quarta-feira, 31 de março de 2010

Tango na barra vertical

Carlos Vhargaz, o meu primo americano, envia-me e-mails com mensagens de todo tipo e que transitam entre a beleza, a criatividade, o engraçado e o surpreendente.

É justamente o gosto eclético dele o restaurador das raízes sanguíneas que nos são comuns e que nos aproximam apesar da enorme distância que nos manteve, por tanto tempo, separados. Foi esse meio virtual que reatou os laços que a realidade separara. Pouco contato pessoal tive com ele e sua família, todavia, através deste espaço, parecemos ter convivido amiudamente, fazendo com que a afetividade, tão comum entre parentes, aflorasse com extrema naturalidade.

O mesmo está acontecendo com Marília, que me encontrou através da web, ao realizar pesquisas sobre as origens da família Gudolle. Em tempo mais distante, reencontrei a Eleonora, a adorável prima de meu marido e que agora é mais minha. Também por este meio, voltei a externar o meu carinho por Marilene Campanher de Aguiar, colega e amiga de longa data.

Por tudo isso, mais me prostro ante as facilidades oferecidas pelo computador e por esse meio tão democrático e humanizado que é a INTERNET.


Todos esses floreios para lhes dizer que assistam ao vídeo abaixo e para lhes informar que o recebi do parente "gringo" (com a acepção carinhosa do termo, viu, Carlos!)
e confirmar a esses parentes e amiga redescobertos virtualmente que adorei tê-los encontrado novamente e informar-lhes,(através do poema-texto que "cacei" de um blog lindo e, distraída eterna que continuo a ser, esqueci de copiar créditos e o perdi) que

"Se os afetos tivessem forma, nunca surgiriam em quadros.
Nos cantos dos quadrados, não devem ficar afetos desarrumados.
Os cantos são lugares sombrios que guardam afetos que não se conseguem assumir ou que perdemos e não queremos libertar.

Se os afetos tivessem forma, nunca seriam triangulares.
Nos bicos dos triângulos, não devem ficar afetos espetados.
São como lâminas que ainda ferem, afetos que doem, afetos que causam sofrimento e muita tristeza.

Se os afetos tivessem forma, seriam circulares.
Os afetos que preenchem o ser humano são redondos, são energias circulares que provocam reações em cadeia, elos de um gigantesco colar de amorizade que me ligam" a pessoas especiais e únicas, "que os ligam a mim, que nos ligam a todos e todos um a um."

Os meus afetos não possuem freios porque têm formas circulares e se alastram em formato de coração. E os seus, de que modo se manifestam? Sob que forma ocupam os espaços da afetividade, da abnegação, da cumplicidade e do compartilhamento das emoções tão comuns entre amigos?

Assistam ao vídeo e me digam se não dá vontade de aprender a dançar tango ou ir assistir aos dois talentosos artistas em Buenos Aires?



Trabalhar demais faz bem?

Depois que me dei conta de que passara a melhor fase de minha vida trabalhando, deixando o lazer e a minha própria família em plano secundário, priorizando o trabalho, resolvi mudar. Decidi dedicar-me mais para os meus afetos,viajar mais, gastar o tempo que ainda me resta realizando as coisas de que mais gosto ou...fazendo absolutamente nada (metaforicamente, é claro!) Esse nada significa estar aqui, neste computador, escrevendo e revelando coisas que nunca contei a ninguém. Simplesmente porque não tinha tempo! Que ironia! O melhor de tudo isso é que estou adorando ser uma quase "desocupada"! Viva a vida! Vivam os meus olhos bem abertos! (como naquele filme lindo).

Deu no New York Times


Gerentes de uma editora americana estão tentando descobrir porque ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa havia CINCO DIAS, até que alguém perguntou se ele estava bem.

George Turklebaum, 51, que trabalhava como revisor em uma firma de Nova York há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (andar aberto sem divisórias) com outros 23 funcionários.

Ele morreu na segunda-feira, mas ninguém notou até o sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou porque ainda estava trabalhando no final de semana. Seu chefe, Elliot Wachiaski, disse: "O George era sempre o primeiro a chegar todo dia e o último a sair no final do expediente. Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e o fazia sozinho."
Ironicamente, George estava revisando um livro médico quando morreu.

Sugestão...
De vez em quando balance a cabeça e agite os braços para os seus colegas de trabalho terem certeza de que você está vivo.

Moral da história: Não trabalhe demais; ninguém nota mesmo... A não ser quando você atrapalha a faxina..
.


