Pomba Gira, deixa-se possuir, e assim, num contragolpe, termina apropriando-se do espírito que o toma. Se for genial, não conseguiremos diferenciar a criatura do criador, o demônio da vítima que o conjurou. Assim era Elis, de quem se dizia que era “só” intérprete.

Os psicanalistas se aproximam desse espírito: ao interpretarmos sonhos, por exemplo, o fazemos num estado de entrega, como o dos artistas. A verdade oculta sob o enredo maluco de um relato onírico pode ser lida sob o texto daquele que o narra.

O paciente lembra o que sonhou, mas em sessão faz um relato peculiar no qual, sem saber, opina sobre a aventura onírica. Seu analista exercita uma escuta sem preconceitos, sem deixar-se influenciar por suas teorias. É preciso surpreender-se por uma formulação curiosa de palavras, um desencaixe no relato, um estribilho: eis a dita atenção flutuante.

Assim descobre a nota dissonante do relato e a destaca do contexto, essa será a chave do enigma ou pelo menos de uma porta para entrar nele. Também o analista se relaxa e se perde de si, pois sem entrega não ocorre essa peculiar forma de escuta. Interpretações, como se vê, são sempre uma inusitada autoria, onde alguém se apropria do texto do outro para produzir a novidade.

Somos versões dos nossos antepassados, adaptadas ao nosso tempo. Seus traços nos assaltam, e com eles compomos uma identidade. A originalidade possível não passa da apropriação peculiar dessa origem, que é de certa forma uma interpretação. Uma intérprete, como Elis, é autora de versões. Versões também são obras de arte, ou, como diria Borges: obras de arte são sempre “só” versões.

DIANA CORSO

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Poema Enjoadinho


Poema Enjoadinho



Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!


Esse Vinícius! Sábio.

Há horas que temos vontade de "matar" as nossas pestinhas. Em outras, sentimos vontade de acariciá-las, endeusá-las. Jurar-lhes amor eterno. Mas que, às vezes,  não é moleza sermos pais ou mães... E agora, com a "Lei da palmada", UFA!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

LAÇO E O ABRAÇO




Poema de Mario Quintana

Meu Deus! Como é engraçado!

Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.

Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.

É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.

É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo,

no vestido, em qualquer coisa onde o faço.



E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?

Vai escorregando...

devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.

Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.

E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.



Ah! Então, é assim o amor, a amizade.

Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.

Enrosca, segura um pouquinho,

mas pode se desfazer a qualquer hora,

deixando livres as duas bandas do laço.

Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.



*Recebi esse lindo poema de Ilza Madruga, uma adorável ex-aluna.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Para refletir



O exercício "...da vida vale a pena, porque somos peões anônimos diligentemente construindo histórias de dor e alegria, cumplicidade e solidão, mas também somos estrelas luminosas para os olhos de quem nos ama." (Vera Karan, dramaturga)