PENSEM NISSO !!!!!!

terça-feira, 30 de março de 2010

Você tem experiência?

Recebi de uma amiga de toda a vida que reencontrei pela internet, a Marilene Campanher de Aguiar, este texto belíssimo. Mesmo que bastante conhecido, o destaque que aqui lhe empresto é mais uma doce homenagem a essa amiga tão querida, ao nosso reencontro e à importância que teve em minha juventude.

Num processo de seleção da Volkswagen, os candidatos deveriam responder à seguinte pergunta: "-Você tem experiência?"

A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado, seu texto está fazendo sucesso. Ele, com certeza, será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia , acima de tudo, por sua alma e pela capacidade de valorizar as coisas simples do cotidiano que sempre renovam o gostoso sabor da vida.

REDAÇÃO VENCEDORA:

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.

Já passei trote
por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a
barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.

Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore
pra roubar fruta, já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no
chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre e voltei no outro instante.

Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil
pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr do sol cor de rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem
vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.

Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas
renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.

Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver
amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "Qual sua experiência?"

Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência...experiência...
Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência? Não!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!

Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?"

Às pessoas apaixonadas

A todas as pessoas que acreditam no amor sem limites e que se manifesta de todas as formas: por alguém especial, pelos filhos, pelos netos, pelos amigos, pela vida...

segunda-feira, 29 de março de 2010

Biblioteca Nacional de Brasília 6




Levantamos cedo para visitar a Biblioteca Nacional de Brasília. Quando chegamos, não sabíamos onde ficava a entrada e, por sorte, havia um guarda que nos informou estarmos no local errado. Ali eram os fundos. Deveríamos nos dirigir ao outro lado. Para tristeza nossa, disseram-nos que aquele espaço cultural estava fechado à visitação pública devido à falta de funcionários para fazê-lo funcionar. O que fazer? Essa foi a visita mais frustrante que vivenciamos em Brasília.

Aproveitamos para conhecer o corredor de entrada e nos deixamos filmar para aparecer na tela enorme de TV que recebe os visitantes. Foi só o que vimos.


O que vou relatar abaixo, copiei da Wikipedia .

A Biblioteca Nacional de Brasília ou Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola fica junto ao Eixo Monumental e faz parte do Complexo Cultural da República. Durante algum tempo, foi conhecida como "a biblioteca sem livros", pois a construção permaneceu por algum tempo sem acervo e fechada à visitação. Hoje, localiza-se, em seu 4° andar, o Espaço do Pesquisador, com acervo cedido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq e IBICT.


O edifício monumental faz parte do conjunto projetado por Oscar Niemeyer, que é composto pela Biblioteca e pelo Museu Nacional Honestino Guimarães. O conjunto foi inaugurado em 15 de dezembro de 2006, data em que o arquiteto completou 99 anos.

Esta não parece a frente da biblioteca? São os fundos ou laterais

Esta, sim, é a entrada da BNB

Este enorme telão filma os visitantes

Sala para pesquisas e exposições

domingo, 28 de março de 2010

Museu Nacional de Brasília 5



O Museu Nacional de Brasília, também conhecido como o Museu Nacional Honestino Guimarães, localiza-se na Esplanada dos Ministérios. Projetado e concebido por Oscar Niemeyer, foi inaugurado em 15 de dezembro de 2006, juntamente com a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola. Tem uma área de 14,5 mil metros quadrados e abriu as suas portas com uma exposição sobre a obra do projetista da capital. Desde a sua inauguração, vem atraindo turistas de todos os lugares do país e até turistas internacionais.

É composto de espaço para exposições, oficinas de restauração de obras, sistema de climatização, laboratórios e dois auditórios. O prédio fica ao lado da Rodoviária do Plano Piloto, o que facilita o acesso da população. Ao visitá-lo, encantamo-nos com a leveza, a simplicidade sedutora e o equilíbrio dos traços arquitetônicos tão característicos e que identificam a obra do notável arquiteto projetista.

A visão percebida por fora é a de uma esplêndida nave espacial, prestes a alçar voos ao infinito. Para os críticos parece uma cuia e de gosto duvidoso. Para nós, (que não estávamos preocupados em achar defeitos), tudo na edificação lembra modernidade, dinamismo, futuro, grandeza como é a tônica das obras de Niemeyer. Ansiosos, apesar da intensa claridade gerada pelo sol e típica de Brasília, não cansávamos de admirar todo o entorno que torna o Museu ainda mais bonito.
Ao redor dele, há lagos arredondados com peixes que nadam alegremente, mostrando-se em acrobacias intermináveis e nunca repetidas. Um espetáculo à parte quando os raios do sol incidem na água!

Espetáculo mesmo era a Marianna que, apesar de todo o sol que nos fustigava e a intensa claridade, apertando os olhinhos tão azuis quanto o céu brasiliense, sorria para nós, compartilhando, feliz, o nosso deslumbramento diante de tanta beleza.
Quando entramos no Museu, vencendo a longa rampa, extasiamo-nos com o espetáculo que presenciamos.

Não! Não foram as obras ali expostas que nos encantaram. Ao contrário, sem trocarmos, na hora, palavra alguma, olhávamos as pinturas e as esculturas ali existentes e pensávamos: é muita beleza predial para apresentar um acervo tão... insignificante. A maioria das telas e esculturas nos decepcionaram.
Procurávamos por ARTE Maior e o que vimos não nos agradou. (Desculpem-me os apreciadores da arte moderna e das obras expostas no MNB). Claro que há obras significativas, mas esperávamos muito mais por se tratar da capital do Brasil. (Segundo os críticos, esse é um museu sem acervo e , ainda de acordo com eles, parece tudo, até um amontoado de material de construção mal acabado, menos museu). Ao contrário deles, adoramos e achamos muito bonito o Museu conforme já ressaltamos antes.

Cá entre nós, será que se pode chamar de arte um monte de madeiras, rudemente imitando tijolos, alinhadas em frente a um espelho, também talhado de qualquer jeito!? Ou alguns pedaços de papelão, que ora pareciam baldes, ora cones, ora coisa alguma? Talvez as obras se tornem insignificantes devido à beleza quase que estonteante do prédio que as acolhe. Quem sabe se fosse mais modesto, as mesmas teriam melhor destaque!?

Tentava ver o acervo com os olhos do coração, porém o olhar fugia ao meu controle e voltava para a arquitetura, para o arredondado perfeito, majestoso das escadarias, para a leveza dos painéis, para os lustres em desenho revolucionário. Questionava-me desnorteada como tanto ferro, cimento e tijolos podiam se estender por longo espaço e se manterem equilibrados sem apoio nenhum como o visualizado no andar superior, nas escadarias, nos arcos, nos lustres e nos painéis.


A seguir, mostrarei o prédio e depois algumas obras que considerei relevantes. Julguem-me e digam se fui injusta ao comparar obras e museu!
Segundo o César Augusto, é "muita areia para um caminhãozinho" carregar obras tão titicas!

Cadedral e Museu parecem duas naves espaciais rasgando a noite

Durante o dia, mantêm a majestade extraterráquea

A mistura da imagem a partir do lago lateral amplia a percepção de espaçonave

A leveza destes arcos só poderia sair da mente de um gênio como Niemeyer

Rampa de entrada


Na entrada, fomos recebidos por Minerva, a deusa das Artes

Olhem a felicidade dos três!

O Museu, internamente, mantém-se assim, difusamente, iluminado e fica ainda mais bonito

As obras ficam diminutas ante tamanha grandiosidade

É um museu diferente, não acham?

Não me aguentei:lambi este painel para me certificar de que não era feito de merengue ou de veludo!

Perceberam que o segundo piso parece voar, solto no espaço?!

A luminária também parece flutuar no espaço amplo

Comparem as obras com o prédio

Esta é uma das obras mais importantes do Museu: Simon Franco

Esta é uma pintura de Tomie Ohtake

Esta não conhecíamos o escultor

Velhos tempos...Belos dias...


Recebi este vídeo de minha amiga Marli. Não sou saudosista. Minha filosofia é de quem "vive e gosta do passado é museu"! Quando revejo algo que lembra a minha juventude, o que sinto é apenas a nostalgia do que como eu era
e do que o tempo fez comigo. Transformei-me num rascunho muito mal acabado do que já fui... É o preço que pagarei por tentar viver muito!

A minha "vingança" e conformismo é de que até os famosos, mesmo com suas plásticas em melhores cirurgiões, o tempo não os poupa também.


Para aliviar esse papo pessimista, que tal rir um pouquinho com os "Trapalhões"?

sábado, 27 de março de 2010

Memorial JK, Brasília 4

As bandeiras do Brasil, do Distrito Federal e de Minas Gerais dão ao MJK conotação de permanente solenidade.

Sob quaquer ângulo ou momento, a imagem de JK surge imponente

A maioria das fotos foram feitas por Daniella

O eclise solar não parece ter surgido para enfatizar a "mão espalmada" que envolve JK?

Outra visita feita por nós em Brasília foi ao Memorial JK. Logo na entrada, percebemos a importância do fundador da capital brasileira. O que há de mais significativo em sua vida está perpetuado nesse Memorial, projetado em linhas retas e curvas, que causam impacto já na parte exterior, em que a brancura do mármore contrasta com o azul do céu intenso que lhe serve de manto.

O Memorial JK localiza-se em Brasília, na Praça do Cruzeiro, um dos pontos mais altos da cidade, Capital da República. Numa área de 25.000m2, o edifício do Memorial ocupa espaço correspondente a 1/5 do seu total, o que empresta grandeza e magnitude à obra. Os espelhos d'água, as rampas de acesso, o verde do gramado e dos jardins que emolduram o edifício monumental, todo em mármore branco, dão-lhe beleza plástica e dignidade condizentes com suas finalidades.

Um pedestal de concreto armado, medindo 28m de altura, encimado por uma estrutura, também em concreto, sustém e protege, como mão em forma de concha, a estátua do Presidente Juscelino que acena para a cidade que construiu. A estátua em bronze, criação de Honório Peçanha, mede 4,50m e pesa 1.500 quilos.

À entrada do Memorial, 4 espelhos d'água, em diferentes níveis, cascateiam, dando-lhe extraordinária beleza e dimensão.
Um pequeno monumento de granito negro reproduz lapidar frase do Presidente Juscelino: "Tudo se transforma em alvorada nesta cidade que se abre para o amanhã." Uma rampa suave dá acesso ao largo corredor, todo em granito escuro, que conduz o visitante ao interior do Memorial.

Em frente à magnífica edificação, três bandeiras, hasteadas em mastro de ferro, tremulam acima do Memorial, emprestando-lhe conotação de permanente solenidade. São as Bandeiras do Brasil, do Distrito Federal e de Minas Gerais. De fora vê-se o corpo baixo e extenso do Memorial e a cúpula protetora da Câmara Mortuária.

A entradal principal, só usada nos dias de grandes solenidades, situa-se lateralmente, dentro do túnel de acesso ao estacionamento. No hall desta entrada estão afixadas placas: uma comemorativa da inauguração do Memorial, outra da inauguração de Brasília e uma terceira referente à posse do primeiro Governador e seu vice, eleitos pelo voto direto no Distrito Federal, em 1990.

No corredor de entrada, que dá acesso ao museu, em formato de tubo, quanto mais íamos visualizando as fotografias pessoais e públicas de JK, mais descortinávamos um vida repleta de sonhos, idealismos e realidades plasmadas pela esperança de um homem que ousou concretizar os projetos de ver raiar um Brasil dinâmico e moderno.

O acervo contém um banco de dados completo, facilitando o acesso de estudantes e interessados em conhecer fatos históricos a respeito do Presidente Juscelino Kubitschek. Mais de 200 objetos estão em exposição permanente no Memorial como vitrines de exposição, galerias bem estruturadas contendo objetos pessoais de JK e painéis iluminados contendo roupas belíssimas e atemporais de dona Sarah e de JK e que tornam a visita muito mais rica.

Modernos back-lights aumentam a qualidade das fotografias em exposição e vídeos divulgam fatos importantes da vida do presidente, através de depoimentos, procuram levantar as suspeitas de assassinato e não de mero acidente de automóvel.


No piso superior, em que se pode ter acesso por um escadaria acarpetada ou por um elevador aberto, encontram-se o corpo de JK, diversos pertences, como sua biblioteca pessoal,cujos livros se mantêm rigorosamente limpos e brilhantes como nunca visto em outro lugar. Ainda estão expostas lá roupas belíssimas e fotos tanto dele como de sua esposa Sarah, que nos remetem a um passado de muito brilho, pompa e glamour.

Todavia, dentre os muitos objetos e presentes recebidos por eles, os que mais nos impressionaram foram o vestido de gala usado por dona Sarah e o fraque que JK portava por ocasião da sua posse e uma caneta de ouro maciço. Tudo é muito bonito, belamente iluminado e em perfeita conservação.

Apreciados os objetos, visitamos a câmara mortuária. Tanta é a beleza e o misticismo que produz ao olhar que até intimida o visitante de entrar naquele espaço quase sagrado. Encimando a câmara, em que estão os restos mortais de JK, há um vitral feito pela artista Marianne Peretti de intensa beleza, cujas cores se modificam de acordo com a luminosidade solar que entra pela abertura da cúpula arredondada que se vê de fora. Sob o esquife, um espaço oval, em nível mais baixo, em mármore preto, o acolhe. O espaço se modifica e se estende em carpete vermelho também arredondado e se encerra em magnífico painel confeccionado por Athos Bulcão. Tudo é inusitado e surpreendente!


Ficamos impressionados ao ver, no jardim do Memorial esculturas em forma de esferas poéticas feitas em aço carbono que remetem a fragmentos da história de Brasília, criadas pelo artista Darlan Rosa. Por fora, além do espelho d'água, as cascatas há muito tempo desativadas, voltaram a funcionar. Na parte externa, estão também reproduzidos dona Sarah e Jk em esculturas sentadas em um banco alvíssimo.

Frente do Memorial

Biblioteca de JK. Nela, entre outras coleções de livros valiosas e raras, há uma coletânea original de Shakespeare doada pela Rainha Elisabeth

Painéis contendo objetos pessoais e recebidos de dignatários estrangeiros

Trajes de gala belíssimos da posse como Presidente da República

Câmara mortuária vista da entrada


Câmara mortuária vista do interior

Câmara mostuária externamente

CM em dia com pouca luminosidade

Assim estava também o vitral da CM no dia em que a visitamos

Detalhe do vitral criado por Marianne Peretti

Entrada do MJK com fotos da vida toda dele

Documentos que estavam junto ao corpo de JK durante o acidente que o vitimou

Visão de dentro de uma das esculturas do jardim

Esta cúpula é aberta e é por ela que entra a luminosidade que gera luz ao vitral de Marianne Peretti e à câmara mortuária

Esculturas de Darlan Rosa no jardim do MJK à noite

Uma das esculturas

O MJK não lembra um transatlântico sob este ângulo?

Daniella soube encontrar este belíssimo ângulo

Marianna e Daniella ante o painel do piso superior

Nesta placa está escrito: "Tudo se transforma em alvorada nesta cidade que se abre para o amanhã."

Escultura de Dona Sarah e o presidente no jardim do MJK

Emocionados, finalizamos a inesquecível visita ao MJK

Como Oscar Niemeyer descreve o MJK:

"De longe, a primeira coisa que surge é a figura de JK, suspensa sobre a cidade que criou em pleno cerrado. Depois o corpo baixo e extenso do Memorial e a cúpula protetora da Câmara Mortuária. Devagar, o visitante desce pela rampa que conduz ao hall inferior onde ficam a administração, a biblioteca, a sala de metas, o balcão de informação, venda de livros, fotos, filmes etc. Se ele veio de carro, o percurso é idêntico e, nesse mesmo hall, vai descer, seguindo o veículo para o estacionamento. Pela escada de acesso, o visitante atinge o Memorial propriamente dito e nele se detém, surpreso com o ambiente de sombra inesperado.

À esquerda, fica a Câmara Mortuária. É um momento de pausa e respeito que vai marcar sua visita. Um salão circular com 10 metros de diâmetro, revestido com placa de granito tendo no centro o Túmulo do ex-Presidente, que um belíssimo vitral de Marianne Peretti ressalta e ilumina. Comovido o visitante sai da Câmara Mortuária que um painel de Athos Bulcão compõe externamente, penetrando nos setores destinados à memória de JK. São roupas, comendas e medalhas, fotos e correspondência, coisas acessórias que o acompanharam por toda a vida. É a história de JK que diante dos visitantes se reconstitui. De sua meninice em Diamantina ao desastre fatal que o levou para sempre.

Emocionado, o visitante retorna ao grande hall ou, se o programa do dia estabelece, segue para o auditório para assistir a uma conferência ou ao filme referente ao ex-Presidente. Um grande auditório. O piso de tapete violeta e as poltronas mais claras repetindo as cores da Câmara Mortuária. O ambiente é climatizado e a iluminação indireta, permitindo destacar com refletores os pontos desejados. A visita terminou e o visitante desce o hall de entrada. Já no exterior, ele se volta com certeza. Quer ver de longe o Memorial, a figura de JK que, sorridente, dele parece se despedir."



Amanhã, aqui estarei com visita ao Museu Nacional de Brasíla

P.S.: Afora as fotos tiradas por Daniella, por mim ou pelo César Augusto, algumas retirei da internet.